História
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João Paulo II reuniu 1 milhão de pessoas na Polônia comunista para uma missa, iniciando o movimento Solidariedade

A oração que abalou o Império comunista: João Paulo II reuniu 1 milhão de pessoas na Polônia para a Missa, iniciando o fim do comunismo em seu país.

Por
Lucas Brandão Pelucio
Publicado em
11/8/2025 8:49
Imagem da Missa em Varsóvia, 1979.

Imagine uma praça lotada em Varsóvia, no coração da Polônia comunista, onde mais de um milhão de pessoas se reuniram em 2 de junho de 1979. O ar estava carregado de expectativa, e o regime vigiava cada movimento.

Ali estava Karol Wojtyła, agora João Paulo II, o primeiro Papa polonês em séculos, retornava à terra natal, após anos de exílio espiritual imposto pela ideologia ateísta do marxismo.

O governo comunista da Polônia, chefiado por Edward Gierek, autorizou a visita de João Paulo II em 1979. A decisão veio após longas negociações com o Vaticano, iniciadas logo após sua eleição em outubro de 1978.

Inicialmente, as autoridades eram contra. Temiam a influência do Papa, por suas raízes polonesas e postura anticomunista. No entanto, cederam à pressão da Igreja Católica, que representava 90% da população. Também temiam greves e agitações se barrassem a visita.

Documentos posteriores, revelados após a queda do regime comunista, mostram que a Służba Bezpieczeństwa (SB), a polícia secreta polonesa, monitorava Karol Wojtyła desde 1946, listando-o como "alvo a ser vigiado" devido ao seu trabalho em Cracóvia.

Eles intensificaram a vigilância por temer sua crescente influência carismática, que poderia corroer o controle ideológico, como registrado em relatórios confidenciais de 1967 que analisavam suas forças e fraquezas para neutralizá-lo.

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A história pessoal que nutria a luta contra o comunismo

João Paulo II cresceu sob o jugo nazista e comunista, tendo como uma das principais missões de sua vida salvar as pessoas que viviam sob o julgo da opressão que sofreu em grande parte de sua vida.

Em sua Encíclica CENTESIMUS ANNUS, ele abordou os principais pressupostos do comunismo da seguinte maneira:

  • “[...] a luta de classes no sentido marxista e o militarismo têm a mesma raiz, a saber, o ateísmo e o desprezo pela pessoa humana, que colocam o princípio da força acima do da razão e da lei”.
  • “A Rerum novarum se opõe ao controle estatal dos meios de produção, que reduziria cada cidadão a uma "engrenagem" na máquina estatal”. 
  • “É respondendo ao chamado de Deus contido no ser das coisas que o homem se torna consciente de sua dignidade transcendente. Cada indivíduo deve dar essa resposta, que constitui o ápice de sua humanidade, e nenhum mecanismo social ou sujeito coletivo pode substituí-la. A negação de Deus priva a pessoa de seu fundamento e, consequentemente, leva a uma reorganização da ordem social sem referência à dignidade e à responsabilidade da pessoa”.

Na missa na Praça da Vitória, em meio a vigias do comunismo ateu da Polônia, João Paulo II ergueu a voz em oração a Deus: 

"Que desça o teu Espírito! E renove a face da terra. Desta terra!". 

As palavras ecoaram, e a multidão explodiu em aplausos que duraram minutos, interrompendo o Papa repetidamente. Não era apenas uma prece; era um chamado que tocava o cerne da opressão. 

O regime via na fé uma ameaça, mas ali, pela primeira vez em décadas, o povo sentiu que não estava sozinho – que eram muitos, que a esperança ainda pulsava. 

"Sem Cristo, o homem não pode entender a si mesmo", proclamou ele, desafiando o materialismo ateu que dominava o país.

A visita durou nove dias, com missas em Cracóvia, Częstochowa e outros lugares, reunindo milhões. 

Em Cracóvia, onde fora arcebispo, falou sobre a identidade polonesa enraizada na fé, na família e na cultura – valores que o comunismo tentava apagar. 

A polícia secreta comunista vigiava, mas não obteve sucesso

Relatórios da polícia secreta registravam o temor: um líder carismático mobilizava corações sem armas. 

Um ano depois, em 1980, surgiu o Solidariedade, sindicato livre liderado por Lech Wałęsa, inspirado nessa centelha, que buscava libertar os poloneses da opressão de influência soviética. Lech estava na Missa de João Paulo II e foi inspirado a agir.

O Papa usava a evangelização para lembrar a dignidade humana, reacendendo a fé onde tentavam apagá-la. Vigilado pela KGB, espionado por anos, ele continuou, transformando o medo em ação. 

Essa oração em Varsóvia não foi um evento isolado; foi o início de uma onda que mudou o curso da história, mostrando como a fé e a verdade podem enfrentar impérios. 

Não tenhais medo de defender o que é essencial – a família, a cultura, a dignidade humana. Ele defendia essas pautas mesmo com a opressão dos detentores do poder.

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