O termo “Revolução Sexual” refere-se às revoluções sociais e culturais que ocorreram em vários países em 1960, como França, Alemanha, EUA e Brasil, por exemplo. A invenção da pílula anticoncepcional acompanhou estes avanços, facilitando o sexo sem compromisso, vivido de forma livre e diversificada.
Para esclarecer as etapas da Revolução Sexual global, tanto antes dos anos 60 como atualmente, precisamos entender como isto se relaciona com as ondas do Feminismo.
Uma das maiores estudiosas do tema é a professora Ana Caroline Campagnolo, autora do livro Feminismo: Perversão e Subversão.
Neste curso, a professora mostra como o Feminismo e a Revolução Sexual estão diretamente ligados. Ao longo deste artigo, veremos nomes e citações dos ideólogos mais influentes sobre o assunto. Ressaltamos até mesmo que você verá citações fortes e explícitas, citadas na íntegra.
Para saber mais sobre as origens do feminismo e sua influência na história moderna, a Brasil Paralelo elaborou um e-book sobre Feminismo feito com base nos estudos da historiadora Ana Campagnolo. Não perca a oportunidade de conhecer as origens e os principais pensadores de um movimento que influencia o debate público de hoje.
A Revolução Sexual foi uma forma de pensar sobre a liberdade sexual humana desafiando a moral tradicional. Atingiu seu ápice nos anos 60, embora este não tenha sido seu início. Durou até aproximadamente a década de 70.
A principal ruptura foi com as relações heterossexuais e monogâmicas (apenas entre duas pessoas).
Surgiu também a forte apologia da contracepção e a pílula do dia seguinte. A nudez em público tornou-se uma forma de protesto e expressão artística, principalmente entre os jovens hippies. Toda forma alternativa de sexualidade e o aborto também recebeu uma forte defesa.
Para David Allyn, a Revolução Sexual foi o momento em que a sociedade “saiu do armário” em relação ao sexo antes do casamento, masturbação, fantasias eróticas, pornografia e sexualidade.
Enfim, prevaleceu o entendimento de que se deveria mudar a natureza dos homens, mudar a natureza das mulheres e mudar a natureza da relação entre homens e mulheres.
As principais características da Revolução Sexual são:
Reforma dos costumes sexuais;
Fim do casamento;
Fim da família tradicional;
Fim da monogamia;
Aborto;
Propaganda do puro amor;
Propaganda do aborto;
Facilitação do divórcio;
Aceitação do adultério;
Pedofilia;
Incesto;
Ménage;
Zoofilia.
A relação da Revolução Sexual com o Feminismo
É comum vermos ser ensinado que a Revolução Sexual começou nos anos 60, mas na verdade, nesta década vemos o seu retorno. O verdadeiro início está entre os séculos XVIII e XIX, como veremos a seguir.
Para reforçar a ideia de que o Feminismo se confunde com a Revolução Sexual, temos esta defesa em uma das mães do movimento feminista, Kate Millet. Ela reforça esta ideia em seu livro Política Sexual.
A intenção sempre foi que a Revolução Sexual deveria ser o motor das transformações nas relações humanas, nas relações do casamento e na família.
A instrumentalização do sexo na política
Cabeça de João Batista sendo entregue a Salomé numa bandeja.
Quando falamos de sexo, podemos pensar em sua finalidade fisiológica (procriação e prazer) e sua finalidade material (troca do prazer por dinheiro, ou seja, prostituição). Mas isso não termina aí. A pretensão da Revolução Sexual era usar o sexo para um propósito político.
Vemos na Bíblia, um antigo exemplo da liberdade sexual em troca de controle político. O que percebemos quando nos relembramos da história de Salomé e João Batista?
Por fragilidade sexual, o rei concedeu poder político a uma mulher, algo que ela não teria tido se não tivesse dançado de forma sensual.
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A primeira etapa da Revolução Sexual
Em 1750 começaram a surgir os primeiros pensadores da Revolução Sexual. As pessoas começaram a pensar que se fossem sexualmente liberadas para qualquer coisa, estariam livres. Caso contrário, estariam oprimidas. Pensavam que nisto se resumia a liberdade.
Já em meados de 1789, durante a Revolução Francesa, alguns pensadores começaram a teorizar o assunto.
O anticristianismo
A Revolução Sexual é necessariamente anticristã. Para perceber como ela volta no tempo, vale destacar o exemplo da autora Cristina de Pisano. Em 1405, ela escreveu um livro para satirizar Santo Agostinho e sua obra moral, chamado O livro da Cidade das Damas.
O nome dessa obra satiriza “A Cidade de Deus” que Santo Agostinho legou à humanidade.
Este mesmo fenômeno tem se repetido ao longo dos anos. “O Despertar do Mundo Novo” de Aldous Huxley também demonstra isso. Nele, vemos a disputa entre sexo e poder retratada.
As pautas dos direitos civis sexuais parecem simples e casuais, mas por trás delas existe um projeto político de destruição da família. Cada afirmação disso será provada com citações neste artigo.
O Movimento Iluminista
A origem de todas as ondas feministas está em pensadores homens, não em mulheres. Foram os teóricos iluministas que começaram tudo isso.
A primeira defesa feita por esses pensadores era o fim da ordem cristã. Segundo defendiam, a régua do comportamento moral não podia ser cristã.
Com a racionalização das coisas e com a ciência ganhando o status de religião, o materialismo predominou e o transcendente foi combatido e deixado de lado.
Na Revolução Francesa, a fé e a Igreja são consideradas cânceres da humanidade. A Revolução Sexual surge e cresce na França, principalmente.