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A nova Guerra Fria - de que lado o Brasil ficará?

A geopolítica internacional se encontra dividida, mas de maneira diferente da Guerra Fria: agora, mais de um bloco disputa o poder internacional.

Por
Lucas Brandão Pelucio
Publicado em
23/7/2025 14:25
Capa original da Brasil Paralelo.

Mais uma vez, a geopolítica internacional se encontra dividida entre blocos ideológicos. Mas agora a situação é diferente da Guerra Fria: o que antes se resumia a um conflito potencialmente bélico entre Estados Unidos liberal versus União Soviética comunista, ficou mais complexo. 

De um lado, o Ocidente está fragmentado entre os valores tradicionais de liberdade e capitalismo, que o governo dos Estados Unidos afirma representar, e uma Europa mais regulada, com governos defendendo justiça social a partir de um Estado grande. 

Do outro, um eixo de países liderados por China, Rússia e Irã, possuindo aliados próximos na América Latina como Venezuela e Cuba.

Se na guerra fria que sucedeu a 2a guerra mundial o foco era a ameaça do uso de armas nucleares, agora, pelo menos por enquanto, a disputa maior é pelo comércio, cadeias de produção e influência cultural.

De que lado o Brasil ficará?

A resposta a essa pergunta é central para a situação dos brasileiros. As declarações e ações do governo Lula 3, encaminhando o país para o bloco russo-chinês, já geraram:

  • altas tarifas dos EUA;
  • ameaça de sanção da OTAN e
  • recuo do investimento externo devido a instabilidades institucionais e alianças com ditaduras.

E ainda há ameaças para aumentar as sanções. Confira.

O que você vai encontrar neste artigo?

O início dos problemas internacionais em 2025

A situação teve início especialmente com medidas do atual governo em 2025 que chamaram a atenção de líderes de potências internacionais. 

Em julho deste ano, durante a cúpula do BRICS, o presidente Lula defendeu abertamente a desdolarização do comércio internacional, afirmando que o processo "não tem volta" e deve ser gradual, já que o bloco representa metade da população mundial e 30% do PIB global. 

[Fala do Lula sobre desdolarização; foto do Lula com ditadores do BRICS]

O PT acelerou uma campanha em apoio a essa agenda, posicionando o Brasil como pioneiro em alternativas ao dólar americano. Mas isso não parou aí.

Em maio, Lula viajou para Moscou para participar do dia da vitória, comemoração da vitória dos aliados sobre os nazistas na 2a guerra mundial. Lá, o presidente se sentou ao lado de diversos ditadores da África e da América Latina.

Lula também se reuniu bilateralmente com Vladimir Putin ao longo da viagem, fortalecendo parcerias estratégicas, criticando tarifas impostas por Trump e defendendo relações comerciais apesar das sanções ocidentais. 

Essa parceria inclui a compra massiva de diesel russo pela Petrobras, que ajuda a manter preços artificialmente baixos no Brasil (gráfico Poder 360) – uma tática que contorna sanções americanas e ecoa políticas de tabelamento da era Dilma. 

Segundo dados da Reuters, em junho de 2023, as importações totais de diesel do Brasil subiram quase 13%, atingindo 1,08 bilhão de litros, com a Rússia fornecendo 64% desse total, um aumento expressivo em relação aos meses anteriores, quando a participação russa não ultrapassava 50%.

Em maio de 2025, cerca de 82% das importações brasileiras de diesel vinham da Rússia, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) citados pela Valor International, mesmo com o estreitamento da diferença de preço entre o diesel russo e o americano (de US$ 0,30 por litro no início do ano para US$ 0,07).

O petróleo russo é escoado via intermediários como a Índia para a China e outros países, alimentando o que críticos chamam de "financiamento indireto à guerra na Ucrânia".

Esse alinhamento não passa despercebido nos EUA. Membros do governo americano, incluindo senadores de ambos os partidos, acusam o Brasil de ajudar diretamente a Rússia em sua "guerra terrível" na Ucrânia, ao fortalecer parcerias econômicas que financiam o esforço bélico de Putin. 

O senador Lindsey Graham, em entrevista à Fox News em julho de 2025, foi direto:

"Se vocês continuarem comprando óleo russo e ajudando Putin a financiar sua máquina de guerra, vamos esmagar sua economia com tarifas de 100%".

Graham, que patrocina um projeto de lei bipartidário com o democrata Richard Blumenthal para endurecer sanções contra a Rússia, alertou que países como Brasil, Índia e China enfrentarão penalizações severas se não cortarem esses laços – tarifas que poderiam chegar a 500% em casos extremos, destruindo economias dependentes de comércio global.

Trump ecoou isso, vendo a desdolarização dos BRICS como uma ameaça direta, e prometeu retaliações que isolariam nações alinhadas ao eixo russo-chinês.

Por que isso pode ter consequências graves à população do Brasil? 

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