A conturbada relação de Suzane Von Richthofen com os pais
Segundo o Investigação Paralela, programa de investigação criminal da Brasil Paralelo, os pais de Suzane Von Richthofen tinham uma relação fria e distante com a filha. Eles não eram carinhosos e não davam muita atenção para a filha.
No aniversário de 15 anos de Suzane, uma amiga a abraçou, o que gerou bastante incômodo em Suzane.
Suzane disse-lhe para nunca mais fazer algo assim novamente. O motivo dado por ela era de que se sentia desconfortável, pois nunca tinha recebido demonstrações de afeto antes e não sabia como reagir a eles.
Suzane nunca teve muito afeto dos pais. O vazio criado pela frieza alemã foi preenchido pelo carinho obsessivo que recebia do namorado que a ajudou nos assassinatos. Mas os problemas familiares não paravam aí.
Marísia descobriu traições do marido e seu envolvimento com prostitutas quando Suzane tinha 18 anos. Nesse momento, ela foi até a filha e deu um longo e emocionado abraço. O gesto mexeu muito com Suzane, era a primeira vez que recebia um abraço de algum membro da família.
Como eram os pais de Suzane
Suzane matou os pais para ficar com o dinheiro deles e usá-lo para viver com o namorado. Porém, para além do amor pelo namorado, foram descobertas várias intrigas na história dela com os pais: brigas, corrupção política, mentiras sobre a história da família e vício em drogas.
Em 2002, no ano do assassinato do casal, Manfred Albert Von Richthofen era engenheiro civil na empresa Engenharia de Desenvolvimento Rodoviário SA (Dersa). Tinha 49 anos. Marísia, mãe de Suzane, tinha 50 anos e trabalhava como psiquiatra, atendendo a classe alta de São Paulo.
Manfred nasceu na Alemanha. Mudou-se com sua família para o Brasil quando tinha apenas 1 ano de idade, em 1954, indo morar em Santa Catarina. Na década de 70, Manfred passa no vestibular da USP, em engenharia, e passa a morar em São Paulo, cidade na qual Suzane iria nascer.
Manfred von Richthofen conheceu Marísia na capital paulista, na USP, onde ela estudava medicina. Após apaixonarem-se, os dois se casaram e começaram uma boa vida na cidade de São Paulo.
O salário de Manfred era de 11 mil reais na época de seu assassinato. Ele trabalhava na Dersa, empresa responsável pelas rodovias do Estado de São Paulo. Enquanto isso, Marísia tinha seu próprio consultório de psiquiatria, ganhando em média 20 mil reais em consultas.
Somando os bens herdados da família, o patrimônio do casal era avaliado em 11 milhões de reais em valores atuais, antes do homicídio cometido pela filha.
O sobrenome Richthofen, de Manfred, supostamente veio de uma família nobre da Alemanha. A família possui cientistas, diplomatas e o aviador Barão Vermelho, considerado o maior piloto da 1ª Guerra Mundial.
Contudo, após o assassinato de Manfred Richthofen, um jornal alemão alegou que Manfred estava mentindo. A reportagem que mostra as possíveis mentiras de Manfred revela um importante traço de seu caráter, que pode ter influenciado a filha.