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Qual a importância da Mitologia Grega? Veja o legado dos mitos para a atualidade e a origem dos deuses do Olimpo

Mitologia
Filosofia
Grécia
Mitologia Grega
Redação Brasil Paralelo

A principal razão que leva uma pessoa a estudar os mitos são os frutos simbólicos que têm para entender mais profundamente o ser humano. Quando pensamos na importância da mitologia grega, deparamo-nos também com a influência na literatura e nas artes, assim como a influência na filosofia e na psicologia.

A Grécia é considerada o berço da democracia e legou ao Ocidente: a Filosofia, as epopeias com heróis e deuses, o conhecimento dos princípios matemáticos e as bases do teatro com suas tragédias e comédias.

Neste artigo estudaremos a importância da Mitologia Grega, veremos os detalhes de sua origem e desenvolvimento, além de seu legado para todos nós atualmente.

Se você estiver interessado em assuntos históricos e filosóficos, acompanhe nossos documentários gratuitos. Neles, você encontrará trechos de entrevistas com grandes professores, muitos deles, de história e filosofia.

O que você vai encontrar neste artigo?

O que é o mito?

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Vaso com o desenho de Hércules enfrentando Leão de Nemeia.

Um dos professores de história e filosofia que está presente em nosso Núcleo de Formação é o presidente da Biblioteca Nacional, Rafael Nogueira. Ele nos explica que algumas pessoas tratam o mito apenas como uma “mentira”, algo falso, mas ele explica que são mais do que isso.

Ao nos perguntarmos o que foi a mitologia grega, a primeira definição que se faz necessária é a do mito, que é uma narrativa fantástica. Mitos apresentam ensinamentos fundamentais relacionados com a origem do universo, do homem, das relações dos homens entre si e com os deuses.

A verdade fundamental transmitida pelo mito é demonstrada pela ação e modo de ser de seus personagens que vivem diversas situações diferentes.

Eles foram necessários para compreender o mundo e o papel do homem nele, não apenas entre os gregos, mas em praticamente todas as culturas. Através das narrativas míticas também entende-se vários acontecimentos menores na vida cotidiana, nos quais recebe-se a ajuda ou o agouro de algum deus.

Mitologia é uma palavra que passou a ser mais utilizada a partir do século XIX por aqueles que refletiam sobre o mito e criavam teorias baseadas neles.

Alguns deles procuravam explicar o processo cognitivo da humanidade no sentido de progresso, colocando o mito em uma etapa inferior de desenvolvimento. Não é nesta variação que abordaremos o tema deste artigo.

Em resumo, a mitologia está mais ligada a estudos sobre o significado do mito. Para abordar o mito em si, pode-se usar o adjetivo mítico e estudar a narrativa em si mesma.

A tradição oral

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Musas gregas dançando em uma roda de mãos dadas.

Observamos qual é a importância da Mitologia Grega a partir da cultura de transmissão das narrativas. Os mitos eram memorizados e cantados, passando de geração em geração. Inevitavelmente ocorreram alterações e muitas variações surgiram.

Portanto, há dificuldade para saber qual é o mito original. Os rapsodos (ou aedos) memorizavam as narrativas em verso e contavam aos que os rodeavam, muitas vezes acompanhados de instrumentos como a lira.

Os gregos acreditavam que o faziam inspirados pelas musas, divindades da memória que cantavam os acontecimentos passados.

Alguns foram registrados, mas não sabemos sequer se o oficial foi registrado. Não sabemos o que os gregos contavam uns aos outros. Os que chegaram a nós foram oficializados no ensino.

O que é Mitologia Grega?

A Mitologia Grega é o estudo dos antigos mitos gregos, o que significam e como relacionam-se com os povos. Para entender a sociedade grega e a herança que ela deixou para a Cultura Ocidental, é necessário compreender os mitos.

Os primeiros povos a habitar a Península Balcânica atribuíram espíritos a aspectos da natureza. Com o tempo, esses espíritos assumiram formas humanas e ingressaram na mitologia como deuses e deusas.

