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Atualidades
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Nunca é tarde para começar: ex-morador de rua é aprovado em Universidade Federal aos 64 anos

Depois de décadas em situação de rua, paraense voltou a estudar usando livros que encontrava no lixo.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
1/12/2025 13:09
Agência Para

Por quase quatro décadas, Walmerinston Paixão Corrêa viveu sem acreditar que voltaria a estudar. Passou anos nas ruas de Belém, enfrentou fome, humilhações e a sensação diária de que a vida havia tomado um caminho sem volta.

No entanto, em 2025, aos 64 anos, ele conquistou uma vaga no curso de Letras da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Ex-morador de rua em Belém, ele retomou os estudos pela Educação de Jovens e Adultos (EJA) e concluiu o ensino básico na rede estadual antes de ser aprovado no ensino superior.

A trajetória foi relatada pela Agência Pará e confirmada pela Secretaria de Estado de Educação.

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Da rua para à retomada dos estudos

Walmerinston deixou a escola aos 17 anos, quando cursava o 8º ano. Desde então, viveu por décadas em situação de rua na Região Metropolitana de Belém, trabalhando em atividades informais para sobreviver.

Ele contou que, nesse período, era frequentemente associado ao crime e ao uso de drogas por causa da aparência e da condição social, percepções que, segundo ele, reforçaram o sentimento de exclusão.

O incômodo com esses julgamentos o levou a recolher livros descartados no lixo e a estudar por conta própria enquanto continuava catando recicláveis.

A mudança começou quando Walmerinston ingressou na EJA.

  • Ensino fundamental – concluído na Escola Estadual Gregório de Almeida Brito, em Ananindeua.
  • Ensino médio – finalizado na Escola Estadual Luiz Nunes Direito, no bairro do Coqueiro.

Ele relatou que voltar à sala de aula depois de tantos anos trouxe vergonha e dificuldade de acompanhar colegas mais jovens, mas que insistiu até concluir todas as etapas.

Em 2025, conseguiu a aprovação na UFPA e ingressou oficialmente na universidade em março.

A vida universitária aos 64 anos

Quase um ano após o ingresso, Walmerinston segue frequentando as aulas e participando da rotina acadêmica. Ele afirma que a vaga representa a chance de reorganizar a própria vida e ampliar suas possibilidades profissionais.

Os planos são claros: concluir o curso de Letras, atuar como professor e, no futuro, escrever um livro contando sua história.

A Secretaria de Educação do Pará considera a história de Walmerinston um exemplo do impacto social da EJA.

Mesmo diante das dificuldades, Walmerinston afirmou que voltar a estudar “renova o espírito” e que considera o conhecimento um “tesouro” capaz de abrir novas portas.

Ele diz que pretende seguir até o fim da graduação e reforça que, na visão dele, sempre existe tempo para retomar os estudos.

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