À meia-noite desta quarta-feira (1º), o governo dos Estados Unidos paralisou parte de suas atividades após o Congresso não aprovar o orçamento federal.
É o chamado shutdown, uma paralisação parcial do governo dos Estados Unidos quando o Congresso não aprova o orçamento a tempo.
Sem autorização legal para gastar, órgãos federais suspendem atividades, funcionários são afastados sem receber até que o impasse seja resolvido e apenas serviços essenciais seguem funcionando.
O impasse expõe as disputas políticas entre Donald Trump e os democratas, coloca milhões de servidores em incerteza, afeta setores como turismo e transporte aéreo, pressiona os mercados financeiros e pode gerar impactos que ultrapassam as fronteiras americanas.
O shutdown é a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos quando o Congresso não aprova o orçamento federal a tempo.
Sem a autorização de gastos, as agências ficam sem recursos e precisam suspender parte das atividades, mantendo apenas os serviços considerados essenciais.
Já os trabalhadores de áreas essenciais, como segurança, fronteiras e operações militares, continuam em serviço, em alguns casos também sem pagamento até o fim da crise.
Foi o que aconteceu à meia-noite desta quarta-feira. Como não houve acordo entre o governo Trump e os democratas, o Escritório de Orçamento da Casa Branca ordenou que as agências executassem seus planos de contingência. Repartições foram fechadas e atividades suspensas.
Nem todos os serviços param. Atividades essenciais continuam em operação, enquanto parte da máquina pública é interrompida.
A embaixada dos EUA no Brasil publicou um comunicado em sua conta no X:
“Devido à paralisação orçamentária, esta conta não será atualizada regularmente até a retomada total das operações, exceto para informações urgentes de segurança. No momento, os serviços de passaporte e visto programados nos Estados Unidos e em Embaixadas e Consulados dos EUA no exterior continuarão enquanto a situação permitir.”
A disputa central é sobre saúde. Republicanos defendem uma proposta “limpa”, apenas estendendo os recursos. Democratas exigem a inclusão de medidas ligadas ao Obamacare e ao Medicaid.
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, declarou:
“Isso não faz nada, absolutamente nada para resolver a maior crise de saúde da América.”
Já os republicanos acusam os democratas de usar o orçamento como moeda política.
“A determinação da extrema esquerda de se opor a tudo o que o presidente Trump disse ou fez não é um bom motivo para submeter o povo americano à dor de uma paralisação do governo”, afirmou o Senador John Thune.
O próprio presidente Trump endureceu o tom e ameaçou ampliar os efeitos.
“Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas.”
O impacto depende da duração da paralisação. Shutdowns curtos tendem a ser absorvidos, mas os prolongados já mostraram efeitos claros.
O fechamento de 2018-2019, por exemplo, durou 35 dias e reduziu o PIB em cerca de US$11 bilhões, cerca de R$58,520 bilhões, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso.
Nesta quarta, os mercados já reagiram: queda do dólar, bolsas americanas em baixa e disparada do ouro, que atingiu nova máxima histórica.
Entre os efeitos imediatos estão:
A Administração Federal de Aviação (FAA) informou que 11 mil funcionários foram enviados para casa e que 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de continuar trabalhando sem salário. O déficit atual é de cerca de 3.800 controladores.
Agora, com a disputa sobre subsídios de saúde e a proximidade das eleições legislativas de 2026, analistas projetam que a paralisação pode se prolongar.
Segundo a Bloomberg Economics, se durar três semanas, a taxa de desemprego pode subir para 4,6%-4,7%, contra 4,3% em agosto, à medida que servidores afastados passem a ser contabilizados como desempregados temporários.
Nos últimos 50 anos, os EUA enfrentaram 13 shutdowns. Ronald Reagan lidou com oito deles, a maioria de curta duração. O mais longo ocorreu no primeiro mandato de Donald Trump, em 2018-2019.
Isso mostra a força da oposição no Congresso americano na época. Trump também enfrentou resistência de setores internos do governo.
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