Sua existência está ligada às misturas das concepções mitológicas micênicas e dóricas, dos indo-europeus, asiáticos, egípcios e outros povos. Quando um mais forte dominava o outro, novos panteões de deuses e de mitos se misturavam.

Panteão significa lugar dos deuses. Na etimologia, a palavra vem do grego pan, que significa todo; e theoi, deuses.

Basicamente, a história mitológica é dividida em três períodos:

  1. Mito da origem ou Era dos deuses: retrata o nascimento dos deuses, a origem do planeta e da raça humana. Veremos mais sobre isto quando falarmos sobre a teogonia.
  2. Era em que homens e deuses se mesclavam: interações mais constantes entre deuses e homens, gerando os semideuses.

Era dos heróis: período de atividade divina menos constante, no qual os homens desempenham um protagonismo maior, mas ainda com ajuda de deuses e heróis. Aqui estão inseridas a Ilíada e a Odisseia, por exemplo.

Personagens e lugares

Na Mitologia Grega encontramos diversas raças de criaturas, entre divindades e personagens em geral. Estão inclusos heróis e semideuses, como Hércules, Aquiles, Jasão, Odisseu, Perseu, Héracles, os argonautas, Teseu, Édipo e Triptolemos.

Não só eles, mas também bestas e divindades, como centauros, minotauros, erínias, musas, moiras, harpias, dragões, sátiros, titãs, deuses primordiais e deuses do Olimpo.

Há muito mais personagens, mas estes são alguns exemplos mais conhecidos.

E onde se realiza todo o acontecimento narrado?

Os principais acontecimentos mitológicos acontecem no Hades, na Terra e no Olimpo, em Atlântida, Troia, Temiscira, Delfos, Delos, Olímpia, etc.

Exemplo de mito grego

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Quadro representando Tirésias e Jocasta da peça Édipo Rei de Sófocles.

Sófocles foi o escritor de uma tragédia, a de Édipo.

Édipo Rei foi amaldiçoado por causa de seu pai, Laio, que havia sequestrado e violentado um rapaz. Por causa disso, este rapaz cometeu suicídio. Seus pais amaldiçoaram o Rei Laio.

Quando Laio foi falar com o Oráculo, ouviu sobre seu futuro, que seu filho o mataria e se casaria com a mãe. Então o rei decidiu dar seu filho a alguns pastores para sumirem com ele.

Os pastores tiveram pena e levaram o bebê para o rei de Corinto, que não podia ter filhos. Este menino cresceu e, quando jovem, foi chamado de bastardo. Foi ao Oráculo e descobriu que mataria o próprio pai e se deitaria com a mãe.

Por isso, fugiu de Corinto. Na estrada, encontra uma caravana que o trata mal, briga e mata alguns. Mas, tratava-se de uma caravana de Tebas e o rei (seu pai biológico) estava lá. Édipo o matou sem saber que havia acabado de matar o próprio pai.

Ele segue seu caminho e chega na cidade de Tebas e a encontra afligida por um monstro, a Esfinge. Édipo enfrenta a Esfinge que diz: “Decifra-me ou devoro-te”. Para vencer, ele precisava responder ao enigma:

“Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três?

Ele respondeu que era o homem, que na infância engatinha, cresce e se firma em suas pernas, e na velhice precisa da bengala. Venceu ao monstro e com tal vitória assumiu o reino de Tebas.

Casou-se com a rainha viúva (sua mãe) e teve quatro filhos com ela.

Mas Tebas não teve paz, as pragas voltaram e o povo se perguntava o que estava acontecendo. Ao investigar o que estava errado, encontrou-se com um profeta cego, com o qual teve a revelação de que havia matado o pai e tido relações com a mãe. Com esta descoberta, sua mãe se mata e ele fura seus próprios olhos e deixa o reino.

