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Cultural
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Papa Leão XIV clama por libertação de jornalistas presos por “buscarem a verdade”

Em forte discurso no Vaticano, o pontífice pede soltura de repórteres. “Somente povos informados podem fazer escolhas livres”, afirmou em encontro com a imprensa.

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Publicado em
12/5/2025 16:20
Perfil da Brasil Paralelo no X

O papa Leão XIV fez uma defesa da liberdade de expressão nesta segunda-feira (12). Ele também lançou um apelo direto pela libertação de jornalistas presos em todo o mundo. 

O discurso ocorreu durante uma audiência especial com milhares de profissionais da comunicação. O evento foi na Sala Paulo VI, no Vaticano. Celebrava o papel da imprensa na promoção da verdade e da justiça.

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"Libertem os Jornalistas": o apelo direto dopapa

Um dos momentos centrais do pronunciamento foi o chamado pela liberdade. "Permitam-me então reiterar hoje a solidariedade da Igreja para com os jornalistas presos por buscar e relatar a verdade", disse o Papa. 

E então pediu diretamente: "E com essas palavras, pedir a libertação desses jornalistas que estão presos.”

Liberdade de expressão e o direito à informação

O papa reforçou a importância fundamental da imprensa livre. “A liberdade de expressão é um dom de Deus", declarou. E explicou o porquê: "Somente povos informados podem fazer escolhas livres. Sem a verdade, a liberdade se torna uma ilusão.” 

O pontífice também criticou a polarização. Disse que vivemos uma "guerra de palavras" que sacrifica a verdade. Pediu uma comunicação que "construa pontes". Alertou ainda sobre o uso da Inteligência Artificial. Disse que ela "exige discernimento" e não deve "manipular a verdade".

Íntegra do pronunciamento do papa Leão XIV à imprensa, em 12 de maio de 2025

Obrigado por esta recepção neste primeiro encontro. Muito obrigado por este aplauso. Irmãos e irmãs, dou-lhes as boas-vindas, representantes da mídia de todo o mundo. Agradeço pelo trabalho que fizeram e estão fazendo neste tempo, que para a Igreja é essencialmente um tempo de graça.
No Sermão da Montanha, Jesus proclamou:
"Bem-aventurados os pacificadores!" Essa é uma bem-aventurança que nos desafia a todos e que lhes diz respeito de perto, chamando cada um ao compromisso de promover uma comunicação diferente — que não busque o consenso a todo custo, que não se revista de palavras agressivas, que não adote o modelo da competição, que nunca separe a busca pela verdade do amor com o qual humildemente devemos buscá-la.
A paz começa com cada um de nós, com a maneira como olhamos para os outros, ouvimos os outros e falamos sobre os outros. Nesse sentido, a forma como nos comunicamos é de fundamental importância. Devemos dizer não à guerra de palavras e imagens. Devemos rejeitar o paradigma da guerra. Permitam-me, então, reiterar hoje a solidariedade da Igreja com os jornalistas presos por buscar e relatar a verdade.
Com essas palavras, peço a libertação dos jornalistas que estão detidos. A Igreja reconhece nesses profissionais, especialmente os que cobrem zonas de guerra, mesmo ao custo de suas vidas, a coragem de quem defende a dignidade, a justiça e o direito dos povos à informação. Somente povos informados podem fazer escolhas livres.
O sofrimento desses jornalistas desafia a consciência das nações e da comunidade internacional, convocando todos nós a proteger o bem precioso da liberdade de expressão e de imprensa. Obrigado, queridos amigos, por seu serviço à verdade.
Vocês estiveram em Roma nessas semanas para contar sobre a Igreja, sua variedade e, ao mesmo tempo, sua unidade. Acompanharam os ritos da Semana Santa e relataram a tristeza pela morte do papa Francisco — vivida, no entanto, sob a luz da Páscoa. Essa mesma fé pascal nos introduziu no espírito do conclave, no qual estiveram particularmente envolvidos em dias intensos.
Também nesta ocasião, vocês conseguiram narrar a beleza do amor de Cristo que nos une a todos e nos torna um só povo, guiado pelo Bom Pastor. Vivemos tempos difíceis — a serem percorridos e narrados — que representam um desafio para todos nós e do qual não devemos fugir. Pelo contrário, exigem que cada um de nós, em nossas funções e serviços, não se renda à mediocridade.
A Igreja deve aceitar os desafios do tempo. Da mesma forma, não pode haver comunicação ou jornalismo fora de seu tempo e da história. Santo Agostinho nos lembra: "Vivamos bem, e os tempos serão bons. Nós somos os tempos."
Obrigado, portanto, por saírem dos estereótipos e clichês com os quais muitas vezes se tenta ler a vida da Igreja. Obrigado por captarem o essencial do que somos e transmitirem isso, com todos os meios, ao mundo inteiro.
Hoje, um dos maiores desafios é promover uma comunicação capaz de nos tirar da torre de Babel — dessa confusão de linguagem sem amor, muitas vezes ideológica ou sectária. Por isso, o serviço de vocês, com as palavras que escolhem e o estilo que adotam, é importante.
A comunicação não é apenas transmissão de informação, mas criação de cultura, de ambientes humanos e digitais que se tornam espaços de diálogo e confronto. Considerando a evolução tecnológica, essa missão se torna ainda mais necessária.
Penso, em particular, na inteligência artificial, com seu imenso potencial, que exige responsabilidade e discernimento para orientar suas ferramentas para o bem comum, de forma que tragam benefícios à humanidade. Essa responsabilidade diz respeito a todos, de maneira proporcional à idade e aos papéis sociais.
Queridos amigos, vamos nos conhecer melhor com o tempo. Vivemos, podemos dizer, dias muito especiais. Nós e vocês os compartilhamos por meio de todas as formas de comunicação — TV, rádio, internet, redes sociais. Gostaria que cada um de nós pudesse dizer que esses dias revelaram algo do mistério da nossa humanidade e nos deixaram com o desejo de mais amor e mais paz.
Por isso, repito hoje a vocês o convite feito pelo papa Francisco em sua última mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais: desarmemos a comunicação de todo preconceito, rancor, fanatismo e ódio. Vamos purificá-la da agressividade. Não precisamos de uma comunicação estrondosa ou agressiva, mas de uma comunicação capaz de escutar, de acolher a voz dos mais fracos, dos que não têm voz.
Vamos desarmar as palavras — e assim contribuiremos para desarmar o mundo. A comunicação desarmada permite que compartilhemos uma visão diferente do mundo e ajamos de forma coerente com a nossa dignidade humana.
Vocês estão na linha de frente, narrando conflitos e esperanças de paz, situações de injustiça e pobreza, e o trabalho silencioso de muitos por um mundo melhor. Por isso, peço a vocês que escolham, com consciência e coragem, o caminho de uma comunicação de paz.
Muito obrigado.”

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