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As 12 camadas da personalidade humana segundo o professor Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho
Filosofia
Personalidade
12 camadas da personalidade, Olavo de Carvalho
canal do YouTube do professor Olavo de Carvalho
Redação Brasil Paralelo

O professor Olavo de Carvalho desenvolveu a teoria das 12 camadas da personalidade humana a partir de seu conhecimento e análise sobre as motivações das pessoas. A partir daí, acrescentou os elementos fundamentais para que a teoria se tornasse uma psicologia geral.

Esta é a contribuição de sua teoria: ajudar a compreender o que motiva uma pessoa em cada etapa de seu desenvolvimento como personalidade. A motivação é o que nos faz agir.

Abordaremos as 12 camadas e os objetivos e sofrimentos próprios de cada uma.

Você pode ler a apostila do próprio Professor Olavo, As Doze Camadas da Personalidade Humana e as formas próprias de sofrimento, sobre o assunto. Neste artigo, faremos uma síntese didática, contando também com as contribuições que o psiquiatra Italo Marsili acrescentou ao conteúdo.

Em muitas de nossas séries, contamos com a participação do Professor Olavo. Ele concedeu várias entrevistas falando sobre temas importantes para todos os brasileiros. Não deixe de assistir ao nosso conteúdo gratuito.

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O que você vai encontrar neste artigo?

Para que serve o estudo das 12 camadas da personalidade?

A teoria das 12 camadas descreve em que etapa da vida nos encontramos. Com este reconhecimento, podemos identificar as causas de nossos sofrimentos e o nosso principal objetivo ou motivação na vida.

Outro benefício é poder estabelecer algum grau de previsibilidade dos desafios que estão por vir nas camadas seguintes.

Contextualização sobre pessoa, camada e personalidade

Antes de entender as 12 camadas, precisamos entender o que é a personalidade e o que é pessoa.

O que é pessoa?

Uma definição técnica de pessoa que encontramos no século XII é:

“Substância individual de natureza racional”.

Isto é correto, entretanto alguns espanhóis pensaram o conceito de uma forma mais encarnada, mais presente, real e tocante. Para homens como Julián Marías, Ortega y Gasset e Pedro Laín Entralgo, por exemplo, uma pessoa está sempre instalada em um lugar e sempre possui um projeto de vida, uma intenção própria.

Em comparação, objetos não são assim. Eles não podem opor-se ao uso que lhes damos. Uma cadeira nunca poderá reclamar de nos assentarmos sobre elas. Com as pessoas é diferente, elas podem resistir aos eventos e ações do mundo ou dos outros.

Sobre a instalação em um lugar, na realidade, as pessoas possuem um corpo – com uma certa forma, idade e possibilidades –, estão em algum lugar, possuem carga cultural e têm uma projeção. Isto significa que potencialmente pode realizar algo a partir de suas circunstâncias.

As pessoas podem buscar ser o que ainda não são, desde que isso seja possível de acordo com sua realidade.

Para Ortega y Gasset:

“Eu sou eu e minhas circunstâncias”.

Pessoas também possuem um mundo interior muitíssimo vasto. Quando olhamos para alguém, é impossível saber o que realmente se passa em seu interior, a menos que fale. O mundo interior de cada pessoa é dinâmico, não estático, tende à felicidade ou à infelicidade.

O que é personalidade?

O que é possível chamar de seu em você mesmo? Há algo que apenas você possui e nenhuma outra pessoa tem. Isto é a personalidade, aquilo que está presente em nossa pessoa de uma maneira única e mais forte. É o que temos de próprio e não é compartilhado, algo exclusivamente nosso.

Na psique, ou seja, em nossa mente, a personalidade é o fruto da articulação que acontece durante a vida, entre o mundo externo e o mundo interno. A vida está acontecendo e cada pessoa assimila dentro de si os acontecimentos do mundo, criando projetos e constituindo motivações para agir.

Em sua personalidade está seu mundo espiritual, psicológico e afetivo, suas crenças e ideias. O tempo passa e cada um, por sua constituição e história de vida, apresenta certas razões para agir, certas motivações.

É precisamente neste aspecto que entra a teoria das 12 camadas da personalidade humana. À medida que as camadas mudam, a intenção ou motivação da pessoa com sua ação também muda.

