O que é a teoria do capital humano de Schultz? Resumo
A Teoria do Capital Humano alega que investimentos em educação e saúde podem aprimorar as habilidades e a vontade de trabalhar dos indivíduos, aumentando sua satisfação e produtividade, o que melhoraria a sociedade como um todo, afirmava o economista Gary Becker, um dos intelectuais que desenvolveram essa teoria.
Para entender a teoria do capital humano é necessário entender o que é capital, e como a teoria surgiu.
Capital vem do latim, capitale, palavra latina originada da palavra caput, que significa “cabeça”. Isto é uma alusão à riqueza, que em outros tempos era maior de acordo com a quantidade de cabeças de gado possuídas. O termo também pode significar liderança e poder.
Em economia, capital é um bem destinado à produção de outros bens econômicos, explica Ludwig von Mises em seu livro Ação Humana. Por exemplo, uma máquina que faz xícaras é um capital, porque produz outros bens econômicos.
O dinheiro é uma espécie de capital, porque com ele é possível adquirir outros bens ou comprar materiais necessários para alguma produção. O dinheiro, portanto, gera valor ou itens de valor.
Por sua vez, os bens de consumo estão diretamente ligados à satisfação do homem. Antes de Schutz, grande parte dos intelectuais da economia não consideravam os bens de consumo como capital.
A teoria do capital humano de Schultz, em resumo, traz uma inovação na maneira de classificar o capital e no modo de hierarquizar os bens econômicos.
Muitos economistas encaravam os bens de consumo como algo não produtivo, focando no desenvolvimento do capital técnico, ou seja, equipamentos e geração de valor stricto sensu. Schutz vê a economia de modo diferente.