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Conheça a Filosofia Patrística e descubra o que acontece quando o cristianismo se junta à filosofia

Filosofia
Cristianismo
Cultura
Filosofia Patrística
Foto: ícone oriental representando Jesus Cristo e seus Apóstolos.
Redação Brasil Paralelo

A Filosofia Patrística gerou diversos avanços para a humanidade, especialmente na psicologia, na antropologia e na filosofia. Seus pensadores, os primeiros cristãos, são considerados como os principais intelectuais de vários campos do conhecimento humano. Segundo Rudolf Allers, psiquiatra e filósofo, um dos fundadores da psicanálise e mestre de Viktor Frankl:

[...] As palavras de Santo Agostinho, traduzidas à linguagem menos impressionante da caracterologia, querem dizer o seguinte: primeiro, que as ações e o comportamento de um homem são a manifestação de uma vontade; e, segundo, que a vontade, escondida por detrás desse comportamento real, pode ser desconhecida para o homem de que se trata.

[...] Essa passagem das Confissões é a primeira a introduzir o conceito de inconsciente [...] e é também onde pela primeira vez aparece representada a interpretação da conduta humana finalista”.

O que você vai encontrar neste artigo?

O que foi a Filosofia Patrística? Como surgiu?

A Patrística foi um movimento filosófico cristão desenvolvido na transição da Idade Antiga para a Idade Média, a partir do século I d.C. até aproximadamente o século V d.C. Os primeiros cristãos eruditos, especialmente os Padres (por isso o nome Patrística), desenvolveram pensamentos filosóficos para defender a Fé Cristã contra ataques externos (pagãos) e internos (hereges). 

O movimento se iniciou com os discípulos dos Apóstolos de Jesus. Os principais Padres Apostólicos foram os Bispos e Sacerdotes ordenados pelos 12 Apóstolos de Cristo.

Qual era o objetivo da filosofia patrística?

O objetivo destes autores era demonstrar que Jesus Cristo é o único salvador da humanidade, o único caminho de felicidade.

Seus escritos demonstram, também, que não há contradição entre razão e fé.

Para tanto, os Padres Apostólicos valeram-se do arcabouço intelectual desenvolvido pelos maiores filósofos já conhecidos em sua época: Sócrates, Platão e Aristóteles.

A filosofia da Patrística seguiu uma linha predominantemente platônica, embora também hajam escritos relacionados ao pensamento aristotélico.

O pensamento de Aristóteles só se torna predominante entre os cristãos após o movimento filosófico da Escolástica.

No início do movimento Patrístico, a doutrina Cristã já estava plenamente revelada, o trabalho dos filósofos patrísticos limitou-se a apenas explicá-la segundo a razão natural. 

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Principais teorias e ideias da Filosofia Patrística

As principais teorias e ideias elaboradas pela Filosofia Patrística são:

  • Explicação do livre-arbítrio e do mal;
  • Psicologia;
  • Eclesiologia;
  • Necessidade da graça para a felicidade.

Estes temas foram trabalhados pela filosofia patrística de maneira ostensiva. Veja abaixo a explicação de cada um deles.

O livre-arbítrio e a questão do mal

Principais teorias da filosofia patrística como o combate ao gnosticismo
Santo Antão lutando contra demônios.
“Todavia, perturba-nos o espírito uma consideração: se o pecado procede dos seres criados por Deus, como não atribuir a Deus os pecados, sendo tão imediata a relação entre ambos?” (Santo Agostinho, Do livre arbítrio)

Nos primeiros anos do Cristianismo, muitas visões de mundo influenciaram alguns fiéis cristãos, sendo duas das principais: o maniqueísmo e o gnosticismo. Para o Cristianismo, são heresias. 

Segundo esses autores, se Deus é o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, ele deveria ser o criador do mal.

Assim, para justificar a existência do mal, eles afirmaram que Deus não criou todas as coisas, mas apenas algumas delas.

Os maniqueus defendiam a existência de um Deus bom e um Deus mau, duas entidades sustentadoras da realidade, possuidoras de igual poder. 

Já para os gnósticos, o mundo material é criação de um ser espiritual (o demiurgo) poderoso e maléfico, que buscava aprisionar as almas dos homens criadas por Deus.

Para escapar do mal, eles defendiam ser necessário apartar-se da matéria para alcançar a divindade — mas apenas para alguns homens que, segundo eles, possuem a centelha divina, pois os demais não podem se salvar.

As duas crenças são semelhantes em muitos pontos, mas diferentes em sua essência e práticas. 