Esta é uma tragédia grega, um mito que narra um acontecimento. Desta narrativa, muito foi aprendido sobre o ser humano, sobre as inclinações da natureza, sobre psicologia, arte, teatro, etc. Uma história como esta é também motivo de reflexão política, moral e cívica.

Vamos desdobrar melhor o que se pode aprender estudando qual é a importância da Mitologia Grega. Mas não deixe de conhecer nossa plataforma. Nossos documentários já ensinaram a milhões de brasileiros.

O que os mitos gregos ensinam?

Para Carl G. Jung, psicólogo que também estudou a simbologia presente nos mitos, temos que:

“Os mitos são principalmente fenômenos psíquicos que revelam a própria natureza da psique”.

Ele quis dizer que os mitos revelam algo sobre a mente humana, sobre quem pensa e sobre a natureza do aprendizado e do pensamento. Eles podem ser entendidos como o resumo das experiências da vida, não apenas de uma pessoa, mas as experiências acumuladas de gerações, culturas inteiras.

Para ele, os mitos carregavam arquétipos presentes no inconsciente coletivo. Assim, busca-se no mito explicações primordiais para nosso comportamento atual.

Este psicólogo é um dos vários, que utilizou os mitos de alguma forma em suas pesquisas, é apenas um exemplo.

O estudo do mito também pode colaborar com a conquista da individualidade, do aperfeiçoamento da personalidade. É possível perceber em si mesmo possibilidades, emoções, sentimentos, pensamentos e disposições ao ler sobre deuses e heróis.

Em uma resposta simplificada, os mitos gregos passam conhecimento.

Qual a importância da Mitologia Grega atualmente?

Monte-olimpo
Representação do Olimpo no céu.

Os mitos gregos permanecem sendo usados como referências para entender conceitos, ideias, filosofias e métodos de psicologia. Eles são um caminho de conhecimento do mundo e do ser humano em suas questões fundamentais, tais como a existência e sentido da vida.

Sigmund Freud usou o mito de Édipo em sua psicanálise e Marx retomou Prometeu, por exemplo. Não que os filósofos cresçam nestas narrativas, mas as retomaram para dar à luz um outro entendimento que gostariam.

Estudiosos de história, filosofia, sociologia, psicologia, letras, teatro e religião são os que mais buscam aprender grego para ter acesso à literatura mítica no original. É uma vantagem que ajuda até mesmo na compreensão da própria língua portuguesa, por causa do estudo das palavras derivadas e equivalentes em grego.

A busca da etimologia destas palavras é também uma fonte para aprender significados de palavras e expressões em outras línguas. Muitas palavras gregas estão presentes também em física, astronomia, geografia, biologia e zoologia.

Mito e Literatura

Não é possível entender qual é a importância da Mitologia Grega sem a leitura, principalmente dos clássicos. Grandes mestres da literatura têm lido estas narrativas para se inspirarem e se formarem intelectualmente.

Estudantes de várias etapas do ensino são incentivados a ler os mitos clássicos para refletir sobre amor, ódio, felicidade, morte e afins.

Dessa forma, temos uma porta de entrada para a importância da leitura e para o gosto em ler bons livros e em buscar fontes.

A leitura dos clássicos também é importante perceber a intertextualidade feita ao longo das tradições literárias e filosóficas. Conhecendo os principais mitos é possível perceber as referências feitas por outros autores em várias obras diferentes.

Muitos poetas, dramaturgos, músicos e artistas se inspiraram nos gregos para produzir sua arte. Nomes como Chaucer, John Milton, Shakespeare, Robert Bridges, Racine, Goethe são autores famosos que escreveram inspirando-se na mitologia.

A lista seria imensa, já que esta influência legou novos romances, tragédias, comédias, novelas, etc.

Saindo um pouco da literatura propriamente dita, os mitos também constituem fonte de inspiração a dramaturgos de óperas, como Handel e Mozart. Pinturas e esculturas também têm neles seu espaço.

