Na cerimônia que marca a abertura da Assembleia Geral da ONU, os holofotes se voltam para um ritual diplomático carregado de simbolismo histórico: o presidente do Brasil é o primeiro a discursar. E o dos Estados Unidos, o segundo.
Essa ordem de fala é tradição há mais de 70 anos na ONU, mas neste ano de 2025, ela ganhou ares de tensão devido ao conflito diplomático em curso entre Brasil e Estados Unidos.
No início da história das Nações Unidas, poucos países queriam abrir o debate geral. Ser o primeiro a falar é correr o risco de críticas, pressão e repercussão política. Mesmo diante dessa adversidade, em 1947, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha presidiu a Primeira Sessão Especial da Assembleia Geral e criou uma tradição.
O Brasil foi o primeiro país a aderir à ONU e também é um dos Estados fundadores da organização.
Desde então, por mais de sete décadas, o Brasil tem a honra — e a responsabilidade — de fazer o primeiro pronunciamento da cúpula anual mais importante da diplomacia global.
Não por imposição formal. Não há regra escrita na ONU que defina essa ordem. Trata-se de uma tradição consolidada, respeitada ano após ano por todas as nações-membro.
Logo em seguida, vem o discurso do país anfitrião da sede da ONU, os Estados Unidos.
Neste ano, o intervalo entre o primeiro e o segundo discurso carrega uma tensão diferente.
O presidente Lula abre a 80ª Assembleia Geral da ONU em Nova York. Em seguida, os Estados Unidos fazem o segundo discurso agora novamente sob a presidência de Donald Trump.
O governo dos Estados Unidos, sob a Lei Magnitsky, sancionou recentemente Viviane Barci de Moraes (esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes), e o “Lex Instituto de Estudos Jurídicos LTDA”, que lhe é associado.
Essas sanções incluem restrições financeiras, revogação de vistos e um alerta para instituições que se relacionem com os sancionados. O Brasil reagiu formalmente, classificando as medidas como interferência estrangeira.
Falar primeiro na ONU nunca foi apenas uma honra simbólica. É uma posição de visibilidade, onde o Brasil pode apresentar sua visão de mundo antes das grandes potências.
Mas em 2025, essa visibilidade cobra um preço. O país abre a Assembleia em meio a uma crise diplomática real com os Estados Unidos, sob sanções oficiais e com tensões públicas.
O mundo inteiro está atento ao que será dito pelos dois presidentes em meio às tensões diplomáticas dos dois países.
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