Especial de Natal 2025

Dia 15 de dezembro, garanta seu lugar

Cadastro gratuito
Guerra Oculta - Estreia exclusiva
Evento de lançamento começa em
00
D
00
H
00
M
00
S
December 2, 2025
Ative o lembrete
Política
3
min de leitura

Diferença salarial entre homens e mulheres – O que é verdade e o que é mentira?

Entenda o porquê da diferença salarial entre homens e mulheres. O motivo para os homens receberam mais é diferente do que a maioria pensa.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
1/9/2021 18:35
Homens recebem mais que mulheres

De fato, durante a maior parte da história, os homens receberam mais por seu trabalho do que as mulheres. No entanto, a polêmica reside no motivo da diferença salarial. Por que razões os homens recebem salários mais altos?

Muitas pessoas veem a diferença salarial e já assumem que a justificativa é a discriminação. Em parte, este pensamento deve-se às ideologias feministas e à ideologia de gênero.

O que você vai encontrar neste artigo?

Introdução ao debate sobre a diferença salarial entre homens e mulheres

motivos-da-diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres

O fato não pode ser negado. Existe uma diferença salarial entre homens e mulheres. Os homens, na maioria dos casos, recebem mais.

Algumas possibilidades que explicam esta diferença ou disparidade são:

  • Machismo e sexismo;
  • Os empregadores discriminam as mulheres, por serem mulheres;
  • Meninos e meninas são criados de forma diferente e isto tem impacto na profissão;
  • Homens e mulheres possuem habilidades diferentes, o que repercute no trabalho;
  • A diferença dos sexos conduz a escolhas de diferentes profissões e carreiras, que não remuneram igualmente.

Há algumas décadas, e especialmente nos dias de hoje, uma das conclusões mais aceitas para explicar a diferença salarial entre homens e mulheres é: a disparidade na remuneração e nas promoções é causada pela discriminação. Os empregadores são machistas.

Portanto, para reduzir esta desigualdade, o governo, ajudado pelo movimento feminista, precisa promover conscientização e leis relativas às mulheres para acabar com o preconceito.

Uma vez feito isso, a discriminação será reduzida e homens e mulheres receberão salários iguais.

O raciocínio acima é comum na mídia tradicional, nas universidades, na esfera política e nos tribunais.

Desigualdade salarial no Brasil em 2023

Segundo as últimas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil, os homens recebem salários 22% maiores que as mulheres. No entanto, grande parte das diferenças salariais não ocorrem com homens e mulheres que possuem a mesma profissão.

A legislação brasileira possui diversos mecanismos que buscam combater a desigualdade salarial no mesmo emprego. A Constituição Federal veda a diferenciação de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil em seu artigo 7º, aponta o site do Tribunal Superior do Trabalho.

Práticas discriminatórias que limitem o acesso ou a manutenção da relação de trabalho por motivo de sexo são vedadas, ainda, pela Lei  9.029/1995.

O que causa a desigualdade salarial entre homens e mulheres?

Thomas Sowell, autor do livro Fatos e Falácias da Economia, reuniu os principais dados que serão apresentados neste artigo.

Ele é um economista com mais de quarenta livros publicados. Recebeu a National Humanities Medal e o Bradley Foundation Prize. É membro sênior da Hoover Institution na Universidade de Stanford.

Sowell discordou com a afirmação de que a desigualdade salarial entre homens e mulheres decorre do machismo ou algum outro tipo de discriminação. De acordo com seus estudos, o machismo não é a causa da diferença salarial entre homens e mulheres. Ele apresentou seus argumentos, como serão resumidos na sequência.

No vídeo abaixo, o próprio autor resume alguns de seus principais argumentos:

História da diferença salarial dos sexos

A cultura não pode ser desconsiderada nestes estudos. A diferença entre homens e mulheres, seus interesses, preferências e dedicação precisam ser considerados.

Força

A primeira consideração diz respeito à diferença natural na força física entre homens e mulheres. Durante longas épocas da história mundial, a maior parte do trabalho era distribuída na agricultura, mineração, navegação e metalurgia. Estas eram as principais profissões e exigiam muita força.

Naturalmente, foram ocupadas por homens.  

As áreas de construção, extração e manutenção ainda são as que contam com o maior número de homens. Nelas, apenas 4% são mulheres.