Em cada camada, as pessoas absorvem os acontecimentos do mundo de forma diferente, filtrando o que vai ingressar em sua psique. Da mesma forma, mudará como se manifesta, como reage aos acontecimentos.

  • Quanto menos personalidade, mais genérica é a pessoa, com motivações mais genéricas.
  • Quanto mais personalidade, mais singular é a pessoa, muito mais única, com motivações mais específicas.

Em cada uma das doze camadas da personalidade, as pessoas reagem de formas distintas à seguinte pergunta:

“Como agir concretamente nesta situação?”

Ora a motivação é ser feliz e não racional, ora é o dinheiro, ora a convivência, ora Deus e assim por diante.

As motivações que levam alguém a agir, alteram-se durante o curso da vida. Veremos que são 12 motivações autoconscientes e diferentes.

O que é camada?

A camada é a síntese da personalidade, seu resumo e momento. Ela é o que dá a finalidade dos atos, ou seja, dita o objetivo das ações, a razão de se viver.

Em cada uma há preocupações e tensões, são eternas e não desaparecem. Quando se muda de camada, não se deixa de sentir o que era da outra. Elas apenas deixam de ser o elemento central.

As camadas seguintes absorvem os objetivos e sofrimentos das anteriores.

Além disso, os objetivos da camada seguinte são sempre incompreensíveis para os indivíduos nas camadas anteriores.

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A mudança entre as camadas

Antes de vermos cada uma das 12 camadas da personalidade humana, é preciso entender que a mudança entre elas ocorre apenas quando a personalidade inteira muda. O objetivo de vida da pessoa torna-se outro, todas as energias voltam-se para uma nova realidade.

A mudança está no fim, naquilo que se almeja. Portanto, veremos 12 propósitos, 12 motivações para viver e agir no mundo.

Em cada mudança de camada, notaremos um novo padrão de autoconsciência. Estas motivações correspondem a uma escala de evolução individual e cronológica.

Camadas Integrativas

As camadas 1, 2, 5, 6, 8 e 11 fecham a personalidade em um quadro definido.

Camadas Divisivas

As camadas 3, 4, 7, 9, 10 e 12 abrem a personalidade para que ela receba influências externas, que rompem o equilíbrio antecedente. Nelas, há a luta por uma nova integração, que será superior.

Para Gaston Berger, todas as camadas até a 8 estão presentes em todo indivíduo adulto normal. Nem todos, porém, alcançam as próximas.

Para descobrir rapidamente a camada em que as pessoas se encontram, basta perguntar: “Onde dói?”. Cada camada tem um sofrimento próprio e, ao ser descoberto, revela-se também a motivação da pessoa.

As 12 camadas da personalidade

As 12 camadas da personalidade, segundo o professor Olavo de Carvalho, são:

  1. Astrocaracterologia;
  2. Psicologia do destino;
  3. Aprendizado;
  4. Afeto interior;
  5. Autodeterminação do Ego;
  6. Conquista de habilidades;
  7. Papel social;
  8. Eu diante da Morte;
  9. Vida intelectual;
  10. Vida Moral;
  11. Eu histórico;
  12. Eu diante de Deus.

1ª camada da personalidade: Caráter, camada integrativa, astrocaracterologia

Esta camada da personalidade ainda não é consciente. Não temos acesso a esta motivação, mas podemos conhecê-la. Notamos que algumas pessoas são de um jeito, outras são de outro e que já existe, naturalmente em cada um, uma tendência anterior à consciência.

Ninguém escolhe ter determinadas inclinações ou propensões e isto já está lá, em seu corpo, antes de ser tornar consciente como indivíduo. Notamos uma facilidade em agir de um jeito e uma dificuldade em agir de outro. Isto já está dado.

Pense em uma mesa de sinuca.

Perceba seu formato, sua aparência e sua função. Ao observá-la como um poeta, é como se a ouvíssemos chamar para ser jogada, como se quisesse ser usada. Em outro exemplo, um drink quer ser bebido, embora não tenha vontade, consciência ou algo parecido.

Isto ilustra que algumas características desejam aparecer no mundo, querem ser realizadas. Nós temos características corporais anteriores ao surgimento da consciência e elas conduzem a manifestar-nos de uma forma e não de outra.

