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Política
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min de leitura

Outras autoridades brasileiras podem ser punidas pelos EUA? Oficial de diplomacia dos EUA responde

Veja o que autoridades dos Estados Unidos estão falando.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
30/7/2025 16:41
Foto: Schiefelbein/Pool via REUTERS.

Após as punições da Lei Magnitsky serem oficializadas contra o ministro Alexandre de Moraes hoje à tarde (30/07), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, justificou a punição em sua conta no X dizendo:

“O presidente e o secretário do Tesouro [dos EUA] sancionaram o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do programa de sanções Global Magnitsky por graves violações de direitos humanos. Que este seja um aviso para aqueles que atropelam os direitos fundamentais de seus compatriotas — as togas judiciais não podem protegê-los”.

Sanções contra aliados de Moraes

Logo em seguida, o secretário oficial de diplomacia pública, Darren Beattie, afirmou:

“As sanções contra o juiz Moraes hoje deixam claro que o Presidente Trump leva a sério o complexo de censura e perseguição no Brasil, do qual Moraes foi o principal arquiteto. Aqueles que foram cúmplices das violações de direitos humanos de Moraes devem tomar nota”.

Contexto e alvos potenciais

O que você vai encontrar neste artigo?

Entre os potenciais alvos de futuras sanções, especula-se que estejam:

  • Outros ministros do STF: a revogação de vistos de entrada nos EUA já foi aplicada a aliados de Moraes na Suprema Corte e seus familiares, conforme reportado pelo The Washington Post. Isso indica que outros juízes que apoiam as decisões de Moraes, como ordens de remoção de conteúdo em redes sociais, podem ser visados.
  • Procuradores e policiais federais: a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal, que colaboram com as investigações lideradas por Moraes, foram mencionadas em um artigo da Reuters afirmando que o Procurador-Geral, Paulo Gonet ,foi alvo de restrições de visto.

Reações no Brasil e implicações

Em nota da Agência Brasil, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, repudiou, nesta quarta-feira (30), a sanção do governo dos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Para ela, é um ato “violento e arrogante”.

“Mais um capítulo da traição da família Bolsonaro ao país. Nenhuma nação pode se intrometer no Poder Judiciário de outra. Solidariedade ao ministro e ao STF. Repúdio total do governo Lula a mais esse absurdo”, escreveu em publicação nas redes sociais.

Gleisi fez referência ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, em março, se licenciou do mandato na Câmara, foi para os Estados Unidos e articula ações junto ao governo norte-americano contra a Justiça e a economia brasileiras na tentativa de livrar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, do julgamento por tentativa de golpe de Estado. 

Reações positivas

Eduardo Bolsonaro (Deputado Federal, PL-SP): celebrou as sanções no X, chamando Moraes de “ditador” que usa o STF para perseguição política, e destacou a medida como exposição internacional de abusos.

Paulo Figueiredo (Influenciador e Acusado no Caso do Golpe): no X, elogiou as sanções como resposta ao “complexo de perseguição e censura” de Moraes, alertando sobre consequências se suas ações continuarem. Acusado no inquérito do golpe, apoia a narrativa de violações de direitos humanos por Moraes, colaborando com bolsonaristas nos EUA.

Senador Eduardo Girão (Novo-CE): no X, apoiou as sanções, afirmando que mostram abusos de Moraes contra a democracia e reforçam a necessidade de impeachment. Ele lidera pedido de impeachment de Moraes no Senado, apoiado por 156 deputados, com base em acusações de abuso de poder.

Impacto social e Econômico

As sanções impostas pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 30 de julho de 2025, sob a Lei Magnitsky, criam um dilema complexo para bancos, redes sociais e outras empresas, especialmente aquelas com operações no Brasil e nos EUA. 

Essas instituições podem enfrentar conflitos entre cumprir ordens judiciais brasileiras, lideradas por Moraes, e aderir às sanções americanas, o que pode levar a sérias consequências financeiras, legais e operacionais em ambos os países.

Bancos

Os bancos, sejam brasileiros (como Itaú, Bradesco, Santander, Nubank) ou internacionais com operações no Brasil (como JPMorgan, Citibank, HSBC), estão no centro do conflito devido à natureza global do sistema financeiro e à influência dos EUA sobre ele.

