A violência contra cristãos na Nigéria atinge números que colocam o país entre os mais perigosos do mundo para quem professa a fé cristã.
De acordo com a organização Open Doors, mais de 50 mil pessoas foram assassinadas desde 2009 na Nigéria. Os ataques são atribuídos a grupos armados como o Boko Haram, o Estado Islâmico da África Ocidental (ISWAP) e milícias de pastores Fulani.
As vítimas são principalmente moradores do norte e do cinturão central do país, onde vilarejos cristãos têm sido alvos de ataques recorrentes.
Os ataques se repetem há mais de uma década. Homens são executados em praças públicas, mulheres e meninas são sequestradas e violentadas, e igrejas são incendiadas.
Em junho de 2025, um ataque na cidade de Yelewata, no estado de Benue, deixou cerca de 200 mortos em um campo de desabrigados.
Segundo relatos coletados pela Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), os agressores atearam fogo em abrigos improvisados e atacaram com armas de fogo e facões quem tentava escapar.
“O que vi foi realmente horrível. Havia corpos espalhados por toda parte. “Entre as vítimas estavam bebês, crianças, mulheres e idosos”, disse o padre Ukuma Jonathan Angbianbee, pároco local.
Antes do massacre, os terroristas tentaram invadir a Igreja de São José, onde cerca de 700 pessoas buscavam abrigo. Sem conseguir, voltaram-se contra os desabrigados.
Esses ataques não são casos isolados. De acordo com a Open Doors, em média 30 cristãos são mortos por dia na Nigéria por motivos ligados à religião.
Em 2024, foram registrados 3,1 mil assassinatos e centenas de sequestros, muitos envolvendo líderes religiosos.
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