O Governo da época do golpe
No ano de 1889, o governo era chefiado pelo Visconde de Ouro Preto. Sua gestão foi muito criticada pelos militares devido às punições aplicadas aos soldados que se manifestavam publicamente. Essa celeuma ficou conhecida como Questão Militar e foi uma das grandes causas da queda da monarquia.
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Visconde de Ouro Preto, assim como os seus antecessores, era responsável por formar um ministério. O homem que ocupava o cargo de ministro da Marinha era o Barão de Ladario.
No dia do Golpe
Às 5 horas da manhã, do dia 15 de novembro de 1889, estavam no arsenal da Marinha o Visconde de Ouro Preto, Barao de Ladario e o Candido de Oliveira que era o então ministro da Justiça.
Eles estavam lá pois já sabiam da movimentação que acontecia por parte do exército que tinha como objetivo derrubar o governo de Ouro Preto.
Às 5h15, 160 soldados, junto a uma banda, desembarcaram no Rio de Janeiro. Era o batalhão naval sob o comando de Quintino Francisco da Costa.
Pouco depois, às 5h45, desembarcaram forças do corpo imperial de marinheiro. Eles então saíram em número de 196 homens e uma metralhadora sob o comando de Manoel Dias Cardoso.
Enquanto as tropas se mobilizaram na cidade, se juntou ao arsenal da Marinha mais um ministro, Diana, que ocupava a pasta de negócios estrangeiros. Junto a Ouro Preto, Ladario e Candido foram ao quartel general do exército no campo da Aclamação.
No quartel general
Ao chegar no local, encontraram-se com outros ministros e funcionários do alto escalão reunidos. Na parte interna do quartel, havia centenas de militares em formação junto a seus comandantes.
Às 7h, mais 535 militares ligados ao corpo de polícia da corte chegaram ao local. A situação ia ficando tensa, muitos militares se aglutinando e pareciam prontos a agir.
Ladario saiu então do quartel e foi novamente ao arsenal da Marinha a fim de tomar alguma providência diante do eminente motim que se formava.
Marechal Deodoro da Fonseca chega ao local
Às 8 horas da manhã, chegou Deodoro da Fonseca junto ao estado-maior e liderando 1° regimento de cavalaria. Estavam com ele o tenente-coronel Telles, o major Solon, major Lobo Botelho e os alunos da escola superior de guerra. Todos dispostos em uma linha de combate.
Justamente nesse momento, voltava ao quartel Barao de Ladario que foi surpreendido por uma decisão.