Obedecer ordens de Moraes (e desrespeitar sanções dos EUA)

Bancos que operam no Brasil são obrigados a cumprir essas ordens sob pena de multas, processos judiciais ou até revogação de licença pelo Banco Central do Brasil.

Riscos nos EUA 

Cumprir ordens de Moraes pode ser interpretado como apoio a um indivíduo sancionado pela Lei Magnitsky, já que Moraes foi acusado de "graves violações de direitos humanos". A Lei Magnitsky permite que o Departamento do Tesouro dos EUA imponha sanções secundárias a entidades que mantenham relações com sancionados, incluindo:

  • Congelamento de ativos: Contas do banco nos EUA ou ativos em dólares podem ser bloqueados.
  • Multas pesadas: Penalidades financeiras significativas por violar sanções.
  • Restrição de acesso ao sistema financeiro americano: Isso inclui o bloqueio de transações em dólar ou acesso ao sistema SWIFT, essencial para operações globais.
  • Danos reputacionais: Ser associado a violações de sanções pode afastar investidores e clientes internacionais.
  • Exemplo prático: Como mencionado em reportagens, em 2022, Visa, MasterCard e American Express bloquearam bancos russos de suas redes após sanções semelhantes, demonstrando o impacto em instituições financeiras que não cumprem sanções americanas.
  • Cenário: Um banco como o Santander, com operações nos EUA, pode ser pressionado a congelar contas de Moraes ou seus aliados. Se cumprir essas ordens brasileiras, pode sofrer sanções nos EUA, comprometendo suas operações globais. Postagens no X, como a de @araujjo_marcos, destacam que bancos brasileiros com operações nos EUA enfrentariam esse dilema, podendo optar por abandonar o mercado americano ou arriscar punições.

Obedecer sanções dos EUA (e enfrentar problemas no Brasil)

Se um banco decidir acatar as sanções americanas e se recusar a cumprir ordens judiciais de Moraes (como não bloquear contas de investigados), enfrentará problemas no Brasil.

Riscos no Brasil:

  • Multas e penalidades: o descumprimento de ordens judiciais pode resultar em multas milionárias impostas pelo STF ou TSE.
  • Revogação de licença: o Banco Central do Brasil pode suspender a licença de operação, forçando o banco a encerrar atividades no país.
  • Processos criminais: executivos do banco podem ser investigados ou presos por desobediência judicial.
  • Judicialização: se um banco tentar cumprir sanções americanas e for impedido por decisões judiciais brasileiras, a situação pode entrar em um "limbo jurídico", com o banco paralisado até a resolução do conflito.
  • Cenário: Um banco como o Nubank, que utiliza tecnologia americana (como servidores da Amazon ou Google Cloud), pode optar por cumprir sanções dos EUA para proteger suas operações internacionais. Isso, porém, pode levar a ordens judiciais brasileiras exigindo a retomada de serviços, sob risco de multas ou até saída do mercado brasileiro.

Impacto geral

  • Sistema financeiro global: A influência dos EUA no sistema financeiro é significativa, já que muitas transações globais são feitas em dólar. Bancos brasileiros com exposição internacional, como Itaú ou Bradesco, podem reavaliar vínculos com sancionados para evitar punições nos EUA, mesmo sem obrigação legal no Brasil.
  • Possível saída do Brasil: Em casos extremos, bancos estrangeiros podem optar por encerrar operações no Brasil para evitar conflitos com os EUA.  Bancos como o Banco do Brasil podem ser forçados a operar apenas com dinheiro vivo para sancionados.
  • Precedente russo: O bloqueio de bancos russos por Visa e MasterCard em 2022 mostra que instituições financeiras tendem a priorizar o cumprimento de sanções americanas para evitar perdas maiores.
  • Limitações no Brasil: Especialistas, como os citados pela Gazeta do Povo, afirmam que bancos brasileiros não são obrigados a cumprir sanções americanas no Brasil devido à soberania nacional. No entanto, bancos com operações nos EUA podem adotar medidas preventivas para evitar sanções secundárias.

Redes Sociais

Empresas de tecnologia americanas, como Google (YouTube, Gmail), Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp) e X, também enfrentam dilemas devido às ordens de Moraes para remoção de conteúdo ou suspensão de contas no Brasil.

Obedecer ordens de Moraes (e desrespeitar sanções dos EUA)

Riscos nos EUA

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