Essas correntes já existiam antes do Cristianismo; porém, nos primórdios da expansão da Fé, muitos grupos de fiéis passaram a unir essas crenças antigas com o Catolicismo.

Os chefes da Igreja, por sua vez, nunca adotaram tais crenças. A doutrina Cristã sempre afirmou que Deus é o próprio bem, sem poder fazer algo que seja mal. 

Santo Agostinho resolveu a questão que ainda não estava clara.

Segundo o Doutor da Igreja, o mal não foi criado por Deus.

De acordo com ele, Deus criou as criaturas para terem liberdade, deu-lhes o livre arbítrio. 

Caso as criaturas que possuem consciência (anjos e homens) não pudessem escolher entre o bem e o mal, elas seriam meros fantoches de Deus, seriam como manequins, não possuiriam vida genuína.

A possibilidade de escolher o bem ou mal com as próprias forças é o que garante o livre-arbítrio.

Dessa forma, para que os seres humanos tenham plena posse da sua vida, é necessário que Deus permita o mal como consequência da existência da liberdade.

Segundo os filósofos patrísticos, Deus não deseja o mal, sua vontade é que todos alcancem o bem, mas o mal pode existir para que os homens alcancem o bem de forma livre, verdadeira. 

Santo Agostinho tratou essa questão de forma mais aprofundada, utilizando conceitos metafísicos. 

  • Conheça a vida e as 5 principais ideias de uma das figuras mais importantes de toda a história do pensamento humano: Santo Agostinho.

Em seus estudos, ele afirmou que o mal não possui ser. Para ele, o mal é apenas a ausência do bem, não possui uma existência própria. 

Assim como as trevas, que são apenas a ausência da luz, o mal é a ausência de bem nas criaturas que decidiram viver nas trevas do mal.

Psicologia

filosofia dos padres da igreja

A Filosofia Patrística trouxe avanços enormes no ramo da psicologia. Os Padres Apostólicos se apossaram e desenvolveram a psicologia dos filósofos gregos. 

  • Entenda a psicologia elaborada pelo fundador da Filosofia Grega: o andarilho de Atenas, Sócrates.

Uma vez que Jesus ordenou que seus discípulos buscassem ser perfeitos assim como Deus é perfeito, é obrigação do Cristão buscar se desenvolver da melhor maneira possível, em todos os aspectos da vida, de maneira hierarquizada.

São Cipriano, Padre Apostólico, escreveu que o homem não foi criado nem imperfeito, nem perfeito, devendo se aperfeiçoar para se elevar cada vez mais em direção ao bem, o próprio Deus.

Em seu livro Contra as Heresias, no capítulo IV, ele escreveu: 

“Esta é a ordem, o ritmo, o movimento pelo qual o homem criado e modelado adquire a imagem e a semelhança do Deus incriado: o Pai decide e ordena; o Filho executa e forma; o Espírito nutre e aumenta; o homem paulatinamente progride e se eleva à perfeição, isto é, aproxima-se do Incriado, do Perfeito por não ser criado: e este é Deus. 
Era necessário que primeiramente o homem fosse criado, depois crescesse, depois de crescido se fortalecesse, depois de fortalecido, se multiplicasse, depois de multiplicado se consolidasse, depois de consolidado fosse glorificado, depois de glorificado visse seu Senhor: pois é Deus que deve ser visto um dia, e a visão de Deus causa a incorruptibilidade e a incorruptibilidade produz o estar junto de Deus” (Adv. haer. IV, 38,3).

Nas Confissões de Santo Agostinho, no livro VIII, capítulo 10, o renomado psiquiatra, Rudolf Allers, encontrou o que segundo ele é a verdadeira descoberta do inconsciente humano, muito anterior à psicanálise.

  • Um dos primeiros psicanalistas, Szondi, criou um teste que pode revelar o que há de mais profundo na sua alma. Faça o teste por aqui

Santo Agostinho alertava que as ações e o comportamento do homem são a manifestação de uma vontade interior, e, essa vontade, escondida por trás das ações concretas do homem, podem ser desconhecidas até mesmo pelo seu próprio agente. 

O Bispo de Hipona alertava para o que ele chamou de duas vontades: segundo o Padre Apostólico, o homem caído (todos os filhos de Eva) está dividido interiormente, encontrando-se em uma luta interior contra si mesmo, na qual apenas consegue sair vitorioso com a ajuda do médico divino. 

Apenas assim é possível abandonar todos os vícios e imperfeições, segundo o Doutor da Graça.

