Sob o comando de Xi Jinping, a China transformou o aniversário de 80 anos da vitória sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial no maior espetáculo militar de sua história. Mais de 50 mil pessoas se reuniram na Praça Tian’anmen, em Pequim, para assistir a um show de poder que mais parecia saído de um filme: colunas de tanques avançando como muralhas de aço, mísseis erguidos em plataformas móveis e caças hipersônicos rasgando o céu com estrondos ensurdecedores.
Três brasileiros estiveram presentes na comemoração: a ex-presidente Dilma Rousseff, o assessor especial Celso Amorim e o embaixador brasileiro na China, Marcos Galvão. O objetivo era representar o Brasil na comemoração que reuniu nomes como Xi Jinping, Kim Jong-Un e Vladimir Putin.
Em entrevista coletiva, Amorim ressaltou o caráter simbólico da cerimônia: “Não é algo contra o Japão, é contra o fascismo, contra o nazismo, que estava na Europa e aqui”. A presença do ex-primeiro-ministro japonês Yukio Hatoyama reforçou essa leitura de reconciliação.
O desfile foi encerrado com a soltura de 80 mil pombas, apresentadas como mensagem de paz. Mas ao longo de 70 minutos, o que predominou foram demonstrações de força. Entre os destaques estavam:
- Novos mísseis balísticos intercontinentais, incluindo o DF-61, o JL-1 e o JL-3, capazes de atingir qualquer ponto do planeta por terra, mar e ar.
- Drones submarinos extra grandes, de até 20 metros de comprimento, exibidos pela primeira vez.
- Mísseis hipersônicos antinavio, projetados para neutralizar porta-aviões.
- Caças furtivos e bombardeiros H-6, num sobrevoo de mais de 100 aeronaves.
- Armas a laser de defesa aérea, apresentadas como alternativas mais baratas e logísticas aos projéteis convencionais.
Para especialistas, a mensagem foi clara: dissuadir os Estados Unidos, a Europa e os vizinhos da China de desafiar os interesses centrais do país.



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