Charlie Kirk, um dos maiores líderes da direita americana, foi baleado nesta quarta-feira (10) durante um evento na Utah Valley University, em Orem, no estado de Utah.
O tiro atingiu o pescoço enquanto ele discursava sob uma tenda no pátio da universidade, na turnê American Comeback Tour.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que ele cai após o disparo.
O presidente Donald Trump anunciou a morte de Charlie Kirk às 17h40 desta quarta-feira.
"O Grande, e até mesmo Lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém compreendia ou tinha o Coração da Juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim, e agora não está mais entre nós. Melania e meus pêsames à sua linda esposa Erika e à família. Charlie, nós te amamos!"
Aos 31 anos, Kirk tornou-se um dos rostos mais conhecidos do conservadorismo nos Estados Unidos.
Cofundador e diretor-executivo da Turning Point USA, ganhou projeção nacional ao mobilizar jovens em defesa de livre mercado, governo limitado e valores tradicionais.
A presença constante na mídia como comentarista, somada a sua proximidade com o ex-presidente Donald Trump, ampliou seu alcance e consolidou sua influência.
Charles Kirk nasceu em 14 de outubro de 1993, em Arlington Heights, subúrbio de Chicago. Cresceu em família de classe média e se envolveu cedo na política republicana local.
Ainda no ensino médio, liderou um protesto contra o aumento dos preços da cantina. Em 2012, após concluir o colégio, ingressou na Harper College, mas abandonou o curso pouco depois para se dedicar integralmente ao ativismo.
A decisão foi incentivada por Bill Montgomery, integrante do movimento conservador Tea Party, que enxergou potencial em Kirk e o encorajou a mobilizar estudantes conservadores.
No mesmo ano, Kirk fundou a Turning Point USA com o objetivo de “identificar, educar, treinar e organizar” estudantes. A operação começou em um galpão nos arredores de Chicago, com apoio de doadores alinhados à direita.
A partir de 2016, em meio à ascensão populista, a organização acelerou o crescimento: a receita passou de R$ 23,26 milhões (2016) para cerca de R$215,32 milhões (2020), e a TPUSA afirma atuar hoje em mais de 2.500 escolas e faculdades.
Sob sua liderança, o grupo lançou iniciativas como a Professor Watchlist e a School Board Watchlist, que renderam críticas de educadores. O movimento consolidou o protagonismo de Kirk no debate universitário.
A relação com Donald Trump elevou sua projeção. Em 2016, Kirk alinhou a TPUSA à campanha do republicano e aproximou-se de Donald Trump Jr. Em 2018, entrou na lista Forbes “30 Under 30” em Lei e Política.
Em 2020, abriu a Convenção Nacional Republicana com um discurso em defesa de Trump, a quem chamou de “guarda-costas da civilização ocidental”, e foi nomeado para a comissão “1776”, voltada à promoção de uma educação patriótica.
Kirk defende o livre mercado e critica políticas ambientais internacionais. Também rejeita a teoria crítica da raça nas escolas, que analisa como o racismo pode estar presente em leis e instituições.
Em 2020, após a vitória de Joe Biden, ele contestou o resultado, e o braço político Turning Point Action participou da mobilização de apoiadores em Washington.
Durante a pandemia, foi acusado de difundir informações enganosas sobre COVID-19 e vacinas, inclusive por meio de mensagens de texto e anúncios online, o que ampliou críticas de autoridades de saúde e verificadores independentes.
Fora dos palcos políticos, Kirk construiu um ecossistema de mídia. Desde 2018 apresenta The Charlie Kirk Show, distribuído por rádio, podcast e vídeo. Em 2025, estreou o talk show semanal Charlie Kirk Today na Trinity Broadcasting Network.
Como autor, publicou Campus Battlefield (2018), com prefácio de Donald Trump Jr. e The MAGA Doctrine (2020).
Em turnês universitárias com sessões abertas de perguntas, costuma enfrentar protestos.
Em uma dessas turnês aconteceu o assassinato de Kirk registrado nesta terça-feira (10), em Utah. Charlie Kirk deixa uma esposa e dois filhos.
O episódio interrompe uma trajetória marcada por militância precoce, ascensão rápida e forte presença midiática em meio às tensões políticas nos Estados Unidos.
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