Para a filosofia patrística, diferentemente das linhas modernas de psicologia, a vida tem sentido e uma finalidade: alcançar o sumo bem através de uma vida de esforço e responsabilidade. 

  • Jordan Peterson, o doutor da responsabilidade, criou 12 regras para você desenvolver sua vida de forma nunca antes vista. 

Outros Padres Apostólicos fizeram diagnósticos da alma considerados os mais elevados do ramo por muitos profissionais da psiquiatria e psicologia.

A teoria dos sete pecados capitais sintetiza as tendências humanas ao erro, ao mal.

Contudo, para a Filosofia Patrística, os erros capitais são 8. 

Segundo Evágrio Pôntico, no livro Tratado Prático ou O Monge, no capítulo 6: 

“Oito são os pensamentos genéricos que contêm todos os pensamentos: 
  1. o primeiro é o da gula, 
  2. depois vem o da fornicação, 
  3. o terceiro é o da avareza, 
  4. o quarto o da tristeza
  5. o quinto o da ira, 
  6. o sexto o da acídia, 
  7. o sétimo o da vanglória, 
  8. o oitavo o da soberba.
Não depende de nós que estes pensamentos atormentem ou não a alma. Mas que atrasem o seu desenvolvimento ou não, que libertem ou não as paixões, isto depende de nós”. 

Segundo a Filosofia Patrística, aquele que não ordena corretamente as pulsões da alma, padece uma vida infeliz neste e no próximo mundo.

Por exemplo, uma pessoa que não ordena sua pulsão sexual não consegue ter uma família feliz. Aquele que não regula sua alimentação, adquire problemas de saúde e problemas estéticos, e assim por diante. 

Como muitos dos primeiros cristãos vieram de povos pagãos, cuja civilização exaltava os vícios, os Padres Apostólicos sentiam-se na necessidade de ajudar os fiéis, desenvolvendo abundantemente a psicologia. 

O livro De Aristóteles a Freud, do psiquiatra Martín Echavarría, demonstra como isso ocorreu. 

Dentro das necessidades do movimento da Patrística, para além de ajudar na organização individual dos fiéis, também era necessário desenvolver a vida em sociedade, a organização da Igreja. 

Eclesiologia

eclesiologia na patristica
Jesus Sacerdote.

Grande parte dos escritos da filosofia Patrística tinha como objetivo definir o que é a Igreja de Cristo e qual é sua natureza.

O objetivo dos Padres Apostólicos era esclarecer os cristãos para que eles não participassem de grupos que estavam em desacordo com a Igreja Católica.

Durante os primeiros séculos, muitos grupos considerados por eles heréticos surgiram e afastaram os fiéis cristãos da Igreja. 

Assim, uma grande Filosofia e Teologia da Igreja e da vida em comunidade foi elaborada.

São Paulo, em sua primeira Carta aos Coríntios, adicionada definitivamente ao cânon das Sagradas Escrituras no Concílio de Cartago, afirma que a Igreja é o Corpo Místico de Cristo.

Isso trouxe diversas questões a serem debatidas, como: 

  • os Batismos de hereges são válidos? 
  • Quais são as leis antigas vigentes na Nova Aliança? 
  • Como acontece a união dos fiéis com Cristo, membro da Santíssima Trindade, na vida terrena?
  • Os sacramentos são apenas símbolos ou são reais?

O foco dos Padres Apostólicos era responder essas questões. Algumas das principais respostas para estes questionamentos são: 

  • A presença real de Jesus na Hóstia: para os Padres Apostólicos, sucessores dos Apóstolos, Jesus estava realmente presente na Eucaristia celebrada pelos Bispos e Sacerdotes.

Santo Inácio de Antioquia, discípulo pessoal de São Pedro e São João Evangelista, escreveu no século I, em sua carta aos esmirnenses:

“Eles se mantêm distantes da Eucaristia e da oração porque não querem confessar que a Eucaristia é a carne de Nosso Salvador Jesus Cristo, carne que sofreu pelos nossos pecados e foi ressuscitada pela bondade do Pai”.

Em 155, São Justino Mártir, teólogo católico, descreveu a Missa e a transubstanciação:

“Porque estas coisas (o pão e o vinho durante a celebração da Eucaristia) não as recebemos como se fossem pão comum e bebida comum, mas do mesmo modo que Jesus Cristo nosso Salvador se fez carne pela Palavra de Deus e tomou carne e sangue para nos salvar, assim também nos foi ensinado que o alimento convertido em Eucaristia pelas palavras de uma oração procedente d’Ele (de Jesus) — alimento com que são alimentados nosso sangue e nossa carne através de uma transmutação — é a carne e o sangue daquele Jesus que se encarnou por nós“.
  • Hierarquia da Igreja: diante da formação de seitas heréticas, os primeiros cristãos defenderam a organização dos fiéis deixada por Cristo para a transmissão da Fé. 

