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Feminismo
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Kate Millett — conheça a autora da “Bíblia” feminista

Kate Millett foi uma das principais militantes da segunda onda do feminismo. Foi escritora, ativista, militante e professora. Suas obras influenciaram todo o feminismo.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
25/4/2022 18:32
-

Kate Millett viajou o mundo para disseminar o feminismo onde ela conseguisse chegar. Em uma das principais jornadas de sua vida, Millett foi até o Irã para conseguir a integração dos ideais feministas no país, logo após a revolução iraniana.

Millet levou o feminismo para um novo patamar, onde novas ideias foram introduzidas, alterando o movimento para sempre.

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O que você vai encontrar neste artigo?

Quem foi Kate Millett

Kate Millett foi uma das principais autoras e militantes feministas da 2ª onda do movimento. Seu principal livro, Política Sexual (1970), foi considerado pelo jornal New York Times como “a Bíblia da libertação feminista”. A revista Time afirmou que Millett foi a arquiteta da 2ª onda feminista e a equiparou com Mao Tsé-Tung.

As obras de Millet basearam-se em grande parte nas obras de Marx e Engels, os criadores do comunismo.

Millett foi a primeira feminista a falar sobre a tese feminista do patriarcado e suas estruturas sociológicas. Ela foi uma das principais militantes responsáveis por levar o foco do movimento feminista para questões de liberação sexual, inclusive para legalizar práticas de pedofilia.

Em entrevista para Mark Blasius, publicada em 1980, Millett disse:

"Parte da estrutura familiar patriarcal inclui o controle da vida sexual dos filhos e, além disso, o controle total dos filhos. (...) Na verdade, um dos direitos essenciais da criança é expressar-se sexualmente, provavelmente entre si inicialmente, mas também com os adultos. Desta forma, a liberdade sexual das crianças é uma parte importante de uma revolução sexual”.

Kate Millett foi também a criadora do famoso termo feminista sororidade, que significa pacto social, ético e emocional construído entre as mulheres para acabar com o patriarcado.

Frases de Kate Millett

Certas frases de Kate Millett marcaram a cultura moderna, influenciando muitas mulheres e estabelecendo-se como parte da cultura pop. As principais frases de Millett são:

“Nós somos mulheres. Somos pessoas-objetos que herdaram uma cultura alienígena”
“O amor é o ópio das mulheres. Enquanto nós amávamos, os homens governavam”.
Monogamia e prostituição andam juntas”.
“Psiquiatria causa tanta morte”
Inferno! Eu não quero envelhecer em tudo. Eu nunca quero morrer”.
“A lésbica é a feminista arquetípica, porque ela não está em homens — ela é a mulher independente por excelência”.

Kate Millett e sua adesão ao feminismo — biografia

Katherine Murray Millet nasceu no dia 14 de dezembro de 1934, na cidade de Saint Paul, Minnesota, nos EUA. Segundo ela mesma, sua infância é marcada por violência e tristezas. Seu pai era alcoólatra e agredia-a frequentemente até o dia em que abandonou a família.

Hellen Millett, mãe de Kate, precisou sustentar sozinha Kate e suas duas irmãs. A família começou a passar necessidades básicas. Hellen trabalhava como professora e vendedora de seguros para conseguir manter a casa.

As escolas católicas da sua cidade acolheram Kate para fornecer-lhe uma educação intelectual. Contudo, apesar de ter tido acesso a educação, a fase escolar de Millett foi conturbada.

Todas as escolas que a futura feminista passou a expulsaram. Kate era muito violenta. Sua irmã, Mallory, afirmou que seu comportamento era sádico e brutal.

A violência de Kate não se restringia ao ambiente escolar. Sally, a filha mais velha, afirma que Kate elaborou vários planos para assassinar Mallory, a filha mais nova da casa, desde o nascimento da caçula.

Mallory Millet, em uma entrevista para a revista FrontPage Magazine, contou como Kate era na infância:

Kate tinha problemas mentais desde que eu me lembro. Nós compartilhávamos o quarto desde que eu nasci. Nas minhas memórias mais antigas eu me lembro de tremer diante da sua insanidade. Ela era perturbada, megalomaníaca, má e a pessoa mais desonesta que eu já conheci. Ela tentou me matar várias vezes, me deixando com vários traumas.

Ela tinha prazer em machucar os outros.


Eu passei minha infância andando nas pontas dos pés em casa, para que Kate não percebesse minha presença. Nossa mãe não tinha auxílio [para poder criá-la adequadamente], ela ficava aterrorizada diante dos horrores de Kate”
.

Os estudos de Kate

Kate Millett cursou Literatura na universidade do seu estado natal, a Universidade de Minnesota. Logo após sua graduação, em 1956, uma tia rica de Kate custeou-lhe uma especialização em literatura inglesa, em Oxford, na Faculdade Santa Hilda.

Kate foi a primeira mulher dos EUA a conquistar um diploma na Faculdade Santa Hilda. Após a especialização, ela aprendeu a pintar e a esculpir. Em busca de especializar-se em escultura, Kate mudou-se para o Japão para estudar mais sobre escultura e expor suas obras, morando no país das oito ilhas por aproximadamente 2 anos.

Kate conheceu Fumio Yomishura durante sua estadia no Japão. Alguns anos após deixar o país, Kate casou-se com Fumio, em 1965.

O feminismo na vida de Millet

Vida de Kate Millett
Foto de Kate Millett.

O feminismo entrou na vida de Kate Millett em Nova York, a 1964, através da Faculdade Feminina Barnard College. Millet ensinava inglês e a arte de esculpir na faculdade, onde um grupo de professoras estava organizando estratégias educacionais de:

"fornecer as ferramentas críticas necessárias para compreender a posição feminina em uma sociedade patriarcal"(Rosenberg, Rosalind, 2013 — Changing the Subject: How the Women of Columbia Shaped the Way We Think About Sex and Politics).

Millett imediatamente entrou no grupo, participando da ala das mais radicais. Seu desejo de militar pela causa feminista levou Millett a participar de outros grupos, ingressando nas instituições Organização Nacional das Mulheres, Mulheres Radicais de Nova York, Lésbicas Radicais e Mulheres Radicais do Centro.

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