Enquanto os resgates às pessoas ilhadas por causa das inundações no Rio Grande do Sul continuam, as atenções agora se voltam para tratar o trauma de pessoas que além de perder tudo ficaram ilhadas em telhados por dias.
Em entrevista ao portal Brasil Paralelo, o psicólogo e professor universitário Rodrigo Luís Bispo Souza relata como está sendo esse acolhimento. Psicoterapeuta e mestre em psicologia, ele afirma que tem trabalhado com mais dois amigos atendendo os que estão acolhidos. O maior desafio é a escuta.
A enfermeira Daniele Souza relatou que não é raro que pessoas sejam encontradas pelas ruas andando sem rumo.
“As pessoas simplesmente saem andando. Não tem muita noção do que está acontecendo ou mesmo parecem desconexas com a realidade, como se não estivessem ali. Quando um voluntário as vê, acolhe e leva aos pontos de atendimento” , enfatizou em entrevista exclusiva à Brasil Paralelo.
Os sintomas iniciais são de estresse agudo. O professor Rodrigo Souza explica que os resgatados têm apresentado um misto de ansiedade, muitas lembranças e coração acelerado. As pessoas têm relatado dificuldade para dormir, pois ouvem som de chuva e de barcos o tempo todo, em especial os que passaram horas ou até dias ilhados até que a ajuda chegasse.
Nesse primeiro momento, os profissionais estão incentivando os cidadãos a serem atendidos pessoalmente. O motivo é que, em situações de alto estresse como essa, a conexão entre o profissional e o paciente é fundamental.
“Muitas pessoas trazem suas vulnerabilidades anteriores a esse momento. Às vezes são grupos de familiares que, em situação de ficar muito tempo no mesmo lugar e pelo estresse, acabam tendo conflitos. Por isso o CRP nos orientou a incentivar que as pessoas busquem ajuda na modalidade presencial. Eu e mais dois colegas estamos nos revezando em dois abrigos para ajudar as pessoas. Lembrando: o atendimento é totalmente voluntário. É só chegar que estamos atendendo” , afirmou o psicólogo
Na impossibilidade de acessar os locais de atendimento, o CRP autorizou que atendimentos online também sejam realizados.
A maior atenção dos psicólogos voluntários está em escutar as pessoas. E não só os que estão acolhidos. Rodrigo conta que muitos voluntários também perderam tudo e estão trabalhando para ajudar.
“Estamos ali fazendo de tudo: sentamos, conversamos, mediamos algumas coisas. Muitos voluntários também perderam tudo, então precisamos fazer esse acolhimento. Essa escuta é feita a todo momento, seja varrendo o chão ou na fila do banheiro. Toda oportunidade de falar é importante.” - finalizou
Se você está precisando de acolhimento, não tenha dúvidas em procurar ajuda profissional. Dirija-se a um centro de acolhimento. Você pode procurar uma igreja católica ou evangélica; todos os Centros de Tradições Gaúchas também estão com pontos de atendimento. Peça ajuda!
Em caso de impossibilidade de se dirigir a um local de atendimento, o CRP autorizou os profissionais a atender de forma remota. Caso precise, procure atendimento na brigada militar do RS.
Se você é psicólogo ou conhece alguém que quer ajudar a atender as pessoas atingidas por essa tragédia, o governo do Rio Grande do Sul disponibilizou um formulário para cadastro de voluntários. Clique aqui e acesse.
Neste momento toda ajuda é bem vinda e necessária. Se você quiser ajudar, segue abaixo uma lista de instituições de nossa confiança que estão arrecadando donativos para ajudar o Rio Grande do Sul.
INSTITUTO FLORESTA
PIX: 27631481000190
BANCO DE ALIMENTOS
PIX: 04580781000191
FEDERASUL
PIX E-MAIL: SOSRS@FEDERASUL.COM.BR
THOMAS GIULLIANO E ACADEMIA SMALTI FIGHT
PIX E-MAIL: THOMAS.GIULLIANO@GMAIL.COM
FAZ CAPITAL / RENATA BARRETO:
PIX CPF - LUCAS FERRAZ: 008.768.770-48
BADIN COLONO E PRETINHO BÁSICO
PIX E-MAIL: enchentes@vakinha.com.br
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