Os crimes de abuso sexual contra crianças têm se tornado cada vez mais alarmantes no Brasil. Apenas em 2024, os registros subiram em 22,6%. Neste cenário preocupante, o caso de um ex-político que abusou da própria filha, chocou a população.
Iram de Almeida Saraiva Júnior foi preso em 1 de outubro sob acusações de ter estuprado sua filha bebê de 2 anos. A prisão foi executada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na Barra da Tijuca, onde Saraiva residia.
Saiba a continuação e qual foi o crime, que implicações jurídicas tem, quem é o ex-deputado acusado e que outros casos de abuso sexual estão relacionados a políticos do Brasil.
O crime imputado é o de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217-A do Código Penal, que abrange qualquer ato sexual com menores de 14 anos.
A pena pode ir de 8 a 15 anos de reclusão. Como a vítima tem uma idade muito reduzida, é possível que a pena seja agravada. A legislação também considera fatores como a relação de autoridade entre agressor e vítima.
A prisão ocorreu após coletas e análises de depoimentos, relatórios de um pediatra e de um psicólogo. A própria criança também fez um depoimento, passada por uma oitiva especial, segundo reportagens do portal Nd+.
Anteriormente, o celular do Saraiva foi apreendido durante um mandado de busca.
Iram Saraiva Júnior nasceu em Goiânia em 1975. Foi vereador na capital entre 1997 e 2000 e deputado estadual entre 1999 e 2003, pelo PMDB. Também foi secretário da prefeitura da mesma cidade e empresário na área da educação superior.
Formado em medicina, especializou-se em oftalmologia e manteve atividades na medicina privada, especialmente no Rio de Janeiro, para onde se mudou nos últimos anos.
Saraiva Júnior é filho do Iram Saraiva, também advogado e político. O pai de Saraiva foi historiador e ex-ministro do Tribunal de Contas da União.
O caso de Iram Júnior não é o único envolvendo figuras públicas acusadas de crimes sexuais contra menores.
Em 2023, Wilmar Lacerda, vice‑presidente do PT no Distrito Federal, foi alvo de investigação por violência sexual contra adolescentes e sofreu afastamento cautelar do partido.
O vereador Thiago Bitencourt do PL, também médico, foi preso por estupro de vulnerável e exploração sexual infantil.
O ex-senador Telmário Mota foi acusado de assédio sexual e tentativa de estupro contra sua filha. Mais tarde seria condenado por importunação sexual. Naquele momento, o ex-senador era membro do partido PROS.
Nezinho Alencar, ex-senador do Partido Socialista Brasileiro, foi condenado a 27 anos de cadeia por ter abusado sexualmente de duas crianças de 6 e 9 anos.
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