Um dos cursos de formação que temos na Brasil Paralelo é o de História da Música com Álvaro Siviero, pianista de sólida carreira internacional. Tornando-se membro, você terá acesso a este curso e a muitos outros sobre arte, filosofia, história, economia, educação e política.

No vídeo abaixo, há um resumo da mitologia grega e do surgimento dos deuses do Olimpo. Tudo de forma ilustrada:

Homero e Hesíodo

Vimos que os mitos estenderam-se no tempo de geração em geração, sendo comunicados oralmente através de poesias decoradas. Alguns autores, porém, imortalizaram algumas narrativas na literatura, deixando-as escritas.

Não apenas na literatura, mas também na pintura. Muitas cerâmicas foram pintadas com registros de narrativas mitológicas. Por exemplo, foram encontradas cerâmicas do século VIII a.C. com desenhos retratando o ciclo troiano e as aventuras de Hércules.

As principais fontes da literatura grega são os poemas épicos de Homero. São suas as obras:

  • Ilíada: narra a Guerra de Tróia, que aconteceu por causa da disputa por Helena.
  • Odisseia: narra o retorno do herói Ulisses à sua casa após a Guerra de Tróia.

Ele era como se fosse um historiador. Em Ilíada, narra como uma guerra aconteceu por causa das três deusas que quiseram a opinião de um homem. Elas pediram a Páris, príncipe de Tróia, dizer qual dentre elas era a mais bela.

Afrodite ofereceu a mais bela mulher do mundo se ele a escolhesse. Ele concordou e escolheu Helena, esposa do rei de Esparta. O conflito provocou a Guerra de Tróia.

Em nosso documentário gratuito chamado O FIM DAS NAÇÕES, no episódio 2, você pode perceber um exemplo atual de retomada de um mito.

É possível entender a situação da cultura americana a partir da analogia com o Cavalo de Troia.

Se você busca entender de fato qual é a importância da Mitologia Grega, veja um exemplo atual:

Além de narrar a Guerra de Tróia, Homero também escreveu sobre como foram os anos do herói Ulisses tentando retornar à sua casa após a guerra. Ele desempenhou um papel fundamental para a vitória, mas provocou Poseidon, que não permitia que ele retornasse. Vemos isso na Odisseia.

A presença dos deuses agindo na vida dos heróis é constante nesta literatura. Há deuses que aparecem para ajudar, outros que se enfurecem e querem prejudicar os personagens, e até mesmo podem ser os responsáveis pelas guerras humanas.

Além dessas, destacam-se as obras de Hesíodo:

  • Teogonia (origem dos deuses): como os deuses, o universo e os homens surgem. O homem tinha boas relações com os deuses e as perdeu. Vemos aqui também a noção de queda.
  • Os Trabalhos e os Dias: parte do mito que diz respeito à natureza e sua relação com o homem.

Onde mais estão presentes os mitos gregos?

Eles podem ser encontrados nos Hinos Homéricos, na poesia lírica, em tragédias do século V a.C., nos poemas eruditos do Período Helenístico e nas poesias dos romanos Plutarco e Pausânias.

A Teogonia de Hesíodo — A história de como os deuses gregos surgiram

Cronos-decepando-Urano
Surgimento dos deuses gregos na Teogonia de Hesíodo.
“Pois bem, no princípio nasceu Caos; depois, Gaia de amplo seio, a eterna base de tudo”.

Para entender o universo e a origem do mundo, os gregos recorreram aos “mitos de origem” ou “mitos de criação”. O mais conhecido e organizado didaticamente é a Teogonia de Hesíodo.

A fim de aprofundar nosso entendimento da importância da Mitologia Grega, vamos resumir a origem dos deuses. Esta obra é tão importante que era cantada para acalmar as divindades e até mesmo as ondas e tormentas. Quando Hermes inventou a lira, a primeira canção que tocou foi o nascimento dos deuses.