A constituição física, moral e intelectual nos leva a ter aptidões diferentes. Será preciso dominar o corpo, no sentido de se entender como uma unidade: engatinhar, caminhar, dormir, acordar, etc.

E porque o nome Astrocaracterologia?

Para o Professor Olavo de Carvalho, esta é a ciência que poderia explicar as características anteriores ao corpo, em comparação com os astros. Se funcionaria não é o que está em questão.

Resumindo

A motivação da primeira camada da personalidade é própria do sujeito e anterior a tudo. O corpo é a pré-condição da existência da personalidade e está dado no nascimento. Assim como a mesa de sinuca quer ser jogada, cada pessoa aparece no mundo de uma forma, com um jeito de “funcionar” que não muda até a morte.

Notamos facilidade ou dificuldade em agir de uma certa maneira e nada muda a existência desta inclinação. Ela está presente.

Pense em si mesmo. Você nota o que lhe demanda esforço, que a outros não? Nota no que tem facilidade, que para outros é uma dificuldade?

Atenção! Isto não tira a liberdade de ninguém. Trata-se apenas do reconhecimento de que há em cada um algo como um “chamado”, uma “convocação” para agir de uma forma.

Temos que olhar para nós mesmos e perceber que “sou isto” e não aquilo.

São características de instalação na realidade pelas quais agiremos e construiremos nossa personalidade. Estas características não subtraem a liberdade, mas definem o ser.

Por exemplo, o homem perdeu a liberdade de dar à luz? Não, mas suas características masculinas o definem como uma coisa e não como outra.

Sofrimento

Neste caso, que envolve apenas o corpo, são as doenças.

Objetivo principal

Dominar a natureza do próprio corpo, a própria constituição física.

2ª camada da personalidade: Hereditariedade, constituição, temperamento, estrutura pulsional

Esta camada é quase inconsciente. Na primeira, vimos uma motivação que envolve a constituição do corpo. Nesta, notamos a hereditariedade. Mas não tem nada a ver com a biologia, a genética e os cromossomos.

Para explicar melhor esta camada da personalidade humana, o psiquiatra Italo Marsili recomenda o conceito de outro psiquiatra, o húngaro Lipot Szondi. Ele fala sobre a Teoria do Inconsciente Familiar.

Ele diz que é possível explicar o que motiva as pessoas, entendendo que seus antepassados pedem a repetição de seus sucessos e fracassos. Para o Dr. Lipot Szondi, há nas pessoas uma inclinação a repetir os processos de seus familiares antepassados. Isto nos ajuda a compreender o que o Professor Olavo propõe nesta etapa da teoria das doze camadas.

Ao teorizar sobre o inconsciente familiar, é como se pensássemos em uma linha pelas gerações. Ela começa nos parentes que vieram antes de nós e sua ponta desenrolada está conosco. O recém-nascido sofre o impacto das condições físicas externas e adversas ou de tendências mórbidas de sua hereditariedade.

Já aconteceu de você se perceber agindo de uma forma e nem saber o porquê, além de notar que seus antepassados também fizeram o mesmo?

Uma canção de Belchior retrata isso de forma análoga em um de seus trechos:

“Minha dor é perceber / Que apesar de termos / Feito tudo o que fizemos / Ainda somos os mesmos / E vivemos / Ainda somos os mesmos / E vivemos / Como os nossos pais”.

Resumindo

Esta camada também está fora de seu controle, como a primeira. Não há como escolher não herdar os desejos e tensões dos antepassados. É possível escolher como lidar com eles, o que é diferente e garante sua liberdade.

Estas duas camadas apresentam tensões que estarão sempre conosco: um corpo que se manifesta de um certo modo e uma herança familiar. São um material bruto e o que virá será construído sobre este substrato, sobre esta realidade que nos forma e da qual não há como escapar.

Sofrimento

Envolve os próprios problemas hereditários e não está sob o controle do indivíduo.

Objetivo principal

Provar e gostar das experiências vividas.

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3ª camada da personalidade: Cognição, percepção

Nesta camada, aparece pela primeira vez uma motivação consciente na pessoa: o aprendizado primário. Surge o elemento de liberdade e indeterminação.

Não se trata do aprender para se gabar, enriquecer, passar em provas, por curiosidade ou para se sentir bem. Quando uma criança começa a aprender, sua motivação é primária e o conhecimento não é instrumento de outra intenção.