De acordo com o U.S. Census Bureau, 74% das mulheres foram classificadas como “trabalhadores de escritório e assemelhados”. Menos de 5% como “operadores de equipamento de transporte” são do sexo feminino.

É mais comum encontrar um homem atrás do volante de um caminhão de 18 rodas e uma mulher em uma mesa de escritório e não o contrário.

  • Menos de 3% das mulheres está em construções e madeireiras;
  • Menos de 2% em serviços de obras, como pedreiros;
  • Menos de 1% em mecânicas e técnicas de veículos pesados.

Para entender a diferença salarial entre homens e mulheres, é preciso comparar o mesmo trabalho, o mesmo tempo de serviço e de experiência. Sem isso, o risco de obter respostas erradas é enorme.

Mineradores ganham quase o dobro de uma auxiliar de escritório. Neste exemplo, a simples comparação de salários de mineradores e secretárias não prova o sexismo. Além disso, há bônus por serviços pesados ou insalubres. Nessas áreas, 54% da força de trabalho é masculina.

Os homens ocupam cargos em profissões mais perigosas e que remuneram mais, portanto seu salário não pode ser comparado ao salário de mulheres em profissões menos exigentes. O preço é que 92% das mortes relacionadas ao trabalho são de homens.

Atualmente, a força da máquina compensa a necessidade de ter músculos humanos fortes no trabalho. É por isso que nas últimas décadas tem sido possível que mais mulheres ingressem em algumas profissões em que antes não podiam.

A força mecânica tornou a diferença entre os sexos menos significativa. A experiência e a habilidade se tornaram mais importantes. Assim, reduziu-se a diferença salarial antes das leis de igualdade para as mesmas funções.

Cultura

Um forte exemplo é o da China. Houve momentos em que meninas recém-nascidas em famílias extremamente pobres eram mortas. Os meninos tinham uma possibilidade maior de crescer e começar a produzir para ter comida e para se sustentar.

Para estas famílias, as meninas eram uma ameaça à sobrevivência, já que havia pouco ou nenhum alimento excedente e as meninas não conseguiriam, com seu trabalho, suprir o que era gasto com elas.

De modo geral ao redor do mundo, houve épocas e lugares em que as mulheres sofriam restrições para trabalhar fora, o que limitava os ganhos.

As restrições culturais tentavam evitar o problema da atração entre os sexos.

Em um tempo em que a castidade era pré-requisito para o casamento, os pais preservavam suas filhas do risco de estarem em um ambiente com homens. A liberdade das filhas era reprimida para que elas não tivessem que lidar sozinhas com o filho em caso de gravidez indesejada.

Com a industrialização e o comércio, as oportunidades assimétricas para moças e rapazes fora de casa significavam rendimentos diferentes.

Mas os empregadores queriam esta grande mão de obra feminina.

Na Nova Inglaterra, proprietários de refinarias tentavam convencer os pais a permitir que suas filhas trabalhassem. Para isso, falavam sobre a mão de obra exclusivamente feminina e garantiam a presença de supervisoras mulheres mais velhas.

O mais comum era que elas se concentrassem nas tarefas agrícolas, ou que ficassem em casa, tecendo ou fermentando cerveja, por exemplo.

Por outro lado, em trabalhos que atraíam predominantemente homens, as mulheres poderiam causar distrações e queda na produtividade. A mesma animosidade já ocorreu com a presença de trabalhadores irlandeses e italianos.

Diversas profissões estavam distantes das mulheres porque a maioria já operante era de homens, não por discriminação.

Se houvesse um grande contingente de mulheres procurando trabalho, o empregador poderia contratar uma ou outra. Porém, a mais fácil era ter mão de obra exclusiva.

Educação

De acordo com a The Economist, ainda no século XXI, dois terços dos adultos analfabetos são mulheres. Mesmo assim, em alguns países, há mais mulheres do que homens no ensino superior.

Nos países industrializados, estes são alguns números:

  • No Japão, há 90 mulheres no ensino superior para cada 100 homens;
  • Nos EUA, 140 mulheres para cada 100 homens;
  • Na Suécia, 150 mulheres para cada 100 homens.

Para entender o problema da educação no Brasil, confira a trilogia Pátria Educadora.

Mais recentemente, em universidades públicas como Wisconsin, UCLA, Atlântica da Flórida e até Harvard, mulheres têm se formado com um número muito maior de títulos de honras.

As mulheres passam mais tempo estudando do que os homens, que geralmente começam a trabalhar mais cedo e passam mais tempo acumulando experiências e promoções.

