Em meio ao terror nazista que engolia a Europa, um homem se ergueu como um farol de resistência. Ele enfrentou a polícia secreta de Hitler, protegeu o jovem Karol Wojtyła da Gestapo e manteve viva a chama da fé na Polônia ocupada.
Conheça Adam Sapieha, o "Príncipe Inquebrantável", cujo legado ecoa até hoje na história da Igreja e na luta pela liberdade.
Tudo começou em 1939, quando as tropas de Hitler invadiram a Polônia. Diante da iminente catástrofe, Sapieha, então arcebispo de Cracóvia, recebeu uma oferta de exílio seguro. Sua resposta foi categórica:
"Se ficarmos, morreremos com o nosso povo. Se fugirmos, trairemos a nossa missão."
Adam era da família real da Áustria, mas decidiu seguir a vida religiosa e preferiu oferecer sua vida pelo bem dos outros a fazer um acordo com os nazistas.
Ele recusou a fuga e permaneceu em Cracóvia, tornando-se o líder moral de uma nação sob jugo totalitário. Para a Gestapo, ele era um alvo prioritário – um príncipe da Igreja que desafiava abertamente o regime nazista.
O contexto era sombrio. A Polônia vivia sob um terror implacável: igrejas foram fechadas, padres presos e executados, universidades destruídas.
Os nazistas proibiram os seminários católicos, visando extinguir a formação de novos sacerdotes e sufocar a fé do povo polonês. Mas Sapieha não se curvou. Em segredo, ele transformou o palácio episcopal em um seminário clandestino, onde jovens vocacionados estudavam para o sacerdócio longe dos olhos da polícia secreta.
Entre esses seminaristas estava um operário de fábrica chamado Karol Wojtyła, o futuro Papa João Paulo II.
O perigo era constante. Em 1944, as batidas da Gestapo se intensificaram, e um colega de Wojtyła, o seminarista Felicjan Zachuta, foi preso e executado. Sapieha agiu rápido: reuniu todos os seminaristas e os escondeu dentro do palácio episcopal, salvando suas vidas – inclusive a de Karol.
Essa ação heróica não foi isolada. Sapieha também estendeu sua proteção aos judeus perseguidos, organizando uma rede clandestina onde padres falsificavam certidões de batismo para facilitar fugas.
Para os nazistas, ele era perigoso demais para ser ignorado, mas prendê-lo poderia transformá-lo em mártir e incendiar uma revolta popular.
A guerra terminou em 1945, e em 1º de novembro de 1946, Adam Sapieha ordenou Karol Wojtyła como padre. Ali começava a jornada de um homem que o mundo conheceria como João Paulo II.
Para Wojtyła, Sapieha não era apenas um mentor, mas um pai espiritual e um exemplo de coragem inabalável. Anos depois, já como Papa, João Paulo II confessou:
"Sempre procurei imitá-lo e admirava sua força."
Sapieha morreu em 1951, antes de ver seu discípulo ascender ao Trono de Pedro. Mas seu legado atravessou décadas, mantendo viva a fé que alimentaria a resistência ao comunismo na Polônia.
Influenciado por Sapieha, Wojtyła caminharia ao lado de outro gigante da Igreja: o cardeal Stefan Wyszyński, o "Primaz do Milênio". Wyszyński foi um verdadeiro estrategista da fé contra o regime soviético.
Ele organizou um serviço de contrainteligência dentro da Igreja, disfarçou padres para coletar informações e transformou suas missas em fortalezas de liberdade, inspirando milhões até a queda do Muro de Berlim. A aliança entre Wyszyński e Wojtyła foi essencial para preservar a identidade cristã da Polônia e desafiar o ateísmo comunista.
Essa é a história do Papa que venceu o comunismo – uma narrativa de fé, coragem e resistência que começou nas sombras da ocupação nazista e culminou na vitória sobre o totalitarismo soviético.
Adam Sapieha, o Príncipe Inquebrantável, foi o alicerce dessa jornada, protegendo não só um futuro Papa, mas o espírito de uma nação inteira.
No dia 14 de agosto, estreia o "Especial João Paulo II", marcando o lançamento do documentário biográfico "O Papa que Venceu o Comunismo", produzido pela Brasil Paralelo.
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