Hesíodo descreve que primeiro havia o Caos, que seria o vazio escuro que existia antes de existir qualquer coisa, o indistinguível. É a partir dele que surge Gaia, a Terra, e outros como Eros (atração amorosa), Tártaro (outro tipo de escuridão) e Érebo.

Gaia deu à luz Urano e ele a fertilizou. Assim, nasceram os titãs e também, os ciclopes e os hecatônquiros:

  1. Oceano;
  2. Céos;
  3. Hiperião;
  4. Jápeto;
  5. Téia e Reia;
  6. Têmis;
  7. Mnemosine;
  8. Febe;
  9. Tétis;
  10. Cronos.

Urano, mesmo sendo o pai, não quis que seus filhos saíssem do ventre de Gaia. Todos obedeceram, exceto Cronos. Este, além de ter saído, castrou o pai e lançou seus genitais no mar. Por esta razão, os outros irmãos foram libertados do interior da mãe, Gaia.

Urano nunca mais procriou, mas o esperma que saiu de sua genitália cortada gerou Afrodite. E o sangue que caiu na terra quando ele foi cortado, gerou as ninfas Melíades, as Erínias e os Gigantes.

Cronos tornou-se o rei dos titãs e casou-se com Réia, mas ele era tão perverso quanto seu pai Urano. Com ela teve os primeiros filhos, os deuses olímpicos:

  1. Héstia;
  2. Deméter;
  3. Hera;
  4. Hades;
  5. Poseidon;
  6. Zeus.

Mas, assim que os filhos nasciam, ele os devorava temendo ser destronado. Zeus, o mais novo, escapou com a ajuda da mãe. Reia deu a Cronos uma pedra, que ele devorou pensando que era Zeus.

Exilado, o filho que havia acabado de escapar, teve ajuda dos ciclopes e com os raios produzidos por eles derrotou Cronos e o exilou no Tártaro junto com os outros titãs, após libertar seus irmãos.

A partir daí, surge um novo panteão de deuses.

Como você teve interesse em saber qual é a importância da Mitologia Grega, pode querer se aprofundar em outros temas de arte, história e filosofia que temos. Torne-se membro para acessar conteúdo exclusivo.

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Quais são os deuses do Olimpo?

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Atena orientando Zeus em suas decisões.

A tradição apresenta 12 deuses olímpicos e Zeus como o principal. Mas eles não eram os únicos adorados pelos gregos.

Divindades rupestres também recebiam culto, como Pã (deus-bode), Náiades (ninfas que viviam nas nascentes), Dríades (divindade das árvores), Nereidas (divindades que habitavam o mar), Erínias (divindades do submundo que perseguiam os maus), deuses dos rios, Sátiros, e outros daemons (divindades inferiores às olímpicas).

Os Hinos Homéricos, um conjunto de 33 canções, foram compostos para homenagear estes deuses do antigo panteão grego. Cada deus tem sua própria genealogia e especialização, tendo um tipo único de personalidade.

  • Zeus: rei dos deuses, cuidava da terra e dos céus, sempre representado com raios, trovões e relâmpagos. Também protegia a justiça.
  • Hera: esposa de Zeus e rainha dos deuses. Protegia a família, o casamento e os nascimentos. Costuma ser representada como ciumenta e vingativa.
  • Atena: deusa da sabedoria e da coragem. Filha de Zeus, nascida de sua cabeça, mas já armada para a guerra.
  • Apolo: deus do sol, das artes e da medicina.
  • Afrodite: deusa do amor e da beleza.
  • Ares: deus da guerra.
  • Poseidon: deus dos mares, das águas e animais marinhos.
  • Hefesto: deus dos ferreiros, do fogo e dos vulcões.
  • Hermes: deus mensageiro, da velocidade e agilidade. Protegia os mercadores e viajantes.
  • Dionísio: deus do vinho, das festas e da loucura.
  • Héstia: deusa dos lares, que velava pelas lareiras das casas.
  • Deméter: deusa da agricultura e responsável pelas estações do ano.
  • Ártemis: deusa da caça e dos animais selvagens.
  • Hades: deus da morte.