No desenvolvimento infantil, a etapa dos “porquês” é fundamental. Seu mundo é um mundo de descobertas. Quando a criança começa a brincar e descobrir como o mundo funciona, ela está iniciando uma relação com a realidade.

Este aprendizado não é delimitado pela hereditariedade ou pelas condições físicas. Nada disto influencia as oportunidades de aprendizado ou determina a capacidade de absorver as coisas.

Resumindo

Esta é uma camada da personalidade que o adulto já perdeu. É a motivação do aprendizado pelo aprendizado por si mesmo, não o intelectual, mas o de cálculo do funcionamento do mundo.

Qual o tamanho do mundo para uma criança? O que é possível fazer? O aprendizado medirá justamente isto, sem preocupação com vitórias ou derrotas.

Aqueles que passaram aproximadamente dos 10 anos, não retornam mais à terceira camada, porque já compreendem como o mundo funciona e não mais aprendem pelo aprendizado em si.

Apenas autistas graves e pessoas com retardo mental ou lesão em certas áreas cerebrais retornam ou ficam presas à terceira camada da personalidade.

O aprendizado desta etapa é básico: como articular membros, musculatura, fala e sua extensão, etc.

Piaget dedicou-se a pesquisar sobre o desenvolvimento e o aprendizado das crianças. Outras contribuições foram dadas por Kholer, Gestalt, pelo behaviorismo, Festinger e pela psicologia da linguagem.

Pense na criança que não come tudo no prato e desperdiça os alimentos. Um discurso sobre a fome na África não tem efeito nenhum, pois ela não entende conceitos, não sabe o que é a África, a fome, o dinheiro, as consequências.

Por isso é importante conhecer a teoria das 12 camadas da personalidade humana, para não tentar motivar uma pessoa de um modo que não faça sentido. É preciso entender com quem se está falando para tocar as motivações certas.

A motivação básica da criança é organizar o mundo, por isso, até aproximadamente os 6 anos de idade, elas precisam do mundo material organizado e não de conceitos. Precisam de ordem, alimentação, higiene e sono.

Sofrimento

Nesta camada, o sofrimento tem a ver com o sucesso ou o fracasso no aprendizado. Não há traumas, a duração da dor é curta e a evolução natural do indivíduo a supera. São dificuldades vencidas com o tempo, exercícios e nutrição, principalmente.

Objetivo principal:

Exercer a liberdade no aprendizado.

4ª camada da personalidade: História pulsional e afetiva, camada decisiva

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Rei Joffrey Boratheon da série Game of Thrones.

Se alguém chega à vida adulta ainda na quarta camada, dela não sai sozinho. É preciso psicoterapia, segundo o Professor Olavo de Carvalho.

O que temos nesta motivação? O surgimento do mundo da afetividade, a percepção de um certo sofrimento, uma certa carência, que surge de um afeto não preenchido ou não recebido.

Isto acontece na chamada segunda infância, na pré-adolescência em geral. Se a pessoa não tiver recebido um tipo específico de afeto de seus pais ou parentes, ela terá problemas na adolescência e na vida adulta.

Qual é este afeto que não pode faltar para que a quarta camada seja superada?

É preciso que os pais ou parentes próximos ofereçam um afeto:

  • Abnegado;
  • Constante;
  • Gratuito;
  • Benévolo.

Não é uma questão de ser o amigão da criança, do filho, etc. Ele também tem seus amigos com quem brincar. Cabe aos responsáveis dar segurança para seu desenvolvimento. A criança precisa olhar para seus pais e notar que eles estão preocupados com ele, não com o filho do vizinho ou outros interesses mesquinhos.

A criança espera ver ações de justiça nos pais, de confiança, de atenção ao que estão vivendo. O que não pode acontecer da parte de quem deve garantir amor, segurança presença e afeto é a indiferença, a despreocupação e a desatenção.

Até que tal afeto seja sentido, um buraco permanece aberto no coração. As pessoas na quarta camada buscam a validação de seus sentimentos, de seus afetos. Permanecem presas buscando fazer o que toca seus sentimentos ou os sentimentos dos outros.

Pela primeira vez surge a questão da felicidade e da infelicidade. Ela não surge mais cedo porque é natural que o homem seja feliz. Pensa-se também: Sou amado ou rejeitado?

