As frases de Karl Marx refletem muito do seu pensamento e também da sua teoria sobre a economia, relações de trabalho e a luta de classes, a essência de seu pensamento.
Conhecer o contexto dessas frases, em que época de sua vida foram criadas e como elas refletem o seu pensamento ajuda a entender o impacto causado pelas ideias marxistas no mundo contemporâneo.
Esse artigo apresenta algumas das frases mais populares e fortes de Karl Marx e como elas impactaram governos e economias ao redor do mundo.
Karl Marx era materialista e entendia que o Paraíso deveria ser buscado aqui na Terra e não em uma realidade transcendental. Para ele:
“A religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo” (Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, Karl Marx).
Marx via a religião como algo ilusório e que coloca o homem no centro de suas ações:
“A religião é apenas o sol ilusório que gira em torno do homem, desde que ele não gire em torno de si mesmo” (Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, Karl Marx).
E juntando a religião com a sua ideia central de divisão de classes, afirmou Marx:
“A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. A religião é o ópio do povo. A abolição da religião enquanto felicidade ilusória dos homens é a exigência da sua felicidade real” (Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, Karl Marx).
Para Marx, o capitalismo era o maior inimigo para sua utopia.
Os supostos privilégios da burguesia
Na crença de que a sociedade vive uma luta de classes desde o princípio, as frases de Karl Marx mostram que ele odiava o grupo de pessoas que ele chamou de “burguesia”:
“A propriedade privada tornou-nos tão estúpidos e limitados que um objeto só é nosso quando o possuímos” (Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844, Karl Marx).
“O Governo do Estado moderno não é se não um comitê para gerir os negócios comuns de toda a classe burguesa”.
“[A burguesia] Resolveu o valor pessoal em valor de troca e, no lugar das incontáveis liberdades fretadas e indefensáveis, estabeleceu essa liberdade única e inconcebível - o livre comércio”.
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O embate contra o capitalismo e a luta de classes
“A história de todas as sociedades até hoje existentes é a história da luta de classes”, afirmou Karl Marx em trecho retirado do panfleto O Manifesto Comunista.
Para ele:
“Sem sombra de dúvida, a vontade do capitalista consiste em encher os bolsos, o mais que possa. E o que temos a fazer não é divagar acerca da sua vontade, mas investigar o seu poder, os limites desse poder e o caráter desses limites” (O Capital, Karl Marx).
“O capitalismo gera o seu próprio coveiro” (O Manifesto Comunista, Karl Marx e Friederich Engels).
A solução para o capitalismo seria o socialismo científico e depois o comunismo. Marx não queria compreender o mundo, mas moldá-lo:
“Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo” (livro Teses sobre Feuerbach, Karl Marx).
O convite à revolta dos trabalhadores
Na visão de Marx, essa realidade vivida pelos trabalhadores oprimidos era o suficiente para motivar uma revolução que mudaria as estruturas da sociedade:
“Os comunistas se recusam a dissimular suas opiniões e seus fins. Proclamam abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social existente” (Manifesto do Partido Comunista, 1848).
“A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”.
Para ele, a revolução comunista seria uma forma de os trabalhadores fugirem das correntes que os mantinham presos.
“Os trabalhadores não têm nada a perder em uma revolução comunista, a não ser suas correntes”.