Além disso, muitas mulheres dedicam-se à família após seus estudos.

  • Se você estiver interessado neste tema, não deixe de ler sobre o que é família.  

Gestação e responsabilidades domésticas

Gestacao-e-cuidados-do-lar-mudam-a-forma-como-as-mulheres-buscam-emprego

Na prática, as mulheres cuidam mais da casa e dos filhos do que os homens na maioria dos lugares e períodos da história. Somente ela engravida e, portanto, passa mais tempo afastada também.

Analisando a mesma função, é preciso medir a atualização de conteúdo. Uma mulher pode desempenhar a mesma função, mas estar menos atualizada por passar mais tempo em casa ou cuidando dos filhos.

De acordo com o departamento de economia da George Mason University, os homens tendem a se atualizar mais do que as mulheres, pois elas interrompem mais suas carreiras por causa da gestação e criação dos filhos.

Mulheres que nunca se casaram e que não têm filhos possuem renda média mais alta do que aquelas que são casadas e têm filhos.

Além disso, registros de salários podem enganar sobre as realidades econômicas. A renda familiar é conjunta e as pesquisas não apontam como a família gasta. O beneficiado pelo dinheiro não é necessariamente o nome no contracheque de pagamento.

Normalmente, o orçamento é comprometido com quem não tem renda: os filhos.

As estatísticas de diferença salarial não determinam quem decide os gastos e a finalidade do dinheiro.

De acordo com dados da The Economist, 80% das decisões de compra dos consumidores são tomadas por mulheres. Um estudo governamental dos EUA do século XXI apontou que a família média norte-americana gasta 70% em roupas femininas, por exemplo.

Não é incomum que o homem seja o único a ter renda e entregar seu salário para que a mulher cuide do orçamento.

Mulheres solteiras, casadas e as que nunca se casaram

As mulheres que nunca se casaram ganhavam mais do que os homens.

Em muitas culturas, as esposas sacrificam seus rendimentos para melhorar os de seus maridos. A despesa, no entanto, é conjunta. Para estes casos, nomes e valores diferentes não são relevantes.

Em caso de divórcio, a esposa perde o valor econômico da experiência de trabalho, permanência no cargo, atualização de competências e progressão na empresa.

Após o divórcio, a capacidade de ganho desta mulher é menor do que se ela tivesse ficado solteira. A discrepância salarial que existe se dá entre as mulheres casadas e o resto da sociedade.

Esposas de homens ricos trabalham menos e ganham menos, ou não trabalham, mas não são pobres. Muitas mulheres entram nas estatísticas com seus baixos salários, o que não significa que vivem com pouco dinheiro, já que também podem usar a fonte de seus maridos, por exemplo.

Comparando mulheres e homens solteiros, homens ainda ganham mais. No entanto, é melhor fazer a pesquisa procurando por “nunca casado” em vez de “solteiro”. Isto porque uma mulher solteira de 40 anos que passou 10 ou 20 anos criando seus filhos não pode ser comparada a um homem que passou esse tempo trabalhando continuamente.

Elas não têm a mesma experiência nem acumularam a mesma quantidade de promoções.

Existem motivos para que um empregador discrimine as mulheres?

Por que os empregadores não contratam apenas mulheres para pagarem menos e obter mais lucro? Diante de dois candidatos com o mesmo potencial, o empregador, evidentemente, contrataria o mais barato.

A explicação feminista defende que o machismo dos empregadores é um fator mais importante do que o lucro. Para elas, o governo deveria impor leis de salários iguais.

Porém, as crenças e atitudes de um empregador não são o único fator, nem o mais importante.

Quanto mais competitivo o mercado, a mão de obra e a concorrência, maior o custo da discriminação. Satisfazer preconceitos é colocar lucros em risco.

A disparidade entre os ganhos de homens e mulheres não é explicada exclusivamente pela discriminação por parte do empregador. Outras razões importantes que não podem ser descartadas são:

  • Diminuição nas diferenças da educação;
  • Tempo de experiência no trabalho;
  • Disponibilidade para estar fora de casa.

É preciso comparar pessoas comparáveis e situações comparáveis.

No passado, as pessoas confiavam menos em advogadas e médicas. Há incentivos econômicos tanto a favor quanto contra a discriminação e o saldo disto é empírico.

Relacionados

Todos

Exclusivo para membros

Ver mais