Em 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemora o fato de ter tirado o Brasil do Mapa da Fome. No Instagram do governo e seus apoiadores, o clima era de festa. Parlamentares da base, influenciadores alinhados trataram o anúncio como uma vitória política do governo.
Após anos de desafio, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO, da ONU, afirmou que menos de 2,5% da população brasileira está em situação de insegurança alimentar crônica. Um triunfo histórico, segundo aliados de Lula. Por trás das celebrações, pesquisas das mesmas instituições mostram uma história diferente. Talvez a verdadeira pergunta não seja “saímos do Mapa da Fome?”, mas “o que esse mapa realmente mede — e o que ele deixa de fora?”.
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Em 2022, o Brasil voltou ao Mapa da Fome da FAO, no auge da crise econômica provocada pela pandemia. E não foi o único: países como Espanha e Itália, também afetados pelo cenário global, enfrentaram problemas de insegurança alimentar.
No entanto, os dados oficiais mostram uma reviravolta ainda durante o governo Bolsonaro. Em 2021, a subnutrição começou a cair. Já em 2022, com o PIB crescendo 2,9% e o desemprego recuando para 8,3%, a insegurança alimentar continuou diminuindo. Essa tendência se manteve em 2023, consolidando a recuperação brasileira.
Apesar desses dados, o número de 33 milhões de brasileiros passando fome ganhou destaque na campanha eleitoral, sendo amplamente divulgado por veículos de mídia e influenciadores. A estatística veio de um levantamento da Rede PENSSAN, usada pela esquerda para responsabilizar o governo anterior.
Contudo, a ONU, por meio da FAO, apontava um número bem diferente: 15,4 milhões de brasileiros em situação de fome.
A discrepância entre os dados da FAO e da Rede PENSSAN se deve às metodologias distintas:
O jornalista David Agape, do site A Investigação, alerta para a necessidade de cautela ao analisar os números da Rede PENSSAN. A instituição é financiada por fundações como:
A suspeita é que os interesses dessas fundações possam ter influenciado a narrativa inflada sobre a fome no Brasil conservador, favorecendo a oposição política.
Além disso, a pesquisa de campo foi feita pelo instituto Vox Populi, denunciado por Antonio Palocci — ex-ministro de Lula — por ter recebido R$ 11 milhões em propina para favorecer o PT em pesquisas eleitorais de 2010.
A FAO utiliza dados do IBGE para compor o Mapa da Fome. Atualmente, o instituto é comandado por Márcio Pochmann, indicado por Lula e alvo de denúncias internas por instrumentalização estatística.
Segundo o jornalista Ricardo Rangel, em matéria publicada na Veja:
Marcio Pochmann, presidente Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informou a seus funcionários que pretende mudar o modelo de divulgação das estatísticas de pesquisas.
'A comunicação do passado era aquela que o IBGE produzia as informações e os dados, fazia uma coletiva e transferia a responsabilidade para o grande público através dos meios de comunicação tradicional. Isso ficou para trás', declarou. Pochmann acredita que há boas experiências ocorrendo no Oriente, e mencionou a China, ditadura sem transparência, recorrentemente acusada de manipular dados. E afirmou que sua prioridade serão as redes sociais".
Críticas também surgiram após erros graves em publicações cartográficas e pela divulgação de um novo Mapa Mundi com o Brasil ao centro, invertendo a orientação tradicional do mapa.
O economista Edmar Bacha, ex-presidente do IBGE, afirmou que a nomeação de Pochmann representa um risco às estatísticas oficiais do país.
O atual diretor-geral da FAO, responsável por celebrar a retirada do Brasil do Mapa da Fome, é o primeiro cidadão chinês a ocupar o cargo. Ele assumiu em 2019 com apoio explícito do governo de Pequim, o que desperta atenção de analistas geopolíticos, inclusive dos Estados Unidos.
A discussão sobre a fome no Brasil vai muito além dos números. Ela escancara uma disputa de metodologias, narrativas e interesses políticos, onde dados são utilizados como armas retóricas.
Entender as fontes, os métodos e os bastidores por trás das estatísticas é fundamental para formar uma opinião embasada.
A atuação da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) tem sido cada vez mais questionada por agentes internacionais. Uma das principais críticas recai sobre seu diretor-geral, Qu Dongyu, cidadão chinês que assumiu o comando da organização em 2019 com apoio de Pequim.
Duas figuras de peso na diplomacia norte-americana se pronunciaram: Kevin Moley, ex-embaixador dos EUA na ONU, e Andrew Natsios, ex-administrador da USAID (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional). Eles acusam Qu Dongyu de usar sua posição na FAO para favorecer os interesses do governo chinês e fortalecer a influência de Pequim nas decisões internacionais.
Segundo os diplomatas, Qu tem promovido a nomeação de diversos cidadãos chineses para posições estratégicas dentro da FAO, o que teria comprometido a imparcialidade da entidade.
Em julho de 2024, durante uma visita oficial à Coreia do Norte, Qu Dongyu elogiou Kim Jong Un por supostas “grandes conquistas” em segurança alimentar e desenvolvimento agrícola.
No entanto, agentes dos EUA contestam esse discurso. Segundo relatórios independentes, o país vive uma situação alimentar extremamente frágil, com fomes recorrentes entre 2018 e 2023 que teriam causado a morte de dezenas de milhares de norte-coreanos, agravadas por inundações, escassez crônica e isolamento econômico.
Críticos apontam que a FAO estaria se tornando um instrumento político, promovendo narrativas convenientes aos interesses da China. O caso se insere em um contexto maior de disputa geopolítica, no qual o controle de organismos internacionais como a FAO e a ONU afeta diretamente políticas públicas em diversos países, incluindo o Brasil.
O recente debate sobre os números da fome no Brasil — como analisamos no conteúdo anterior — mostra como dados estatísticos podem ser usados estrategicamente em contextos eleitorais e ideológicos.
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