O filme O Aprendiz conta a história de como o jovem Donald Trump conseguiu se tornar um empresário de sucesso no ramo imobiliário em Nova Iorque na década de 1980.
Um dos aspectos explorados pela produção é a relação de proximidade entre Trump e o controverso advogado homossexual Roy Cohein, que serviu como uma espécie de mentor no início da carreira do presidente.
A produção dirigida pelo cineasta iraniano Ali Abbasi chamou a atenção de Trump, que foi às redes sociais para criticar o filme.
Em uma publicação feita em outubro do ano passado, quando o filme chegou nos EUA, o presidente disse que a produção buscava difamá-lo às vésperas das eleições:
"É um ataque vil, difamatório e politicamente repulsivo, lançado bem antes da Eleição Presidencial de 2024, para tentar prejudicar o Maior Movimento Político na História do nosso País".
Em outro post, ele acusa o filme de mentir na forma como retrata sua relação com a ex-esposa, Ivana Trump:
"Minha ex-esposa, Ivana, foi uma pessoa gentil e maravilhosa, e eu tive um ótimo relacionamento com ela até o dia em que morreu. O autor deste monte de lixo, Gabe Sherman, um desprezível e sem talento, que há muito tempo foi amplamente desacreditado, sabia disso, mas escolheu ignorar."
Ivana se casou com ele em 1977, o casamento se manteve até um divórcio milionário na década de 1990.
Membros da equipe de campanha de Trump chegaram a ameaçar acionar a Justiça contra a obra.
O ex-porta-voz de campanha e atual diretor de Comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, enviou um comunicado à revista Variety dizendo que:
"Entraremos com uma ação judicial para abordar as afirmações flagrantemente falsas desses cineastas de fachada".
O comunicado segue criticando a obra e afirmando que ela nem deveria ter sido filmada:
"Este lixo é pura ficção que sensacionaliza mentiras há muito desmentidas. Este 'filme' é pura difamação maliciosa, não deveria ver a luz do dia e não merece sequer um lugar na seção de straight-to-DVD de uma prateleira de descontos em uma loja de filmes em liquidação prestes a fechar; ele pertence a uma lixeira em chamas".
Apesar das críticas, O Aprendiz foi indicado ao Oscar nas categorias melhor ator, para Sebastian Stan, e melhor ator coadjuvante, para Jeremy Strong.
Segundo matéria da BBC, a edição do Oscar deste ano será a mais politizada de todos os tempos.
A Brasil Paralelo vai acompanhar de perto a cerimônia e analisará como o evento tem se tornado cada vez mais político.
Assista hoje à primeira live especial do Oscar, em parceria com os irmãos Alba, do canal Linhagem Geek.
Acompanhe a transmissão através das redes sociais da Brasil Paralelo e de nosso canal do Youtube às 20 horas da noite.
O historiador Gabriel Corrêa analisa que a produção tem características positivas, mas se perde em tentar retratar Trump de maneira negativa:
“O roteiro é exagerado e tenta a todo custo mostrar o ‘lado oculto’ do atual presidente americano. Isso acaba comprometendo a trama e a torna caricata, como se fosse uma propaganda anti-Trump.”
Para ele, “as atuações são convincentes e, em certos momentos, parecemos ver Donald Trump na tela”.
Segundo o professor, embora seja bem avaliado pela crítica “a obra é rasa e não conecta com o espectador.”
O Aprendiz conta com uma nota de 7,1 no conceituado site de críticas cinematográficas IMDB.
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