O comunicado oficial de sua morte foi divulgado na página oficial da deputada na madrugada deste domingo (12 de maio de 2024).
A sua morte foi lamentada por políticos de diferentes espectros políticos, inclusive por aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem a parlamentar fazia oposição.
O senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso, estimou seus “sentimentos à família e aos amigos da deputada Amália Barros” e pediu “que Deus conforte o coração de todos nesse momento de luto e tristeza.”.
Na mesma linha, o ministro dos Esportes, André Fufuca, também se manifestou.
“Lamento profundamente o falecimento da estimada deputada federal Amália Barros, do estado do Mato Grosso. Expresso minhas mais sinceras condolências à família e aos amigos, neste momento de dor”, disse Fufuca.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) recordou a militância da parlamentar pela causa monocular e expressou suas condolências.
“Recebi com pesar a notícia do falecimento precoce da deputada Amália Barros, ocorrido neste domingo. Mesmo em campos políticos distintos, tínhamos uma história em comum: como a jovem deputada, também sou monocular. Ao chegar no Senado, em 2019, um dos meus primeiros projetos foi pelo reconhecimento de pessoas monoculares, garantindo-lhes os mesmos direitos das pessoas com outras deficiências. Por essa e tantas outras razões, expresso meus sentimentos para toda a família.”, declarou Carvalho.
Aliados da deputada também prestaram suas condolências. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou a deputada de “amiga e irmã” e pediu que “Deus, em sua infinita bondade, a receba e conforte seus familiares e amigos.”
O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), lamentou o falecimento e afirmou que a representante mato-grossense “deixará muitas saudades”.
“Minhas condolências à família de Amália Barros, que se tornou um grande exemplo de superação de barreiras e de dedicação e amor ao próximo, Que Deus a acolha na sua infinita misericórdia e conforte seus familiares e amigos. Deixará muitas saudades!”, disse o mandatário paulista.
Outro governador que se manifestou foi o de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), o qual afirmou que “Amália partiu cedo demais”.
“Corajosa e incansável na defesa do que acreditava, Amália partiu cedo demais. Meus sentimentos à família e amigos. Que Deus, em Sua infinita bondade, a receba de braços abertos.”, disse o catarinense.
Colegas de bancada na Câmara dos Deputados se manifestaram, como foi o caso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
“Ainda não parece ser verdade... Fico sentindo que chegarei na câmara, você me cumprimentará com um sorriso, como sempre faz, e isso não passará de um sonho ruim. Mas infelizmente não é… Que falta você fará para todos, Amália… Que o Senhor console a vida de sua família. Foi-se uma guerreira.”, disse o mineiro.
Amália Barros foi eleita deputada federal em 2022 e tinha uma participação ativa nas questões relacionadas aos direitos das mulheres e das pessoas com deficiência. Além do mandato na Câmara, ela também era vice-presidente do PL Mulher nacional, comandado por Michelle Bolsonaro.
Além de seu compromisso político, a deputada tinha uma história pessoal marcante. Natural de Mogi Mirim, no estado de São Paulo, ela perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos devido a uma toxoplasmose, passando por 15 cirurgias e adotando uma prótese ocular em 2016.
Esse desafio pessoal moldou sua luta por pautas relacionadas à visibilidade das pessoas monoculares, culminando na inspiração para a Lei 14.126/2021, que reconhece a visão monocular como uma deficiência sensorial.