A origem do movimento sionista
O antissemitsmo sofrido pelos judeus fazia com que muitos se sentissem estrangeiros em seu próprio país.
Para garantir sua segurança e liberdade, líderes da comunidade judaica se reuniram em Viena, em 1895. Segundo o historiador Walter Laqueur no livro Uma História do Sionismo, foi nesse momento que muitos judeus chegaram à conclusão de que um Estado próprio seria a melhor maneira de viverem em liberdade e segurança.
Como para a religião judaica a terra da atual Israel havia sido prometida por direito divino, esse foi o lugar escolhido para a formação do Estado.
O movimento sionista se difundiu pela divulgação do jornalista húngaro Theodor Herzl, no final do século XIX, considerado por muitos como o pai do sionismo.
Segundo a Prager U, Theodor iniciou sua campanha em prol do sionismo após presenciar pessoalmente o caso Alfred Dreyfus. Andrey era um militar judeu que foi preso injustamente na França.
Quando sua inocência foi formalmente comprovada, Andrey foi libertado após passar anos na prisão.
O início do retorno a Israel
Já em 1910, alguns judeus foram migrando para a região de Israel, lá foram assentando comunidades comunitaristas conhecidas como kibutz.
Em apenas 7 anos, a população judaica da Palestina alcançou um total de 40.000 pessoas, afirma a Jewish Virtual Library. A região era habitada por cerca de 500.000 árabes, com quase 10% da população sendo judia.
Em 1917, a Inglaterra sinalizou que apoiaria a criação de um Estado Judeu na Palestina, a partir da Declaração de Balfour.
Após a primeira guerra, a Inglaterra dominou a Palestina. Com o governo de uma nação amigável, o fluxo migratório de judeus para a região aumentou consideravelmente.
Muitos palestinos reagiram: convocaram o 1º Congresso Palestino posicionando-se contra a imigração e criação de um Estado judeu, mostra o documento assinado em 1919 por Aref al-Dajani, prefeito de Jerusalém, em nome da Associação de Muçulmanos e Cristãos Árabes.
Em 1929 houve o primeiro conflito. Uma disputa entre judeus e palestinos pelo acesso ao Muro das Lamentações gerou diversas mortes em Jerusalém, narra a historiadora Anita Shapira no livro Israel: Uma História. Os palestinos alegavam que as autoridades britânicas favoreciam os judeus.
Apesar dos problemas, as bases para a criação de um Estado judeu já haviam sido lançadas.
A origem do Estado de Israel
Durante a década de 1930, com a ascensão de Hitler, a perseguição aos judeus se intensificou. Como resultado disso, a migração de judeus para a Palestina aumentou consideravelmente.
Em 1931, o número de judeus na Palestina estava na casa dos 174.600.
Em 1939 começa a Segunda Guerra Mundial e, com ela, o Holocausto. O Holocausto foi a perseguição e eliminação em grande escala dos judeus e outras etnias pelos alemães seguidores do Nazismo.
Foram criados campos de concentração e de extermínio para esse fim, como o de Auschwitz, e políticas de Estado, como o plano Juízo Final.
Durante o conflito mundial, na Palestina, os árabes muçulmanos se aliaram à Alemanha, pois tinham dois inimigos em comum: os judeus e, em menor escala, os britânicos.
Em 1936 houve uma revolta árabe contra seus vizinhos judeus e seus dominadores britânicos. Para resolver a questão, os governantes ingleses criaram a Comissão Peel, liderada por Lord William Peel.
O grupo estudou o problema e concluiu que o motivo da violência é que dois povos estão buscando governar o mesmo local. A Comissão Peel propôs criar 2 estados independentes para solucionar o problema, mostra o site da ONU.
A proposta pesava em favor dos árabes: 80% do território seria árabe e 20% seria judeu. Os judeus aceitaram a proposta, mas os muçulmanos a rejeitaram e retomaram a onda de violência.
O Holocausto e o Estado de Israel