Emocionar, entreter e deixar uma marca duradoura no espectador não bastam mais para um filme concorrer a um Oscar. Segundo as atuais regras da Academia, é preciso também atender a critérios de diversidade
Sonic 3 pode ter ficado fora da disputa de melhor filme por esse motivo. A animação é estrelada por Ben Schwartz na voz de Sonic e conta a saga dos personagens originais dos games famosos nos anos 1980 e 1990.
Os roteiristas focaram na fidelidade ao game, mesmo que isso não atendesse aos critérios de inclusão da Academia.
Na trama, Sonic, Knuckles (Idris Elba) e a raposa voadora Tails (Colleen O'Shaughnessey), formam uma aliança para proteger a Esmeralda Mestra.
Uma nova ameaça surge quando uma força especial ultrassecreta descobre que o corpo do Dr. Eggman (Jim Carrey) desapareceu do local da batalha final, mostrada no segundo filme.
Enquanto enfrentam esse novo adversário, os três heróis deverão lidar com segredos do passado de Sonic e Eggman, que podem alterar o destino do mundo.
O respeito à história original arrecadou US$191,3 milhões em todo o mundo, tornando o filme a 2ª maior bilheteria da história de uma adaptação de jogo para o cinema.
No entanto, o sucesso de público e crítica não atendeu aos novos critérios da Academia para que ele concorresse ao Oscar.
Por que a Academia mudou as regras do Oscar?
Tudo começou em 19 de janeiro de 2016, quando o cineasta Spike Lee recebeu um Oscar honorário no Baile Anual do Governador da Academia. O evento é um dos principais em comemoração ao Oscar.
Em seu discurso, ele disse:
“Precisamos ter uma conversa séria sobre diversidade. É mais fácil ser presidente dos Estados Unidos como uma pessoa negra do que ser chefe de um estúdio ou de uma rede”, disse ele.
Dias depois, o Oscar liberou a lista de atores indicados ao prêmio. A ausência de negros revoltou Lee, que prometeu não comparecer à cerimônia em fevereiro em protesto.

A atitude foi considerada “sem precedentes” pela imprensa especializada, que duvidou que mudanças realmente aconteceriam. A fala gerou medo de boicote na Academia.
No dia seguinte, Cheryl Boone Isaacs, presidente da entidade, anunciou que “conduziria uma revisão de nosso recrutamento de membros para trazer a diversidade tão necessária para a nossa turma de 2016 e além.”
No entanto, as normas realmente foram modificadas. Agora, um filme também precisa ter:
- Diversidade no elenco: Pelo menos um dos atores principais ou secundários deve ser de um grupo racial ou étnico;
- Narrativa inclusiva: A história deve focar em temas ou enredos que destacam grupos que costumam ter menos visibilidade, como negros, LGBTs e latinos;
- Equipe criativa diversa: No mínimo menos dois dos principais cargos criativos, como o de diretor ou produtor, precisa ter pessoas de grupos considerados sub-representados.
Alguns fãs atribuem a ausência de “Sonic 3” no Oscar 2025 à falta ao não cumprimento dessas normas, mas essa informação não foi confirmada.
Ainda assim, há várias ocorrências de situações assim nos últimos anos, desde o advento da denominada cultura woke.
Parte desse movimento é explicado em As Grandes Minorias. O original Brasil Paralelo mostra como esse tipo de pensamento está tirando liberdades pelo globo.
Assista:


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