Resumindo

A motivação aqui vista é a do sentimento pelo afeto ou carinho do outro. Por isso notamos o vitimismo, no qual tudo o que acontece é levado para o lado pessoal, sentimental, autorreferente. A pessoa se vê de uma forma especial, com direito a praticamente tudo. Em sua concepção, as pessoas devem servi-la.

Quem está preso na quarta camada não percebe que existe um mundo objetivo acontecendo independentemente de como ele se sente. Ele não distingue o mundo real do imaginário. A psicanálise freudiana aborda a quarta camada com o conceito de transferência. Klein e a psicanálise em geral também desempenham um papel nela.

Uma vez que os vitimistas estão inseridos aqui, notamos a propensão à falsidade, à fofoca, à mentira e a outros tipos de vínculos artificiais em busca de legitimidade. Acrescente-se a isso a inclinação a sentir-se ofendido ou injustiçado com facilidade.

Na terapia, é ideal que haja o momento em que o paciente coloca o terapeuta no lugar de seu pai e de sua mãe. Quando isto acontece, a transferência é feita. Quando isto acontece, pode-se fechar o ciclo, caso o terapeuta consiga ser benévolo, constante e proporcionar segurança ao paciente.

Nesta camada é que se conquista a estabilidade dos afetos interiores, para que se viva objetivamente no mundo sem viver tudo sentimentalmente de forma vitimista, colocando-se no centro e querendo que tudo o que os outros façam, necessariamente nos faça sentir bem.

Sofrimento

Surge quando a criança percebe se ela se sente feliz ou não, por causa de repetidas frustrações. O maior problema é chegar à maturidade com necessidades esquecidas, com o sentimento de rejeição.

Objetivo principal

Encontrar aceitação e segurança emocional.

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5ª camada da personalidade: Ego, autoconsciência e individuação

Dando sequência ao nosso resumo das 12 camadas da personalidade humana, chegamos à quinta. A motivação é a autodeterminação do Ego.

Notamos aqui uma pessoa rebelde, que quer testar sua força no mundo. Mesmo que nem todos os adolescentes estejam na quinta camada, ela é própria deles, estando com os afetos interiores estáveis.

É possível olhar o mundo de forma objetiva, sem interiorizar as coisas nos sentimentos e buscar orgulho ao se observar, vendo-se como o autor da própria vida.

Agora a intenção é validar a força, encontrar obstáculos e enfrentá-los. Pode ser discussão verbal, disputa física, implicância…

Entretanto, muitos adolescentes estão presos na quarta camada, ainda no mundo interior mal resolvido. Não alcançam esta etapa de testar sua força no mundo, afinal, para isso é preciso ter primeiro estabilidade interna.

É normal distanciar-se um pouco dos pais nesta etapa, ser briguento e arrogante. Ele precisa vencer, pensar que é forte, que consegue. É o processo de amadurecimento que está acontecendo, é a saída do mundo da autorreferência para o mundo real, externo. A referência é o Ego em relação ao mundo exterior.

Quando ele percebe que já possui uma força, quando percebe do que é capaz e onde pode vencer, ele está pronto para uma nova motivação, já que não precisa mais testar a si mesmo.

Sofrimento

A fonte de sofrimento é o autojulgamento depreciativo (sentimento de perdedor), que acontece por perceber uma falta de capacidade pessoal, o que gera autodecepção.

Objetivo principal

Ganhar autoconfiança, vencer as disputas.

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6ª camada da personalidade: Aptidão e vocação

Muitas vezes a força testada na quinta camada é inútil. Ganha-se uma disputa, uma briga, uma coisa qualquer, mas qual é o retorno disso?

Na sexta camada da personalidade busca-se uma vitória que alcance um bem objetivo. A pessoa usa sua capacidade para trabalhar e ganhar dinheiro. Não importa se o patrão gosta e fala bem dela, muito menos se é o funcionário do mês, se não houver lucro financeiro.

A motivação é conseguir o dinheiro necessário para pagar as contas e comprar os bens desejados, para si mesmo ou para a família.

O elogio põe sobre a mesa o pão de cada dia? A vitória de ter a foto no quadro de funcionário destaque trouxe algum conforto objetivo a mais ou apenas amaciou o ego?

