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Dom João VI: a história do primeiro Rei coroado em terras brasileiras

Conheça a história de Dom João VI, o primeiro rei coroado no Brasil. Descubra sua influência, desafios e legado na terra de Santa Cruz

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
13/9/2024 11:21
Capa: Pintura de Dom João VI feita por José Leandro de Carvalho

A influência dos reis em suas sociedades pode impactar a história por gerações. No Brasil, a presença dos monarcas teve um papel importante no crescimento econômico e cultural. Entre esses soberanos, destaca-se D. João VI, o primeiro rei a ser coroado na terra de Santa Cruz.

A vinda de Dom João ao Brasil trouxe crescimento para o país. Um dos seus primeiros decretos em solo brasileiro foi a abertura dos portos para as nações amigas.

Pouco tempo depois, ele expediu um alvará permitindo o estabelecimento de fábricas no Brasil, o que favoreceu o avanço industrial no país.

Além das questões econômicas, Dom João também deixou um legado cultural para o Brasil que permanece até os dias atuais.

Essas questões não são amplamente conhecidas, e a influência da vinda de D. João VI para o Brasil pode não ser totalmente compreendida. Vamos explorar alguns pontos sobre sua vida, reinado e legado.

Se você está interessado na História do Brasil e deseja saber mais sobre esse tema, assista à série Brasil: A Última Cruzada para um aprofundamento sobre o assunto.

O que você vai encontrar neste artigo?

Resumo da vida de D. João VI

Nascido em Lisboa em 13 de maio de 1767, o Infante D. João VI foi o segundo filho do Rei consorte D. Pedro III e de Dona Maria I de Portugal.

Inicialmente, sua educação não foi voltada para o governo, uma vez que não era o herdeiro direto do trono português. Dom João VI recebeu uma formação abrangente, estudando Letras, música, equitação, legislação, história e literatura, entre outras áreas.

Para fortalecer as relações luso-hispânicas, casou-se com Carlota Joaquina, neta do Rei Carlos III da Espanha, com quem teve nove filhos, incluindo o Imperador Dom Pedro I e D. Miguel, que foi Rei de Portugal.

Em 1788, seu irmão, o Príncipe Herdeiro D. José, faleceu aos 27 anos, sem deixar descendentes, o que levou D. João VI a ser elevado à condição de Príncipe do Brasil, título concedido ao herdeiro do trono português.

Antes da morte de seu irmão, o Rei D. Pedro III também faleceu, e, posteriormente, sua mãe, Dona Maria I, foi afastada de suas funções governamentais devido à incapacidade de continuar no exercício do poder.

Dom João VI como príncipe regente

Inicialmente, D. João não aceitou o título de príncipe regente, acreditando na possível recuperação de sua mãe. No entanto, passou a representá-la em seus deveres monárquicos.

Coube a ele tratar dos assuntos do trono durante o início da Revolução Francesa. Ele se aliou aos espanhóis na tentativa de combater os revolucionários e, juntamente com a marinha inglesa, passou a patrulhar os mares contra os franceses.

Em 1799, recebeu oficialmente o título de príncipe regente de Portugal.

Dom João VI e Napoleão Bonaparte

Napoleão Bonaparte avançava pela Europa, promovendo os ideais da Revolução Francesa, destronando monarcas e colocando seus generais e parentes no poder. Após destituir o Rei da Espanha, Napoleão nomeou seu irmão, José Bonaparte, como o novo rei.

O imperador francês buscava expandir sua influência e frear a Inglaterra, exigindo o fechamento de todos os portos europeus ao comércio com os ingleses. Essa medida ficou conhecida como o Bloqueio Continental.

Apenas um reino se opôs às ordens de Napoleão: Portugal, sob o comando de D. João VI. Essa resistência provocou a ira de Napoleão, que decidiu avançar contra o território português.

Espiões portugueses e ingleses em território espanhol avisaram o príncipe regente sobre a iminente investida napoleônica, colocando D. João VI diante de um dilema: 

  • Cedia às pressões francesas e aderiria ao bloqueio continental, tornando-se aliado dos franceses;
  • Aceitaria a oferta de apoio dos aliados ingleses.

A Vinda de Dom João VI para o Brasil

Observando que a corte estava dividida entre apoiadores dos ingleses e dos franceses, D. João decidiu transferir a corte e a administração para o Brasil.

O príncipe regente contou com a ajuda dos aliados ingleses para deixar Portugal em segurança. Em uma participação no programa Conversa Paralela, o historiador Raphael Tonon relata que D. João VI planejou sua saída de Portugal de forma a deixar uma impressão no general francês.

“Ele mediu a distância onde os tiros de canhão não alcançavam. Ele pediu que os navios esperassem e quando napoleão apareceu no alto de Santa Catarina, para descer para o porto de Lisboa, D. João pede que a tripulação acene para Napoleão com seus lenços, deixando Napoleão a ver navios”.

D. João contava com sua aliança com o Rei Jorge III para garantir sua soberania sobre o trono de Portugal e sua segurança em alto-mar.

Após 54 dias de viagem, em 22 de janeiro de 1808, D. João VI, sua família e a corte chegaram ao Brasil, desembarcando inicialmente em Salvador, onde foram recebidos com grande cerimônia. Após alguns dias, seguiram viagem para o Rio de Janeiro.

Ainda em solo baiano, D. João VI, por meio de uma carta régia, declarou os portos brasileiros abertos às nações amigas. Os portos haviam permanecido fechados durante décadas devido às invasões holandesas no Nordeste do Brasil.

Dom João VI no Brasil

A chegada da família real ao Brasil representou um novo passo para que a colônia pudesse caminhar em direção à soberania, uma vez que já existiam alguns elementos necessários para o estabelecimento de um Estado, conforme a teoria de Hans Kelsen, que são:

  • Território;
  • Povo;
  • Poder Soberano.

Juntamente com D. João VI, vieram nobres, prelados e funcionários da corte portuguesa. Estima-se que entre 10 e 15 mil portugueses saíram de Portugal fugindo do avanço napoleônico.

Trouxeram consigo ricas bagagens, como móveis, quadros e a biblioteca real, que transportou para o continente americano muitas obras clássicas da cultura ocidental.

D. João VI chegou ao Rio de Janeiro em 7 de março de 1808 e foi recebido com grande festa pela população. Pela primeira vez, um monarca pisava em solo brasileiro.

Dom João VI fez o Brasil se desenvolver

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