Isadora Piana, presidente da juventude do Partido Novo, foi agredida durante o Congresso da UNE:
“É surreal. Um evento que se diz plural, institucional, em tese apartidário, mas que na prática é tomado por militantes da esquerda. A direita não é apenas excluída é hostilizada fisicamente”, relatou a jovem.
O caso aconteceu nesta quinta-feira (17), em Goiânia, durante o 60º Conune, evento que reúne universitários de todo o país. O evento contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um vídeo gravado pela jovem mostra militantes de juventudes de esquerda impedindo a entrada dos representantes do Novo e partiram para a agressão.
“O que eu penso é que aquilo não é exatamente para representar os estudantes — muito pelo contrário. Eu entendo que aquilo está, literalmente, montado para ser uma militância, uma base do atual governo”. Relatou Isadora.
Em entrevista à Brasil Paralelo, Isadora relatou que foi impedida de participar do evento, sofreu agressões físicas e teve o celular derrubado no chão.
Outro jovem presente, João Fernandes, estudante de Direito da PUC-MG, também relatou ter sido hostilizado.
Imagens do ocorrido já foram levadas à delegacia e constam no boletim de ocorrência registrado pelos agredidos.
O episódio reforça a denúncia recorrente de que o ambiente universitário tem sido instrumentalizado para excluir vozes dissidentes do campo político.
Para Isadora, o Congresso da UNE não representa os estudantes de forma plural, mas se tornou uma base de apoio ideológico para o PT.
“Se fosse realmente um espaço voltado para os interesses dos estudantes, ouviriam todos. Mas o que vimos foi militância e repressão”.
Os jovens afirmam que procuraram a polícia, que se encontrava nas proximidades, mas ouviram que não poderiam intervir por se tratar de uma área federal.
Ao buscarem ajuda da organização do evento, constataram que não havia qualquer equipe de segurança presente na entrada.
“Não tinha segurança na porta, nenhum tipo de equipe para nos receber ou observar se o local estava seguro. Fomos até a Polícia Militar, mas disseram que não podiam entrar porque era uma área federal”.
Piana relatou ainda que a organização do evento não ofereceu apoio diante das denúncias de agressão, nem controle sobre o acesso de militantes ao espaço.
A situação expôs a vulnerabilidade dos estudantes que não se alinham ao viés predominante do evento.
As lideranças da UNE ainda não se manifestaram sobre os episódios de violência e a ausência de garantias de segurança durante o evento.
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