Lula decidiu indicar o atual advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, para ocupar a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no STF. A informação foi confirmada pelo jornal Metrópoles.
A indicação ainda precisa ser formalizada antes do nome seguir para sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Uma vez aprovado pelos parlamentares, o AGU deixará o cargo para se tornar ministro do STF, posição que poderá ocupar por cerca de 30 anos por conta da idade.
Recifense, formado em Direito pela UFPE, com mestrado e doutorado pela UnB, Messias é procurador da Fazenda Nacional desde 2007.
Ao longo dos anos, ele acumulou postos de confiança nos governos petistas, trabalhando como:
Na última posição ficou conhecido após um vazamento de uma conversa na qual Dilma falava sobre indicar Lula para o ministério da Casa Civil.
Na ocasião a presidente estava gripada, então falou o nome com uma voz anasalada, que soou como “Bessias”.
Jorge Messias deixou o governo quando Dilma sofreu o processo de impeachment, em 2016.
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Após a queda do PT, ele se manteve trabalhando como procurador e também se dedicou à carreira acadêmica.
Ele voltou a assumir um cargo de confiança em 2023, quando foi indicado como Advogado Geral da União por Lula.
Messias defende que a Advocacia-Geral da União pode e deve integrar a formulação de uma estratégia de desenvolvimento do país diante dos “riscos globais”.
Sua tese parte da ideia de que é preciso um Estado forte capaz de responder a essas ameaças e articular políticas públicas que superem a convergência econômica.
Ele descreve os anos entre 2016 e 2022 como um período de “ultraliberalismo”. Ele é crítico de reformas feitas pelo governo Temer e Bolsonaro, como:
Segundo ele, as mudanças realizadas pelas gestões desorganizaram a capacidade do Estado.
Messias criticou a condução da pandemia pelo governo anterior, acusando a gestão de ser responsável por custos sanitários, econômicos e ambientais.
Ele usa esse diagnóstico para justificar a necessidade de reconstrução e políticas públicas mais robustas no pós-2022.
Nos textos, ele registra que a esquerda criticou o STF por suposto conservadorismo e partidarização entre 2012 e 2018.
No entanto, ele afirma que o Tribunal teve papel importante ao reverter decisões envolvendo a operação Lava Jato e se opor ao governo Bolsonaro:
"Logrou estancar os abusos da Lava Jato, reverter decisões injustas de instâncias inferiores e fazer frente às ameaças golpistas que ganharam ímpeto renovado com a chegada de Bolsonaro à Presidência."
Messias dedica atenção aos “riscos digitais”, dizendo que a internet reduziu o custo da desinformação e que o engajamento nas redes favorece vieses e polarização.
Ele critica o monopólio de plataformas como Google e Facebook, que dificultariam a competitividade e usariam recursos para manter posições privilegiadas
Jorge Messias é um defensor de iniciativas regulatórias para responsabilizar as plataformas.
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