Uma forte tempestade caiu na cidade argentina de Bahía Blanca durante a madrugada da sexta-feira passada, 7 de março de 2025.

As grandes inundações geraram imagens chocantes e deixaram destroços por todas as partes.

O hospital Penna foi um dos lugares afetados pela chuva. Os andares inferiores do prédio onde fica foram tomados pelas águas.

A ala para cuidados neonatais estava em um desses andares e ficou completamente alagada. 

Nesse cenário caótico, as enfermeiras do hospital trabalharam por mais de 18 horas consecutivas para retirar todos os recém nascidos da região alagada e garantir acomodações seguras.

“A prioridade é sempre os bebês. Eu não sabia como estava minha família, como todos nós que estávamos lá”, disse Luciana Marrero, uma das profissionais.

• Atos como esse também aconteceram no Rio Grande do Sul em 2024, durante a maior tragédia ambiental na história do Brasil. A Brasil Paralelo homenageou a memória dos voluntários que ajudaram as vítimas da tragédia com o documentário O Resgate. Assista abaixo:

Imagens mostram que as águas chegaram aos joelhos das pessoas que entraram no local onde ficam os recém nascidos. 

Outra enfermeira chamada Sonia Scardapane conta que a equipe se dividiu em grupos para  organizar a retirada.

Ela menciona que havia crianças ligadas a cilindros de oxigênio e outras dentro de incubadoras.

Em seus braços, as enfermeiras levaram os bebês, tubos de oxigênio, incubadoras e cabos para os andares superiores através das escadas, já que o prédio estava sem energia.

“Coloquei uma bebê de um quilo no uniforme para que ela não perdesse calor, pois estava ficando com frio”, conta Marrero.

Assim que conseguiu acessar novamente o espaço, Scardapane comentou sobre os estragos causados pela inundação:

“A ala neonatal está totalmente destruída. A água baixou e agora temos que limpar, organizar e ver o que pode ser salvo. A água não nos deu tempo de resgatar absolutamente nada”.

A tempestade causou a morte de 19 pessoas, outras 100 estão desaparecidas e 1.450 estão desabrigadas.

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