O embate entre Lula e Donald Trump teve hoje um novo capítulo. O presidente afirmou que o Brasil vai cobrar impostos das big techs americanas — uma resposta direta ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros.
A declaração foi feita nesta quinta-feira (17), durante um encontro da União Brasileira de Estudantes (UNE).
“Ele [Trump] disse que não queria que as empresas fossem cobradas no Brasil. O mundo tem que saber que esse país é soberano”.
A declaração ocorre no mesmo momento em que o vice-presidente Geraldo Alckmin tenta negociar com autoridades norte-americanas para reverter a taxação de 50% anunciada por Donald Trump no último dia 9 de julho.
“Não aceito que ninguém se meta nos nossos problemas internos”.
Para o petista, a fala de Trump sobre o julgamento de Jair Bolsonaro é mais um sinal de interferência externa.
“Não é um gringo que vai dar ordens a este presidente”.
Ao longo de todo o discurso, retomou a narrativa de soberania brasileira:
“O mundo tem que saber que esse país é soberano porque o povo tem orgulho. E a gente vai cobrar imposto das empresas americanas digitais”.
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Lula não detalhou como a taxa será implementada
A medida é mais um anúncio do imbróglio que envolve os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos.
Donald Trump acusa a Justiça brasileira de promover uma “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado.
Lula criticou duramente a postura do republicano:
“Trump ignora os 201 anos de relação diplomática com os Estados Unidos” e acusou o ex-presidente brasileiro de agir contra os interesses nacionais.
“[Bolsonaro] manda o filho dele para os Estados Unidos, ‘vai lá pedir para o Trump me absolver’. E fica abraçado na bandeira americana, esse patriota falso”, afirmou Lula, que também declarou:
Enfatizou também que um importante símbolo da nação será retomado:
“Nós vamos tomar a bandeira verde e amarela. A bandeira verde e amarela vai voltar a ser do povo brasileiro.”
Para Lula,Trump tenta interferir na soberania brasileira
“Ele [Trump] disse que não queria que as empresas fossem cobradas no Brasil... Não é um gringo que vai dar ordens a este presidente”, afirmou na mesma ocasião.
A reação do governo brasileiro ocorre paralelamente às tentativas de negociação conduzidas por Alckmin (PSB) com autoridades norte-americanas.
Apesar do esforço diplomático, Lula tem mantido o tom em relação a Bolsonaro e seus aliados: “Essa gente vai ser julgada, e quem está julgando são os ministros [do STF]”.
A declaração do presidente indica que a recente tensão entre Brasil e Estados Unidos deve permanecer.














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