Quem está nesta camada pensa assim:

“Não precisa gostar de mim, obrigado! Também não precisa se preocupar em emoldurar meu rosto. Quero o dinheiro, porque tenho coisas importantes a resolver”.

O exercício da humildade é mais aparente nesta camada e o eixo de valor sai do sujeito (pessoa) e vai para o objeto (resultado).

Aqui vemos a objetividade com muita força. A luta é pela conquista de capacidades e habilidades que o instalem melhor no que é apto, em sua vocação.

Especialmente na quarta camada e até mesmo na quinta, as pessoas acham que o status de uma profissão já as qualifica. Ser professor não traz autoridade, respeito e valor. Ser médico não traz autoridade, respeito e valor. Não importa o título ou a faculdade feita.

O que importa é se você tem as habilidades para executar o que você diz saber, se objetivamente é capaz de executar bem seu trabalho, se dá conta da missão.

Na sexta camada, a pessoa busca as habilidades de que precisa para realizar sua vocação. Ela olha para o que faz e quer fazer melhor para ter mais resultados, não se ancora em títulos.

A personalidade instalada nesta motivação, ouve críticas e busca o aprimoramento, a que está na quarta fica magoada.

Sofrimento

O sofrimento ocorrerá por um prejuízo objetivo, pela frustração no resultado. A falta de dinheiro para pagar as contas é um exemplo.

Principal objetivo

Obter lucro.

7ª camada da personalidade: Situações e papeis sociais

Por muito lutar em conquistar habilidades, o sujeito pode vir a conquistá-las e vivê-las. Com suas habilidades reais e com seus resultados objetivos, ele entrega valor à sociedade.

A motivação passa a ser a de entregar algo à sociedade. O sujeito percebe que só ele pode entregar o que a coletividade demanda. Ele percebe que tem um papel social a cumprir.

Muitos possuem papéis sociais por causa do cargo, mas não da habilidade. São médicos e não sabem exercer a medicina, advogados e não sabem exercer o direito, políticos e não sabem exercer a política. Não estamos falando deles.

Quem alcançou a sétima camada da personalidade domou suas habilidades e é capaz de cumprir seu dever. Esta pessoa entende a expectativa da sociedade e faz de sua vida uma entrega, um serviço.

A experiência do papel social completa-se no casamento ou em votos religiosos, sistemas que abarcam a totalidade do indivíduo, enquanto uma profissão, por exemplo, solicita apenas uma parcela.

A motivação não é servir à sociedade para se sentir bem ou para ser remunerado. Este sujeito entendeu que seu trabalho pelos outros é o seu lugar no mundo. Na obra “Dom Quixote” de Miguel de Cervantes, o próprio Dom Quixote diz no final:

“Yo sé quien soy”.

Na sétima camada, o indivíduo já sabe com maior profundidade quem ele é no mundo, sabe qual é o seu papel social. O cumprimento de seu dever é a manifestação de seu amor, que não é um sentimento, mas sim uma atitude.

Sofrimento

São relativos à percepção de estar no palco errado e ao não cumprimento de expectativas mútuas, na falha do desempenho do papel social. Não cumprir o papel que lhe cabe e que é esperado é a causa da dor. Isto também envolve os outros, pois pensa-se na infelicidade deles pela falha na entrega.

Objetivo principal

Compreender quem se é no grupo e ficar bem com isso.

8ª camada da personalidade: Síntese individual

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Homem jogando xadrez com a morte, cena do filme O Sétimo Selo.

Após a sétima camada, na qual o indivíduo sabe quem é no mundo, surge a seguinte pergunta:

  • Quem sou eu diante da morte?

Italo Marsili, cuja explicação guia nosso resumo didático das 12 camadas da personalidade humana, explica que a motivação diante da morte pode ser retificar ou ratificar. Consertar o que fez até o presente ou confirmá-lo?

O indivíduo encontra-se diante da finitude de sua vida e é convidado a refletir:

“Este sou eu e permanecerei fazendo isso até meu último dia. O que faço possui valor mesmo sabendo que minha vida vai acabar, tem sentido mesmo diante da morte”.

Ou

“O que foi que eu fiz da minha vida?”

Algumas pessoas, confrontadas com a ideia de um fim, percebem que, diante da morte, fariam outra coisa, com outra qualidade e intensidade. Na oitava camada da personalidade vive-se um drama, um sofrimento muito específico.