São Cipriano, Bispo de Cartago entre os anos de 249 e 258 d.C, disse:

“Nosso Senhor, cujos preceitos e admoestações devemos observar, descrevendo a honra de um bispo e a ordem da Sua Igreja, fala no Evangelho, e diz a Pedro: ‘Eu te digo, que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E te darei as chaves do reino do céu, e o que ligares na terra, será ligado no céu, e o que desligares na terra, será desligado no céu’. Daí, através das mudanças de tempos e sucessões, a ordenação de bispos e o plano da Igreja flui para diante; de modo que a Igreja está fundada sobre os bispos, e cada ato da Igreja está controlado por estes mesmos governantes”.

Os Padres apostólicos desenvolveram uma vasta teologia da Igreja. Para eles, a Igreja é a Esposa de Cristo, cujos fiéis se unem ao Filho — 2ª Pessoa da Santíssima Trindade — para alcançar a vida íntima de Deus, prêmio para os que vivem unidos a Cristo e à sua Igreja. 

Necessidade da graça para a felicidade

A doutrina da iluminação divina está entre as principais ideias de Santo Agostinho. Ela também é responsável por unir fé e razão, de forma que elas juntas não se contradizem, mas apontam o mesmo caminho conforme suas possibilidades.

Sobre a razão, Santo Agostinho alegou que se percebeu mais inteligente por viver uma vida virtuosa, como se a imundície em que se encontrava bloqueasse sua razão de alguma forma, cegando-o para a verdade.

Com retidão de vida, disse que passou a entender o que antes não entendia. Disso surge o nome iluminação divina, já que acreditava que Deus vem em auxílio do homem para ajudá-lo a alcançar um conhecimento verdadeiro.

Entre as principais ideias de Santo Agostinho, essa foi uma das que mais influenciou a filosofia medieval. 

Contrariamente ao que Platão ensinou, a iluminação divina diz ao homem que ele deve buscar a verdade com ajuda de Deus em seu interior e não em um mundo à parte.

É preciso oração e estudo. Para ele, a vontade, movida pela graça, desvencilha-se da concupiscência da carne; a inteligência, iluminada pela luz da Revelação, liberta-se do ceticismo.

Trilhando esse caminho, o homem encontra o sentido último da vida.

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Santo Agostinho afirmava que não conseguia viver plenamente essa vida virtuosa quando não possuía vida de oração. 

Quando lutava contra forças naturais com recursos naturais, não conseguia, até que buscou o que está sobre o natural e finalmente triunfou contra seus piores vícios.

Assim, apenas a graça de Deus, dada de forma gratuita, pode levar o ser humano à felicidade eterna, o objetivo da vida humana. 

Os principais representantes da filosofia patrística e suas obras

Alguns dos principais filósofos patrísticos e suas principais obras são:

  • Santo Agostinho: Confissões; Cidade de Deus; Do livre arbítrio; A Trindade.
  • Santo Irineu de Lyon: Contra as Heresias.
  • Eusébio de Cesareia: História Eclesiástica.
  • Santo Atanásio: A Encarnação do Verbo

Dentre os principais filósofos da era patrística, Santo Agostinho pode ser tido como o principal deles. Suas obras influenciaram diversos outros nomes importantes, como Schopenhauer, Kierkegaard, Santo Tomás de Aquino e diversos outros santos.

Obras da Patrística voltadas mais estritamente à Filosofia:

Sobre a Vida Feliz: Santo Agostinho, em um jantar com amigos, investiga o que é a vida feliz, seguindo os moldes de um diálogo platônico.

Enéadas: escritos por Plotino, as Enéadas totalizam 54 tratados diferentes sobre diversos assuntos que vão de ética e convívio em sociedade a problemas de ordem psicológica individuais, apresentando uma visão cristã sustentada pela Filosofia Platônica.

Isagoge: o clássico de Porfírio retoma a filosofia grega de origem aristotélica para reintroduzir aspectos do método de procedência de Aristóteles, formando comentários sobre a Filosofia Grega. O principal elemento trazido por Porfírio por meio de Isagoge é a chamada “questão dos universais”.

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