Como foi a guerra de Reconquista da Península Ibérica?
A Reconquista da Península Ibérica envolve um conjunto de guerras entre cristãos e muçulmanos, terminando em Granada. Veja o Resumo e a História Completa!
Os cristãos reconquistaram a Europa das Astúrias até Granada. Neste artigo completo, veremos a história de Portugal e como esta guerra está relacionada com as Cruzadas, com as Grandes Navegações e com o descobrimento do Brasil. Só assim será possível compreender como se deu a Reconquista da Península Ibérica e a expulsão dos mouros.
Brasil – A Última Cruzada: Entre a Cruz e a Espada
Neste artigo, você terá um resumo do primeiro episódio da série Brasil – A última Cruzada. Contudo, não deixe de assistir ao episódio completo para conhecer sua própria história como brasileiro.
Sim, nossa história está diretamente ligada a estes acontecimentos tão longínquos.
Veja abaixo um resumo com as principais informações sobre a reconquista da península ibérica.
A Guerra de Reconquista da Península Ibérica
A “Reconquista Ibérica” ou “Retomada Cristã” foi um processo histórico, militar e religioso no qual os reinos cristãos retomaram os territórios da Península Ibérica que haviam sido tomados pelos muçulmanos. O processo ocorreu aproximadamente entre os anos 718 e 1492, com a conquista do reino de Granada.
Os muçulmanos perceberam as fraquezas dos visigodos e tomaram a Península Ibérica até conquistarem quase todo o território. Havia um foco de resistência nas Antilhas e de lá os cristãos começaram a reconquistar todos os territórios novamente, guiados por Dom Pelágio.
Iluminura das tropas cristãs marchando rumo à Reconquista da Península Ibérica.
Quem venceu a Guerra de Reconquista e onde ela terminou?
Foi em Granada que ocorreu a última batalha de reconquista dos cristãos contra os muçulmanos. A batalha foi comandada por Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Com a ajuda do Papa e da Ordem de Cristo, a Reconquista da Península Ibérica terminou em 2 de janeiro de 1492 às 15h.
Para entender todos os detalhes deste acontecimento e como ele impacta até mesmo a nossa história como brasileiros, leia agora nosso artigo completo. Não deixe de assistir série Brasil: A Última Cruzada, com a história completa do período e baseado em professores, jornalistas, cientistas políticos e filósofos.
Quais foram as principais características da Guerra da Reconquista?
As principais características da Reconquista da Península Ibérica foram:
A motivação dos cristãos era retomar o território invadido pelos muçulmanos;
Estas guerras de reconquista duraram aproximadamente oito séculos;
Houve evolução de estratégias militares e de equipamentos de combate;
Os ataques mais comuns envolviam a infantaria cristã sobre os mouros;
Mais tarde, a infantaria leve se viu equipada com cotas de malha, elmos e capacetes de ferro;
Os muçulmanos foram expulsos, mas aqueles que aceitaram a fé católica continuaram habitando Portugal e Espanha;
As guerras de reconquista acenderam um ardor missionário que está diretamente ligado às Grandes Navegações.
O contexto português antes dos mouros
A terra que hoje abriga Portugal era considerada o fim do mundo, sendo a fronteira com o oceano desconhecido. Vários povos viveram ali, até a ascensão do Império Romano e a entrada de tribos germânicas, como os suevos e visigodos.
Os visigodos formaram cidades na Europa Ocidental e durante três séculos ocuparam grande parte da Península Ibérica, preservando e absorvendo a cultura de seus antepassados.
Em vista disso, é importante pensar:
Como esta cultura chegou ao Brasil?
O que as guerras entre diferentes visões de mundo têm a ver com nossa história?
Para compreender como foi a Reconquista da Península Ibérica, precisamos voltar no tempo.
O surgimento da fé muçulmana
A fé muçulmana surgiu por volta do ano 700 d.C. e se espalhou por todo o Oriente Médio e Norte da África. Ela nasceu em Meca, na Arábia Saudita, com Maomé, o profeta que afirmava ter recebido a revelação de ser um enviado de Deus.
Nesta revelação, sua missão seria resgatar ensinamentos que foram trazidos por profetas, como Abraão, Moisés e Jesus, que com o tempo teriam sido distorcidos.
Ele reuniu adeptos que, após sua morte, compilaram seus ensinamentos no Alcorão, livro que embasa a fé islâmica e estabelece uma ruptura com as crenças judaicas e católicas.
Também criaram a Jihad, a guerra para manter o islamismo pleno dentro de si e levá-lo ao maior número de pessoas possível.
Os muçulmanos queriam alargar os horizontes do território islâmico, inicialmente tomando o Oriente Médio e o Norte da África, para depois entrar na Europa Ocidental.
A estratégia era longa em duração e rápida na conquista. Em menos de uma década, os mouros dominaram a maior parte do território europeu.
Mouros e cristãos em combate.
A relação dos visigodos com os muçulmanos e o início da Conquista
A invasão começou em 711 d.C. e três anos depois os muçulmanos já habitavam a maior parte da Península Ibérica. O curioso é que esta ocupação foi incentivada pelos mesmos povos que habitavam a região.
Os visigodos estavam envolvidos em disputas internas e, por causa desta rivalidade, uma facção de visigodos pediu a ajuda de um líder muçulmano do Norte da África, conta Dom Rodrigo Jiménez de Rada, Bispo contemporâneo dessa época, no livro Historia de rebus Hispaniae.
Ao apoiá-los, os muçulmanos se deram conta da riqueza do território e aproveitaram para se apropriar dele.