Se o indivíduo percebe que seu dever não tem valor diante da morte, mesmo assim não pode mudar deixando de fazer o que faz, afinal ele cumpre um papel social importante. Por esta razão, precisa encontrar a solução sem deixar de continuar servindo.

Não é atitude de oitava camada perceber a necessidade de mudança, de largar todas as responsabilidades, de pessoas que lhe são dependentes e de ir em busca das realizações. Isto é atitude de quarta camada em busca de bons sentimentos.

Sempre que surgir o pensamento “vou largar tudo e mudar”, saiba que ele não pertence a esta camada. Quem chegou aqui entendeu seu dever, sua responsabilidade. Ao encontrar um problema, permanecerá até encontrar a solução.

  • Novamente: Retificar ou ratificar? Reparar ou reafirmar?

Se for reparar, a solução não pode deixar desamparados aqueles que dependem de você na sociedade.

Não há deserção na oitava camada. Se a solução prática não for encontrada, o indivíduo viverá com esta tensão até a morte. Notamos que o amadurecimento dói, mas a felicidade que dele resulta é mais plena.

Nela, toca-se naquilo que é e não pode deixar de ser. A noção de verdade é realmente aprendida, juntamente com a reflexão entre o bem e o mal. A personalidade padrão está completa.

Sofrimento

O sujeito sofre consigo mesmo ao pensar “O que fiz da minha vida?”. Mesmo aqueles que acertaram, podem refletir sobre todo o curso de sua existência. É preciso julgar a vida inteira sem culpar ninguém.

Objetivo principal

Encontrar o sentido da vida diante da morte.

9ª camada da personalidade: Personalidade intelectual

Esta é a camada da vida intelectual, na qual se vive devotamente em busca da verdade. Não se trata de simplesmente estudar, pois há analfabetos na nona camada. A motivação é conhecer e viver imerso na verdade, não importa o que aconteça.

É a camada do conhecimento da verdade que formará sua personalidade intelectual. Seu interesse será buscar a verdade, mesmo que isso incomode os outros. Encontrar a solução para um problema prático ou teórico que se apresente à sua inteligência será mais importante do que a própria personalidade.

O indivíduo tentará solucionar seus problemas intelectuais para o bem de sua própria consciência. É algo que se ele não fizer, ninguém vai notar. Não se trata de buscar a verdade para os outros, sim de uma necessidade interna, um imperativo.

Feito isto, já se pode passar para a décima camada.

Sofrimento

Quem chegar a este ponto sofrerá com a ausência de uma solução para o problema que se apresenta ao seu intelecto. O indivíduo não quer se sentir inseguro quanto à sua capacidade de compreender a verdade e, portanto, seu mérito em influenciar as pessoas.

Objetivo principal

Alcançar a criação intelectual, inserir a sua forma de ver o mundo na sociedade.

Contamos com a colaboração de muitos professores que se dedicam à vida intelectual no Núcleo de Formação da Brasil Paralelo. São pessoas que servem ensinando a verdade, ensinando a pensar, a estudar e a muito mais.

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10ª camada da personalidade: Eu transcendental

Trata-se da camada da vida moral. Uma vez conhecida a verdade, vive-se e age-se diante dela. A questão feita é: Tudo o que faço na minha vida corresponde à verdade?

Antes disso, a questão tinha um peso relativo e menos profundo. Neste caso, você percebe que pode ser mau e não caminhar na verdade. Você percebe que pode não agir de forma moral.

O indivíduo se vê como um representante da espécie humana, dotado de autoconsciência e responsável por seus atos. Ele se vê de um ângulo no qual qualquer outro em seu lugar também encararia da mesma forma.

Ele obedece às próprias regras, de forma que morrer por elas não seja mais um absurdo.

Sofrimento

Na décima camada, quando a pessoa percebe que foi imoral, sente um profundo rasgo em sua biografia. Ela sofre por perder poder.

Objetivo principal

Obter poder para exercer suas ideias na sociedade.

11ª camada da personalidade: Personagem

Ao passar um tempo constante no agir moral, alcança-se a camada do “eu histórico”. Ora, quem assim agiu por muito tempo, gera um efeito na história. Sua personalidade marca a história.

