Disseram que “se eu continuasse me opondo, a região ficaria pequena para mim”, lembra ele.
Cláudio não é um caso isolado. Ao longo de mais de um ano de apuração, a equipe da Brasil Paralelo percorreu acampamentos, assentamentos e áreas invadidas em diferentes estados, ouvindo pessoas que acreditavam que o movimento ofereceria dignidade e autonomia.
O que encontraram foi um sistema de controle, no qual discordar das ordens da cúpula podia colocar a própria segurança em risco.
Muitos dos entrevistados relatam que o acesso à terra era condicionado à participação em atos políticos, reuniões ideológicas e até mesmo ao pagamento de contribuições obrigatórias.
"Quando nós começamos a nos levantar contra o MST, veio uma ameaça. Eles colocaram 600 pessoas dentro do assentamento para me expulsar — a mim e todas as famílias que queriam ser tituladas. Mas a gente só queria uma coisa: o documento. Só queríamos ser titulados.”, contou Liva Costta, ex-integrante do MST.
Além do relato de pessoas como Liva, o documentário também mostra como o movimento passou a operar com apoio institucional crescente, recebendo recursos públicos, benefícios e até respaldo jurídico, mesmo diante de denúncias de ilegalidade.
Em paralelo, pequenas famílias e produtores foram expulsos de suas terras por grupos organizados, sem qualquer possibilidade de defesa.
Toda essa investigação estará disponível para você de graça no dia 22 de maio. Mas atenção, após a exibição, o documentário será retirado do ar e só poderá ser visto por membros assinantes, então cadastre-se para garantir que você conseguirá ver de graça.
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