Na última sexta-feira (27), a plataforma de streaming Netflix lançou a produção que retrata o incêndio na Boate Kiss. A tragédia completou 10 anos no dia da estreia da série que retrata o ocorrido.
A produção divide opiniões. Algumas famílias estavam cientes que suas histórias foram encenadas na série e apoiam o trabalho como forma de memória à tragédia, enquanto outras alegam não terem sido informadas.
Um grupo de 40 famílias contratou a advogada Juliane Muller Korbm para representá-las no caso contra a Netflix.
Em entrevista à CNN, Juliane afirmou que as famílias se queixam da exploração comercial da tragédia e que a Netflix “sequer teve a sensibilidade de informá-los que uma série dramática seria produzida”.
Todo Dia a Mesma Noite foi produzido com base no livro de mesmo nome da jornalista Daniela Arbex. Ambos misturam realidade com ficção.
No trailer da série, os atores reproduzem a cena de vários corpos dispostos no chão de um ginásio para reconhecimento por seus familiares.
A advogada questionou até que ponto cenas tão sensíveis a tantas pessoas podem ser reproduzidas assim e quanto isto pode ser explorado comercialmente:
“Muitos pais não tiveram estrutura para entrar no ginásio com todos aqueles corpos e reconhecer os filhos, muitos nunca tiveram estrutura até hoje para ver as imagens dos corpos e essa cena é passada no trailer da série.
O pedido para a Netflix é de algumas adequações de exposição, especialmente do trailer, e que a série não seja só explorada comercialmente. Precisamos tratar da responsabilidade social sobre a dor desses pais. A que custo uma plataforma de streaming pode lucrar em cima de uma tragédia como essa?”.
Antes da formalização de uma representação judicial, o grupo de familiares pretende dialogar com a Netflix.
Ainda segundo a advogada, os familiares integrantes do grupo não solicitaram nenhum tipo de indenização à plataforma de streaming.
Um outro grupo que forma a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de SM (AVTSM) informou que não tem relação com o caso. Em nota, a Associação informou que estava ciente de que a produção estava sendo realizada com base nos personagens do livro “Todo dia a mesma noite: a história não contada da Boate Kiss”, de Daniela Arbex.
Por meio de uma nota divulgada no domingo (29), a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da tragédia de Santa Maria comunicou que se sente "representada" pela série produzida pela Netflix a respeito do incêndio da boate Kiss e pelo livro que deu origem à produção.
Segundo o texto publicado em redes sociais e assinado pelo presidente da associação, Gabriel Rovadoschi Barros, os familiares estavam:
"Cientes que a produção estava sendo realizada com base nos personagens do livro", e a entidade "sente-se representada" pela criação da Netflix e pelo livro.
A nota sustenta ainda que a produção:
"Não retrata de forma individual os 242 jovens assassinados, mas sim um recorte das quatro famílias de pais que foram processados. Todos familiares de vítimas e sobreviventes retratados por personagens da obra estavam cientes e em concordância".
O trecho faz alusão a pais que foram processados por integrantes do Ministério Público por terem feito críticas à atuação deles no caso.
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