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Quando você saboreia seu café extremamente amargo, ao qual precisa adicionar toneladas de açúcar, como se sente depois? Azia, má digestão, náuseas, dor de cabeça, enxaqueca, mal-estar, dor de estômago, possível diarreia, refluxo? Já se perguntou por que essas reações ocorrem e se realmente são provocadas pelo café?
No dia 14 de abril, o Dia Mundial do Café celebra uma das bebidas mais queridas globalmente. Contudo, poucos se questionam sobre o verdadeiro conteúdo da xícara que erguem em brinde. A qualidade do café que consumimos diariamente pode estar por trás dessas desagradáveis sensações.
De acordo com as normas estabelecidas pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) e as diretrizes do Ministério da Saúde, muitos dos cafés comercializados, principalmente aqueles categorizados como "tradicional" e "extra forte", podem estar repletos de impurezas, como paus, pedras, cascalho e sedimentos.
A história do café é tão rica quanto seu sabor, mas o que muitos consumidores desconhecem são os padrões de qualidade que diferenciam um bom café de um potencial perigo para a saúde.
A normativa da ABIC, por exemplo, classifica os cafés em quatro categorias distintas, baseadas em características que vão desde a presença de impurezas até a qualidade do sabor e aroma.
O café "tradicional" e "extra forte", frequentemente encontrado nas prateleiras a preços acessíveis, é torrado quase ao ponto de se assemelhar ao carvão. Esse processo de torra intensa não apenas mascara o sabor amargo das impurezas, mas também oculta a presença de elementos estranhos que jamais aceitaríamos em outros alimentos.
Segundo a legislação brasileira, este café pode incluir uma percentagem significativa de defeitos primários, o que infelizmente inclui contaminantes que são visíveis apenas antes do processo de moagem.
Essas impurezas podem provocar uma série de problemas de saúde. A azia e a má digestão são frequentemente associadas ao excesso de acidez no café, exacerbada pela presença de tais contaminantes.
A longo prazo, o consumo de café de baixa qualidade pode levar a inflamações no trato gastrointestinal, contribuindo para sintomas como náuseas, refluxo e até mesmo condições mais graves como gastrite.
A questão dos alimentos carbonizados vai além do café. Assim como evitamos comer pizza ou bifes queimados, devemos questionar por que aceitamos café excessivamente torrado.
A carbonização não apenas destrói nutrientes, mas também forma substâncias potencialmente cancerígenas. Se rejeitamos alimentos visivelmente queimados, por que fazer uma exceção com o café?
A qualidade do café que consumimos pode afetar diretamente nossa saúde e bem-estar. Como consumidores, é essencial questionar e entender o que realmente estamos colocando em nossos corpos.
Será que é hora de reavaliar nossas escolhas e optar por cafés de melhor qualidade, que ofereçam não apenas prazer, mas também benefícios à saúde?
Este Dia Mundial do Café, enquanto levantamos nossas xícaras, que não seja apenas em celebração, mas em um compromisso com a qualidade e a saúde. Porque, afinal, um verdadeiro amante do café merece o melhor, não apenas em sabor, mas também em pureza.
Ingredientes
Equipamentos
1. Prepare o filtro
Abra o filtro de papel e encaixe-o corretamente no suporte ou na cafeteira. Certifique-se de que ele esteja bem ajustado para evitar que o café escape pelas laterais.
2. Limpe o filtro
Aqueça um pouco mais de água do que a necessária para fazer o café. Despeje a água quente sobre o filtro de papel até que esteja completamente umedecido. Isso ajuda a eliminar o sabor residual de papel e pré-aquece o suporte ou cafeteira. Descarte a água utilizada para essa limpeza.
3. Adicione o café
Coloque o café moído no filtro. A quantidade ideal depende do seu gosto, mas uma boa regra geral é usar uma colher de sopa de café para cada 180 ml de água.
4. Pré-umedeça o café
Com a água ainda quente (idealmente entre 90°C e 96°C), despeje um pouco sobre o café moído, apenas o suficiente para umedecer todo o pó. Deixe o café "florescer" por cerca de 30 segundos. Esse processo libera os gases e óleos essenciais do café, melhorando a extração dos sabores.
5. Despeje a água
Após o período de floração, continue despejando a água lentamente e de maneira uniforme sobre o café. Faça isso em etapas, permitindo que a água filtre através do café antes de adicionar mais. Mantenha o nível de água bem acima do café e tente manter um fluxo constante e lento para uma extração uniforme.
6. Deixe filtrar
Permita que toda a água passe pelo filtro. Não apresse esse processo, pois a paciência é chave para um café saboroso e bem extraído.
7. Descarte o filtro usado
Assim que toda a água tiver passado, remova o filtro de papel e descarte-o juntamente com o café usado. Filtros de papel são preferíveis porque não retêm resíduos nem sabores, ao contrário dos filtros de pano, que podem acumular óleos e impurezas ao longo do tempo.
8. Sirva imediatamente
Despeje o café fresco em uma xícara ou jarra e sirva imediatamente para saborear todo o seu aroma e nuances de sabor.