A disputa pelo cargo de prefeito de São Paulo é uma das mais relevantes do país, e à medida que a competição se intensifica, os apoios políticos se tornam cada vez mais cruciais. Recentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo no qual expressa seu apoio ao candidato do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) para a prefeitura de São Paulo.

Ao longo da publicação, Bolsonaro ressaltou que o colega de chapa de Nunes, Ricardo Mello Araújo, é membro de seu partido.

O vídeo faz parte de uma série de sinalizações do ex-presidente em favor de Nunes e contra Pablo Marçal (PRTB).

‍“Mentiroso”, foi a palavra que Bolsonaro usou para se referir a Marçal, , após o empresário e ex-coach ter afirmando que nunca procurou o seu apoio.  Bolsonaro afirmou que teria conversado com Marçal por quase uma hora. No entanto, enfatizou que continua apoiando o atual prefeito de São Paulo. 

Segundo apuração da Gazeta do povo, Bolsonaro enviou uma mensagem crítica ao empresário para seus aliados mais próximos via Whatsapp:

"Certas coisas você não precisa experimentar para saber que é um produto estragado. Meu candidato em São Paulo é Ricardo Nunes."

O texto veio acompanhado de um vídeo que circulou na campanha de 2022, em que Marçal compara Bolsonaro a Lula.

O cientista político Adriano Gianturco, comentarista do programa Cartas na Mesa, destacou a importância de Bolsonaro na política brasileira:

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“Ele está fora das eleições presidenciais por enquanto, mas ele ainda decide muitos votos. Então ele é aposta de todo mundo da direita que quer uma garantia de mais votos.”

Gianturco seguiu sua fala afirmando que Bolsonaro não é um total outsider na política brasileira, negociando com o centrão:

“Existe briga política, mas também existe a costura, afinal, ele escolhe ir com o velho sistema, com o Central etc., em uma eleição na qual podia se ver algo diferente.”

Para o deputado federal do Partido Liberal (PL), Luiz Phillipe de Orleans e Bragança, a reafirmação de apoio a Nunes ocorre por uma fraqueza do próprio prefeito de São Paulo: 

“Trazer o Bolsonaro para reafirmar o apoio a Nunes não é um sinal do Bolsonaro, mas sim, uma fraqueza da campanha de Nunes.”

O parlamentar seguiu afirmando acreditar que a transferência de votos do Bolsonaro para Nunes pode não ser tão efetiva por conta da desconfiança entre políticos não ideológicos:

“Mas pedir para o eleitor fazer esse tipo de conjuntura com essa experiência passada tão recente e tão amarga, que foi ver essas traições, foi ver essa confiança que se dá a personas do jogo político e que no momento seguinte traem e vão para um lado contrário… eu acho que isso a população não quer mais.”

Bragança seguiu especulando sobre o motivo pelo qual Nunes não tem buscado agradar os setores que apoiam mais fervorosamente o ex-presidente:

“Ele fez zero esforço para atrair o bolsonarista para dentro. Não sei se de fato ele não gosta ou se ele é muito acuado e medroso de achar que se ele sinalizar apoio para a direita ele vai estar perdendo os votos do centro.”

A disputa pela prefeitura em São Paulo é uma das campanhas mais importantes do ano, trazendo à tona o cenário da política nacional.