Características

Os deuses cultuados pelos gregos eram muito poderosos e dignos de culto, mas eram representados como humanos. Esta é sua característica antropomórfica.

Estas divindades também tinham paixões como ódio, inveja e ciúme. Eles se apaixonavam por humanas, eram violentos e também tinham fraquezas, mesmo tendo corpos ideais.

Apesar desse antropomorfismo (forma e características humanas), eles possuíam habilidades mágicas, não envelheciam, eram imunes a doenças e feridas. Podiam tornar-se invisíveis, viajar para longe em um instante e até mesmo falar por seres humanos sem que soubessem.

Para os gregos, os deuses eram imortais porque se alimentavam de ambrosia e néctar.

Os envolvimentos dos deuses com os humanos

Os deuses nem sempre viveram afastados. Nos primeiros dias do mundo, os grupos de mortais e imortais misturavam-se com mais frequência do que depois o fizeram.

Em Metamorfoses de Ovídio temos os relatos desses envolvimentos entre deuses e homens.

  • Os contos de amor. Histórias de deuses buscando relações sexuais com humanas. São narrados incestos, sedução e violação. Raramente o final dessas relações era feliz. Há também poucos casos de uma deusa em busca de um mortal, mas aconteceu. Afrodite se relacionou com Anchistes e assim nasceu o chefe de Tróia, Eneias.
  • Os contos de castigo. São retratados os castigos que os deuses impõem aos que os desobedecem. Um exemplo muito conhecido é o de Prometeu, castigado por roubar o fogo de Zeus.

Os heróis na Mitologia Grega

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Estátua de herói da mitologia grega.

A Era ou Idade Heroica surgiu no período Arcaico. Os heróis, alguns deles metade humano metade deus, eram conhecidos por serem capazes de façanhas impressionantes, mesmo sendo mortais.

Estes grandes personagens também recebiam cultos e eram invocados. Quem iniciou esta era foi Hércules com seus trabalhos monumentais. Outros sucessos militares são vistos na expedição argonáutica, na Guerra de Tróia e na Guerra de Tebas.

  • Aquiles: o mais forte dos gregos, que após ter nascido foi mergulhado em um rio especial, para ter seu corpo protegido, mas como fora mergulhado pelo calcanhar, esta parte ficou desprotegida e causou sua morte.
  • Hércules: sua fama se deu por ter realizado doze tarefas muito difíceis. É um dos filhos de Zeus.
  • Jasão: herói que embarcou com os argonautas em busca do velo de ouro.
  • Perseu: famoso por ter derrotado Medusa, que tinha os cabelos de cobras e petrificava os homens que a olhassem.
  • Teseu: foi ele quem derrotou o Minotauro no labirinto da cidade de Creta.

Mitologia e religião

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Cerâmica doméstica grega representando mulher nua.

É impróprio falar em religião grega, porque faltam alguns aspectos próprios para tanto. Os gregos não viviam a religião tal como o conceito passou a ser entendido com o advento do cristianismo. Não havia um conjunto específico de regras de fé e culto, algo organizado ou hierárquico.

O culto aos deuses era individual, doméstico e, no máximo, no nível de uma pólis. Muitas casas cultuavam seus próprios deuses e diferentes cidades tinham deuses diferentes.

No politeísmo grego, cada um oferecia seu sacrifício ou oferenda ao deus que escolhia, por motivos diferentes e em diferentes ocasiões, nada padronizado.

Os templos gregos eram dedicados a um número limitado de deuses, normalmente os mais conhecidos. Mas muitas divindades desconhecidas também recebiam culto em diferentes casas e cidades de uma forma mais privada.

Os ritos não eram os mesmos, muitos variavam com a localidade. Por tudo isso, é que não se afirma que os gregos tinham uma religião da forma como a entendemos hoje.

Esperamos que você tenha gostado deste artigo sobre qual é a importância da Mitologia Grega. Comente abaixo e compartilhe.

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