Especial de Natal 2025
LIBERE O BÔNUS ESPECIAL
00
D
00
H
00
M
00
S
December 15, 2025
GARANTIR OFERTA
This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Atualidades
3
min de leitura

Delegado que investigou a facada em Bolsonaro e foi diretor da PF no governo Lula é preso

Rodrigo de Melo Teixeira foi acusado de envolvimento em um esquema de corrupção em órgãos ambientais e de mineração. Ele também foi ex-diretor da PF na gestão Lula.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
17/9/2025 14:38
Elza Fiuza/Agência Brasil

Rodrigo de Melo Teixeira, ex-diretor de Polícia Administrativa da Polícia Federal e atual dirigente do Serviço Geológico do Brasil, foi preso nesta quarta-feira (17).

A prisão ocorreu durante uma operação da PF que investiga um esquema bilionário de corrupção em órgãos ambientais e de mineração.

Segundo os investigadores, Teixeira é acusado de ser o administrador oculto de uma empresa de mineração registrada em nome de sua esposa. Na prática, porém, ele seria o responsável por conduzir os negócios.

A PF afirma ainda que o ex-diretor usava a função pública para favorecer interesses privados. Entre os exemplos citados estão:

  • tentativas de interferir em investigações da própria PF que envolviam empresários ligados a ele;
  • agendamento de reuniões entre o empresário João Alberto Lages, também investigado, e dirigentes da Agência Nacional de Mineração (ANM) para tratar de casos em andamento;
  • possível atuação para remover delegados responsáveis por apurações sensíveis.

De acordo com os autos, empresários chegaram a ceder direitos minerários à empresa ligada a Teixeira de forma oficialmente “gratuita”, mas em troca de influência junto a órgãos públicos.

“Essa cessão, embora documentada como ‘gratuita’, foi possivelmente movida por interesse concreto: contar com a atuação de um delegado federal no interior da estrutura empresarial, como forma de obter acesso diferenciado a órgãos públicos, prestígio perante possíveis compradores, garantia de proteção diante de concorrência ou, ainda, investigações em curso.”

A PF também aponta que Teixeira negociava vender sua participação em uma mina por R$30 milhões.

Após deixar a diretoria da PF no fim de 2024, Teixeira assumiu o cargo de diretor de administração e finanças do Serviço Geológico do Brasil/Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (SGB/CPRM).

A instituição é vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

  • Gostaria de receber as principais notícias do dia diretamente em seu E-mail, todos os dias e de graça? Assine o Resumo BP, a newsletter de jornalismo da Brasil Paralelo. Clique aqui e aproveite.

Quem é Rodrigo de Melo Teixeira

Delegado de carreira, Rodrigo Teixeira foi superintendente da PF em Minas Gerais até 2024. Em 2018, ele iniciou a investigação do atentado a faca contra Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora.

Em 2019, comandou a apuração do rompimento da barragem de Brumadinho, um dos maiores desastres ambientais do país.

Ao longo da carreira, também ocupou cargos de destaque:

  • secretário-adjunto da Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais;
  • presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente;
  • e secretário municipal de Segurança de Belo Horizonte.

Em 2024, foi nomeado pelo ministro Alexandre Silveira para o Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras.

Agora, o nome de Teixeira aparece no centro de um esquema que, segundo a PF, envolve mais de 40 empresas, causou danos ambientais e colocou em risco áreas de preservação em Minas Gerais e em outros estados.

Operação da PF cumpre 22 mandados de prisão

A operação da Polícia Federal cumpriu 22 mandados de prisão preventiva e dezenas de ordens de busca e apreensão em Brasília, Minas Gerais e outros estados.

Segundo a PF, o alvo é uma rede de favorecimentos ilegais que teria movimentado cerca de R$1,5 bilhão em lucros indevidos, envolvendo a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e órgãos estaduais mineiros.

As investigações apontam fraudes em processos de licenciamento ambiental, pagamento de propinas e uso da máquina pública para beneficiar empresas privadas do setor de mineração.

Um diretor da ANM foi preso em Brasília, um ex-diretor é alvo de prisão e a sede da agência foi alvo de buscas.

Os investigadores afirmaram que o objetivo é combater crimes “independentemente de quem sejam os envolvidos, mesmo que seja um delegado da PF ou outro membro da instituição”.

As investigações seguem em andamento, e os presos serão ouvidos pela Polícia Federal nos próximos dias. O caso deve agora avançar para a fase de análise das provas recolhidas e possíveis denúncias do Ministério Público.

A expectativa é que novos desdobramentos revelem até onde chegava a rede de favorecimentos ilegais dentro dos órgãos ambientais e de mineração.

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. 

Clique aqui.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais