Repórter francês passa vergonha com a resposta de um produtor rural brasileiro sobre situação da Amazônia

O produtor rural respondeu:

"Vocês ainda não entenderam o quanto de bem que nós fizemos pelo meio ambiente. Eu tenho mais da metade da minha terra preservando a mata original.

Eu pergunto o que os outros fazem, o que você faz? Eu devolvo a pergunta para saber o que os ambientalistas fazem pelo meio ambiente. Qual a contribuição dos países europeus para com o meio ambiente.

Por que não mudam a matriz energética da Europa de um modo geral?

Eu tô fazendo a minha parte, companheiro, mas muito bem feita. Se todo mundo fizesse o que os produtores brasileiros fazem, o mundo seria outro, com certeza”.

A França possui 30% de sua floresta original preservada, enquanto a Amazônia brasileira tem 84% de sua mata nativa preservada sem intervenção humana. 

• Entenda os interesses da França para com a Amazônia.

Intervenções estrangeiras na Amazônia

Ilson continuou sua resposta ao repórter francês, dizendo:

"Aqui [na Amazônia] nós temos empresas da Noruega fazendo regaço e ninguém fala nada. E é essa mesma empresa que nos mete o pau. É esse mesmo governo norueguês que mete o pau, que fala de sustentabilidade.

Vei ver se as indústrias que eles têm explorando minério para saber se elas são sustentáveis. Isso é uma utopia. Falem faça o que eu digo mas não façam o que eu faço. Essa conversa não é legal, eu faço minha parte e faço muito bem feita".

O produtor rural provavelmente fazia referência a empresa Hydro, uma mineradora que atua na Amazônia e responde a quase 2 mil processos judiciais sob a acusação de poluição na região. O governo da Noruega possui 34,3% das ações da empresa.

Além dessa mineradora, a Noruega também é dona de outra empresa do mesmo ramo, a Albrás, que também atua no Brasil.

Em sua história no país, a Hydro foi condenada pelo IBAMA a pagar R$17 milhões de reais em multas devido aos danos causados ao meio ambiente e a população das regiões poluídas.

Logo após as sentenças judiciais, a Noruega anunciou a retirada de investimento no Fundo da Amazônia no valor de R$200 milhões de reais.

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