Ele percebe que as ações verdadeiras e morais não terminam com a morte, não acabam neste mundo. Elas permanecem.

A motivação da décima primeira camada é a constituição de uma personalidade duradoura através do tempo. Não importa se são ações grandes ou pequenas, são ações inseridas na história como um todo, no processo de evolução da espécie humana.

Neste caso, suas ações serão julgadas pela humanidade, afinal, elas mudam o curso da história. Este tipo de ação não pode ser avaliada pelo conteúdo social ou pelo proveito prático. Acontece em função de algo que ainda não existe.

Quando Getúlio Vargas se suicidou, ele sabia que sua ação entraria para a história e mudaria seu curso. Ele o fez conscientemente, posicionando-se como peça histórica em um momento específico, com a certeza de que o que ele que estava fazendo mudaria o pensamento da coletividade humana.

Napoleão Bonaparte, George Washington, Lênin, Stálin, Alexandre e Genghis Khan são outros exemplos de personalidades que mudaram conscientemente a história.

Sofrimento

A dor desta própria camada é justamente falhar em atos históricos e não alcançar impacto, não modificar o rumo das sociedades.

Objetivo principal

Mudar conscientemente o curso da história com suas ações.

12ª camada da personalidade: Destino final

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Foto de Madre Teresa de Calcutá.

A motivação é um constante agir diante de Deus.

Finalmente chegamos ao final das 12 camadas da personalidade. Nesta última, temos um sujeito transcendental.

Não se trata apenas de estar diante do fim, da morte. A pessoa se vê diante de um observador onisciente, do destino final. Deus conhece todas as coisas, todos os corações, o melhor e o pior.

Muitos têm religião, frequentam os templos e seguem os ritos de culto. Mesmo estas pessoas terminam o mês pensando em dinheiro, nos problemas do mundo, na morte. Em qualquer camada é possível gostar de Deus. Mas, nas camadas inferiores, a motivação por excelência não é Deus.

Nesta camada o sujeito precisa responder pessoalmente diante d’Aquele que sabe tudo e criou tudo. Ele precisa responder a um ser infinito. Cada ato é concebido sob um prisma eterno, cada ação é pensada diante de Deus.

Na 12ª camada, acontece o encontro com o sentido da vida. O indivíduo aceita o sofrimento inevitável por amor a Deus. Um santo católico, por exemplo, será enigmático e complexo caso Deus seja retirado da interpretação de seus atos.

Outros exemplos de pessoas que alcançaram a décima segunda camada são Jesus, Gandhi, Sidarta Gautama, Moisés e Maomé.

Sofrimento

Decepcionar a Deus, não correspondê-lO. Sofre-se pela própria humanidade.

Principal objetivo

A redenção.

Veja este vídeo que resume as 12 camadas de forma ilustrativa:

Por que acreditar nesta teoria?

Para o Professor Olavo de Carvalho, a primeira coisa a ser dita é que ela é auto-evidente. À medida em que é apresentada, a teoria demonstra uma geometria de encaixe dos argumentos e é reconhecida na vida.

O ouvinte percebe que é verdade quanto mais ouve e entende. Isto ressignifica sua vida. A teoria não permanece teórica, pois está ancorada em fatos, ela está adequada à realidade.

Ela também é crível por acomodar diferentes fenômenos psicológicos descritos por Piaget, Freud, Jung, Lacan, Szondi, Frankl. A teoria das 12 camadas da personalidade não cria fenômenos imaginados, mas organiza os que existem e que já são percebidos.

Conclusão

As 12 camadas da personalidade fecham o ciclo de uma vida humana. Explicam a vida daquele que possui um corpo, se manifesta, aprende, supera sua necessidade afetiva, confronta o mundo em busca de vitória, conquista habilidades úteis, descobre um dever social, vê-se diante da morte, busca a verdade, busca a vida moral, constitui um “eu histórico” e alcança a transcendência diante de Deus.

Quanto mais avançado nas camadas, mais singular é o indivíduo, mais pessoal, mais único. É por isso que ele tem mais personalidade, é menos identificado com as massas e se parece mais consigo mesmo do que com os outros.

Tendo lido tudo isso, você consegue responder em qual camada da personalidade você se encontra? Compartilhe o artigo para que mais pessoas conheçam a teoria.

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