Brasil Paralelo e censura são tópicos em alta no Twitter neste momento. Um perfil anônimo e um jornalista são os principais responsáveis pela agitação.
Na próxima sexta (4), está prevista a exibição da trilogia O Fim da Beleza, da Brasil Paralelo, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Bastou isso para que alguns grupos ficassem com os ânimos exaltados.
No Twitter, o perfil anônimo “Brasil Para Lerdos” começou uma campanha pedindo aos seus seguidores que pressionem a instituição a fim de barrar na universidade a exibição do documentário sobre o tema da beleza.
“É inadmissível este tipo de conteúdo sendo propagado em universidades públicas. Conto com vocês para compartilhar e pressionar para impedir a exibição”, afirmou.
O perfil não parece existir em função de um conteúdo próprio e depende da Brasil Paralelo para sua produção. O foco é atacar a empresa. As acusações extrapolam a crítica e chegam à calúnia.
As acusações vão além. Adjetivos como nazista, negacionista e supremacista são levianamente atribuídos à empresa.
Também no Twitter, o jornalista Joel Pinheiro, colunista da Folha de São Paulo e da revista Exame, usou a plataforma para circular a seguinte enquete:
Da forma como as perguntas estão feitas, o pressuposto é que a censura é uma opção legal, algo viável. A naturalidade com que se considera criminalizar a produção e veiculação conteúdo por uma empresa privada sem recursos públicos dialoga com pretensões totalitaristas.
A reação das pessoas que acompanham o conteúdo da Brasil Paralelo foi imediata.
Por desconhecimento ou malícia, o debate que considera o contraditório é banido, pois não faz parte da pauta hegemônica. As universidades, criadas como um lugar de disputa de ideias, vem se fechando mesmo à contribuição de especialistas.
Se, como sugere Joel Pinheiro, a transmissão do conteúdo da Brasil Paralelo deveria ser legalmente impedida ou ser considerada crime; presume-se que Theodore Dalrymple, Iain McGilchrist, Jonathan Pageau, Ann Sussman e Nikos Salingaros, dentre outros, deveriam ser culpados por terem compartilhado o resultado de décadas de pesquisa acadêmica.
Cada um deles participa da trilogia O Fim da Beleza e contribui para a reflexão sobre o impacto da Beleza, ou ausência dela, no cotidiano da vida de cada um. A produção aborda também as consequências das mudanças estéticas, principalmente as que começaram na modernidade com um especial relevo para a arquitetura.
Alguns universitários preferem valorizar mictórios, crianças tocando um homem nu e saraus eróticos como obras de arte ao mesmo tempo em que se ojerizam contra obras de Florença, Veneza e Michelangelo.
Completando as reações, o Partido Acadêmico (PAR) emitiu uma nota repudiando o uso do Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFPR para transmitir conteúdo da Brasil Paralelo.
O texto começa com “NÃO PASSARÃO!” e termina com “Que a luta seja pelo “Fim dos ideais excludentes transmitidos na Universidade”.
Acusam a Brasil Paralelo de "falseação" e revisionismo histórico em prol de uma ideologia excludente e elitista. Trechos do documentário foram distorcidos para se enquadrar nesta acusação.
A Brasil Paralelo é orientada pela busca da verdade histórica, ancorada na realidade dos fatos, sem qualquer tipo de ideologização na produção de conteúdo.
Para Lucas Ferrugem, sócio fundador, a pergunta final é:
“Ironicamente um filme que critica o autoritarismo está sofrendo tentativa de censura. É um documentário com a presença de acadêmicos nacionais e internacionais, de ampla reputação e com uma bibliografia extensa.
Logicamente estamos abertos a críticas, mas a universidade brasileira precisa aprender a dialogar em vez de tentar proibir. Eles podem defender um mictório como arte, crianças tocando em um homem nu como arte, mas não podemos defender as obras de Florença, Veneza e Michelangelo?”
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